segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Berinjela à carbonara - Mulheres (07/07/17)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=9cpadjtAIvc&list=PLGmhDuOTKlWsYuPSSYhK5J9mxCs4j38d2&index=36
Almôndega de Beterraba / Distúrbios da Fala (06/07/17)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=xLvZCktn4UQ&list=PL_iTlHPwdipVzehZN0ujq7WlLD8FNd3L3&index=7
Escondidinho de macarrão com salsicha - Mulheres (06/07/17)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=dlHPTt485O0&list=PLGmhDuOTKlWsYuPSSYhK5J9mxCs4j38d2&index=37
Temer anuncia R$ 344 milhões para programas de saúde bucal do SUS
Presidente divulgou investimento nesta quinta (20) em solenidade no Planalto. Dinheiro será usado, entre outras coisas, para aquisição de 10 mil cadeiras para consultórios odontológicos.
Por Alessandra Modzeleski, G1, Brasília
O presidente Michel Temer e o ministro da Saúde, Ricardo Barros,
anunciaram nesta quinta-feira (20) investimento federal de R$ 344,3
milhões em programas do Sistema Único de Saúde (SUS) voltados para a
área de saúde bucal. O recurso, segundo o governo, beneficiará mais de
116 mil pessoas.
Investimento em saúde bucal
R$ 89,9 milhões para o custeio de novas equipes | ||||
R$ 2,6 milhões para aquisição de 17 Unidades Odontológicas Móveis | ||||
R$ 1,9 milhão para custeio de 34 equipes de UOMs | ||||
R$ 250 milhões para compra de 10 mil cadeiras odontológicas | ||||
Investimento total: R$ 344,4 milhões |
Fonte: Ministério da Saúde
Entre as medidas anunciadas com o uso da verba está o custeio de 2.229
equipes de saúde bucal e o credenciamento de 34 Unidades Odontológicas
Móveis (UOMs).
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente foram entregues 267 UOMs, das
quais 112 estão em funcionando e recebendo o custeio mensal de R$ 4,6
mil por unidade. Esses espaços atendem 386.400 usuários.
As UOMs são de uso exclusivo de profissionais de saúde bucal e atendem,
geralmente, populações rurais, quilombolas, assentadas, em situação de
rua ou em áreas isoladas ou de difícil acesso. Nas unidades, são
efetuados atendimentos de saúde básica e preventiva.
O ministro da Saúde ressaltou no evento que o repasse para os
municípios acontecerá em poucos dias e será descentralizado. Ricardo
Barros, no entanto, não informou o prazo exato.
"Os municípios poderão se inscrever no programa e serão responsáveis por comprar os consultórios", disse o titular da Saúde.
'Eficiência'
Ao discursar na cerimônia de anúncio da verba, o presidente Michel
Temer destacou que, apesar da "dificuldade orçamentária" que o governo
passa, se "economizou fantasticamente" e isso foi convertido em novos
investimentos.
"São milhões de reais, não são poucos. Verifico que são valores
expressivos e frutos dessa gestão muito eficiente. Esta é mais uma prova
de que o Brasil não parou", declarou o presidente.
O presidente disse ainda que muitos avaliam que o Brasil parou, mas,
segundo ele, a prova de que isso não aconteceu são as novas conquistas
do governo, como a aprovação da reforma trabalhista.
"Quero registrar com muita ênfase para que nós não sejamos os arautos
do catastrofismo. Pelo contrário, que tenhamos aquilo que é muito comum
entre os brasileiros, que é o otimismo extraordinário", declarou.
Embora esteja para anunciar um aumento no PIS/Cofins que incide sobre os combustíveis, Temer também elogiou no discurso a 'eficiência' do governo.
Samu
Na semana passada, o governo havia anunciado R$ 1,7 bilhão para ampliar investimentos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), atenção básica de saúde e transporte sanitário.
Ricardo Barros afirmou na solenidade desta quinta-feira que os recentes
anúncios de dinheiro para a área da saúde não significam que a pasta
está utilizando novos recursos.
"É uma ação administrativa interna do ministérios. Estamos economizando e fazendo boa gestão", explicou.
O Ministério da Saúde vem renegociando contratos para economizar, segundo dados da assessoria.
Ao todo, 873 contratos foram revistos pela pasta, resultando em uma
economia diária de R$ 9,6 milhões por dia. Eles englobam serviços como
medicamentos, vacinas e serviços gerais.
Tocantins tem mais de 50 casos confirmados de malária em 2017
Casos são na região extremo norte do Tocantins, maior número é em Araguatins. Augustinópolis também teve quatro casos confirmados da doença.
Por G1 Tocantins
O Tocantins tem 53 casos confirmados de malária em 2017. Os casos estão
concentrados no extremo norte do estado, principalmente em Araguatins,
que teve 49 confirmações da doença nos seis primeiros meses do ano.
Outros quatro casos foram confirmados em Augustinópolis, na mesma
região. Os dados são da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau).
A secretaria informou também que foram realizados 528 exames em casos
suspeitos da doença até o dia 17 de julho. As cidades onde o
monitoramento é mais intenso são Araguatins, Augustinópolis, Buriti do
Tocantins, Esperantina e Palmeiras do Tocantins.
Os dados indicam que 31 dos casos confirmados foram adquiridos pelos
pacientes no próprio estado, os demais vieram de estados vizinhos. Em
2016 apenas três casos foram registrados na mesma região. Em todo o
estado foram 22 casos de malária no ano.
Em janeiro o G1 mostrou o aparecimento dos primeiros casos.
Na época, a Secretaria de Saúde chegou a investigar se os casos eram
importados de outros estados, mas descartou a possibilidade após uma
investigação. Um bairro as margens do rio Araguaia, em Araguatins, foi indicado como o local de infecção.
Sintomas
As pessoas que contraem a malária sentem dores de cabeça, febre alta,
dores nos músculos e calafrios.
Segundo a Sesau, todos os casos
suspeitos devem passar por exames de diagnóstico rápido disponíveis
gratuitamente na rede pública de saúde, que são o teste rápido ou o
teste da gota espessa. O teste rápido pode ser realizado em qualquer
unidade de saúde e o resultado sai em 15 minutos. Já o teste da gota
espessa deve ser prescrito e o resultado sai em até 24 horas. Ambos os
testes usam apenas poucas gotas de sangue retiradas do dedo do doente.
Tratamento
O governo informou que o tratamento é oferecido na rede pública de
saúde, administrado de acordo com o quadro de cada paciente. A
orientação é que as pessoas que apresentarem os sintomas, procurem uma
unidade.
Precauções
Um dos cuidados é evitar locais que são habitats naturais do mosquito
Anopheles darlingi, considerado vetor principal da doença, conhecido
como mosquito-prego. Ele gosta de alimentar no anoitecer e no amanhecer,
segundo o gerente do laboratório de entomologia, Rogério Rios. "Se a
pessoa vai pescar ou acampar em áreas ribeirinhas ou em praias de rio, é
importante usar repelentes entre 18 e 22 horas e entre 3 e 6 horas da
manhã", recomendou.
'Chemsex' une sexo ao consumo de drogas e aumenta casos de Aids, diz militante britânico
Prática é comum entre homossexuais, diz David Stuart. Ele dirige um programa de ajuda para os adeptos.
Por France Presse
Antigamente, David Stuart se drogava e se prostituía, mas agora luta
contra o "chemsex", uma prática muito comum entre homossexuais que une o
sexo ao consumo de entorpecentes e é acusada de provocar um aumento dos
casos de Aids.
Stuart, que dirige um programa de ajuda para os adeptos dessa prática
no Soho, o 'bairro gay' de Londres, explica que o consumo de drogas como
a metanfetamina ou a mefedrona "provoca uma desinibição das emoções
sexuais".
"Essas drogas ajudam enormemente a propagar o HIV", o vírus da Aids,
denuncia este londrino, inventor do termo "chemsex", mistura das
palavras inglesas "chemicals" (drogas químicas) e "sex" (sexo).
As relações sexuais sem proteção e as noites de consumo de drogas são
consideradas responsáveis pelas novas transmissões de HIV no Reino
Unido, onde 6.000 pessoas se infectam com o vírus por ano desde 2009.
"Cerca de 30 pessoas vêm nos ver a cada dia por medo de terem se
exposto ao HIV durante relações sexuais sem preservativo ou por terem
compartilhado agulhas", diz Stuart. "Sabemos que entre 60% e 80% dessas
pessoas nos consultam porque estiveram em um ambiente vinculado ao
'chemsex'".
Agressões sexuais
As drogas da moda atuais "são muito mais problemáticas do que as que se utilizavam antes para ir a festas", alerta Stuart.
"Um mililitro de GBL (gama-butirolactona) pode bastar para atingir o
efeito desejado, mas 1,8 mililitro pode matar. Em Londres, um homem
morre a cada 12 dias por tomar GBL", conta.
O consumo dessas substâncias tem muitas outras consequências nefastas
sobre o "bem-estar pessoal, a capacidade de ter relações sexuais estando
sóbrio, de manter uma relação, de se levantar na segunda-feira de manhã
ou de passar tempo com sua família ou seus amigos", explica.
As agressões sexuais também "são muito comuns na comunidade" 'chemsex',
lembra. Uma realidade que ficou evidente com o caso de Stephen Port,
condenado à prisão perpétua em 2016 pelo assassinato de quatro homens
durante sessões de 'chemsex' entre 2014 e 2015.
Segundo Stuart, o problema é próprio da comunidade homossexual. "As
drogas fazem parte da nossa cultura, gostemos ou não", diz. "Quando
lutávamos pelos direitos dos homossexuais e contra a epidemia de Aids,
quando ainda era ilegal ser gay, nos reuníamos em torno das drogas, nas
discotecas, isso fazia parte da comunidade".
Motivos de esperança
Nascido na Austrália, Stuart chegou a Londres em 1989, o mesmo ano em que descobriu que era soropositivo.
Durante anos, "a prostituição e o tráfico de drogas faziam parte do meu dia a dia", recorda.
Após sua prisão em 2005, começou a colaborar com uma associação de prevenção do consumo de drogas entre a comunidade LGTB.
Ele se interessou pelo vínculo entre o "chemsex" e o HIV, e percebeu
que as associações LGTB e os serviços de prevenção de doenças sexuais
estão "muito mais adaptados" para abordar o problema do que as
organizações de prevenção do consumo de drogas.
Stuart tem motivos para ter esperança. Nos últimos seis meses, sua
clínica registrou uma diminuição de 42% no número de casos de infecções
por HIV.
"É a primeira vez em décadas que se observa uma queda tão grande!", comemora.
As perigosas pílulas para engordar que viraram febre entre mulheres do Sudão
Medicamentos com cortisona estão entre remédios tomados para alcançar ideal de beleza de mulher 'cheinha'; entre vítimas fatais mais comuns estão noivas que fizeram uso intenso dessas pílulas.
Por BBC
Jovens sudanesas estão tomando pílulas para engordar e ganhar curvas — e
assim se encaixar no padrão de beleza do país. A jornalista africana
Yousra Elbagir investigou como essas mulheres estão procurando
substâncias proibidas em sua busca por beleza:
Modas cosméticas que ameaçam a saúde não são novidade no Sudão. O
clareamento de pele, por exemplo, é um artifício usado há anos. Mas uma
nova febre tem se alastrado pelo país: as pílulas que engordam.
Sem regulação, os remédios são vendidos ilegalmente pelas mesmas
pequenas lojas que vendem cremes clareadores de pele e outros itens de
beleza.
Podem ser comprados individualmente, em pequenos sacos ou embalagens de
doces, e não têm nenhuma informação sobre os riscos médicos.
Segredo público
É difícil estimar quantas mulheres no Sudão usam esses produtos para ganhar peso porque muitas não admitem o uso.
"Pílulas são distribuídas nas vilas como se fossem balas", diz
Imitithal Ahmed, uma estudante da Universidade de Khartoum. "Eu sempre
tive medo de usá-las porque vi parentes ficarem doentes e amigos se
tornarem dependentes de estimulantes de apetite."
"Minha tia está prestes a sofrer falência nos rins e está com artérias
bloqueadas por tomar pílulas que engordam na tentativa de conseguir um
bumbum maior", afirma Ahmed. "Todos na família sabem que ela está
doente, mas ela não admite. Ela só parou de tomar quando o médico
mandou."
'Mamãe desconfia'
Pílulas do tipo são com frequência disfarçadas e recebem apelidos que fazem referência aos seus efeitos.
De nomes como "Terror dos Vizinhos" e "Pernas de Frango" a "Mamãe
Desconfia", os nomes clínicos dos remédios são ignorados e substituídos
por promessas de bumbuns maiores, coxas grossas e uma barriga que fará
sua mãe suspeitar que talvez você esteja grávida.
As substâncias contidas nas pílulas variam: vão de estimulantes de
apetite comuns a remédios contra alergia que contém cortisona, um
hormônio esteroide.
Os efeitos colaterais da cortisona são hoje uma galinha de ouro para os
traficantes de pílulas. A substância é conhecida por diminuir o
metabolismo, aumentar o apetite, causar retenção de líquidos e criar
depósitos extras de gordura no abdômen e no rosto.
Usar hormônios não regulados sem supervisão pode causar danos ao
coração, ao fígado, aos rins e à tireoide, diz Salah Ibrahim, presidente
da Associação dos Farmacêuticos do Sudão.
Ele explica que a cortisona é um hormônio que existe naturalmente no
corpo, ajudando a regular funções vitais. Quando uma versão concentrada e
artificial é inserida no organismo, o cérebro ordena o corpo a parar a
produção.
Se um usuário desses remédios abruptamente para de tomar a substância, os órgãos mais importantes podem ter disfunções.
Consequências mortais
Médicos dizem que jovens mulheres do Sudão estão morrendo por falência
nos rins e problemas cardíacos por causas de paradas súbitas na ingestão
de esteroides.
As mortes são mais comuns entre noivas e recém-casadas, que
tradicionalmente passam por um mês de intenso embelezamento antes do seu
dia de casamento e depois param abruptamente com o uso de pílulas de
engordar e cremes branqueadores.
Os óbitos são registrados como "falência abrupta de órgãos".
Apesar de tudo isso, essas tendências de beleza continuam a crescer. O
uso abusivo dessas pílulas está aumentando na sociedade conservadora do
Sudão, em parte porque elas não têm o mesmo estigma de álcool e maconha —
e seu uso é mais fácil de ser escondido.
Universitárias têm comprado aos montes o potente analgésico Tramadol. Cada pílula é vendida por 20 libras sudanesas (R$ 9,5).
Alguns dos vendedores de chá de beira de estrada da cidade de Khartoum
são conhecidos por dissolver o analgésico em uma xícara de chá a pedido
de clientes.
Campanhas de conscientização têm tido pouco impacto até agora. Salah
Ibrahim tem aparecido em inúmeros programas de TV para alertar sobre os
perigos do uso de remédios de tarja preta.
Nas universidades, estudantes do curso de Farmácia têm sido
incentivados a agir dentro da lei. Mas, em um país onde profissionais de
saúde recebem muito pouco, a tentação de vender esses remédios para
revendedores ilegais muitas vezes acaba prevalecendo.
"A última vez em que fui a uma loja de produtos de beleza, o dono
trouxe uma caixa de chocolates cheia de pílulas para engordar
diferentes", diz Ahmed, a estudante de Khartoum.
"As meninas têm muito receio de perguntar sobre os produtos a seus
médicos e acabam comprando de outros locais, por medo de sofrerem
humilhações públicas", afirma ela.
A polícia tem prendido vendedores ilegais e bloqueado rotas de tráfico,
mas os lucros de farmacêuticos irregulares têm crescido da mesma forma.
O Sudão não é o único país da África onde estar acima do peso é um
símbolo de prosperidade e poder - e uma característica que aumenta as
chances de uma mulher se casar.
Mas, nessa sociedade, é uma espécie de ideal de mulher sudanesa perfeita — cheinha e de pele clara — desejada como esposa.
O status de ícone de Nada Algalaa, uma cantora sudanesa cuja aparência é
amplamente elogiada e copiada, é uma prova disso. Para algumas
mulheres, é um ideal a ser alcançado custe o que custar.
Saúde no frio: como evitar o choque térmico?
O corpo trabalha muito para manter a temperatura de 36 graus. A maioria das pessoas não terá problemas com choque térmico. Em geral, é preciso ter cuidado maior com crianças e idosos.
Por G1, São Paulo
No frio é mais comum acontecer o choque térmico e isso não é
brincadeira. Para conversar sobre isso, o Bem Estar desta sexta-feira
(21) convidou a otorrinolaringologista Mariana Pinna para explicar como
se proteger. O médico socorrista Jorge Ribera deu dicas de segurança e
salvamento.
O corpo trabalha muito para manter a temperatura de 36 graus. A maioria
das pessoas não terá problemas com choque térmico, porque o corpo é
eficiente o suficiente para regular a temperatura e pressão arterial.
Por outro lado, não dá para saber quem vai ter o problema. Em geral, é
preciso ter cuidado maior com crianças e idosos. Quanto maior a
diferença entre a temperatura corporal e a água, maior a chance de ter o
choque.
O choque térmico pode produzir a descarga ou síncope vasovagal, quando o
coração bate mais devagar e falta sangue no cérebro. Fora da água a
pessoa pode desmaiar, mas logo recobra a consciência e sobrevive.
Embaixo da água, se ela fica tonta e desmaia, se afoga em decorrência
disso e pode morrer, se ninguém salvar a tempo.
O que é o ruído branco e como ele pode influenciar o sono
Sons como o da televisão ou rádio quando não estão sintonizados ou do ar-condicionado podem ajudar pessoas que acordam facilmente com barulho a continuar dormindo, mas seu uso é controverso.
Por BBC
Pode ser o som da televisão ou rádio quando não estão sintonizados ou até mesmo o barulho constante do ar-condicionado.
Em ambos os casos, trata-se de um ruído branco, sinal sonoro que contém todas as frequências na mesma potência.
Esse barulho faz com que o limiar auditivo atinja seu nível máximo, o
que significa que, na presença desse tipo de som, os estímulos auditivos
mais intensos têm menos capacidade de ativar o córtex cerebral durante o
sono.
Isso explica, por exemplo, por que algumas pessoas conseguem pegar no
sono mais rápido se a televisão estiver ligada com um volume moderado.
"O ruído branco é, literalmente, uma parede de energia sonora", diz Seth Horowitz, neurocientista especializado em audição.
Atualmente, há diversos dispositivos que emitem ruído branco, como
aplicativos de celular, disponíveis no mercado com a promessa de
melhorar a qualidade do sono.
Disfarce
De acordo com os especialistas, o ruído branco é ideal para disfarçar
ou abafar outros sons do ambiente, como o barulho de carros, obras ou
cachorros latindo.
"Funciona muito bem para quem acorda com qualquer interrupção repentina de som", diz Horowitz.
Como a audição é o único sentido que continua funcionando mesmo durante
o sono, o ruído branco serve para bloquear sons cujas frequências
variam de intensidade e podem estimular o córtex cerebral.
Mas será que há contraindicações?
"Não, a menos que o volume (do ruído branco) seja tão alto que possa
afetar a audição", afirma Nitun Verma, porta-voz da Academia Americana
de Medicina do Sono (AASM, na sigla em Inglês).
O ser humano tem com um número limitado de células ciliadas - cerca de
10 mil -, responsáveis por captar o som. São elas que detectam os sons
de alta frequência e, com o envelhecimento, começam a falhar.
Mas o neurocientista Seth Horowitz adverte que, se o ruído branco for
aplicado todas as noites por um período prolongado, pode afetar essas
células.
Além disso, ele lembra que o sono é indispensável para a regeneração do organismo.
"A exposição constante ao ruído branco fará com que as células
(ciliadas) permaneçam ativas e dê mais trabalho a elas para sanar
qualquer dano que haja nessa área."
Dúvidas sobre os benefícios
Apesar dos inúmeros artigos sobre a eficácia do ruído branco para
dormir melhor, não há pesquisas científicas suficientes para comprovar
esse benefício.
Horowitz observa que os estudos sobre a audição e o sono são
relativamente novos. Segundo ele, ainda há muito a se explorar nessa
área.
Mas, ao invés de recorrer a truques para dormir, os especialistas
afirmam que o mais importante é adotar uma rotina ou padrão de sono
estável.
Segundo o médico Nitun Verma, da Academia Americana de Medicina do
Sono, nem todos os distúrbios podem ser tratados com ruído branco.
A tática não seria produtiva, por exemplo, em casos de apneia - quando a pessoa para de respirar durante o sono.
Horowitz menciona, por sua vez, o ruído rosa e o ruído marrom.
O primeiro combina frequências altas e baixas, como o som da chuva,
enquanto o segundo pode ser representado, por exemplo, pelo barulho de
uma queda d'água à distância - o ruído branco seria como escutar uma
cachoeira dentro do próprio quarto.
"Eles soam mais naturais, porque é assim que percebemos o som no mundo.
O ruído branco é mais forte porque abrange uma faixa de frequência mais
ampla", explica.
No entanto, os ruídos rosa e marrom não apresentam força suficiente para bloquear os barulhos externos.
USP comprova que leite é capaz de reduzir quantidade de chumbo no organismo
Estudo aponta que cálcio pode agir como uma espécie de protetor, expulsando o metal do corpo. Pesquisador diz que alimento não substitui o uso de equipamentos de proteção na indústria.
Por Jornal da EPTV 1ª edição
Uma pesquisa da Faculdade de Farmácia da USP em Ribeirão Preto (SP)
comprova que o leite é capaz de diminuir a quantidade de chumbo no
organismo e, consequentemente, reduzir o nível de intoxicação em
profissionais que atuam com esse tipo de metal.
A descoberta pode resultar em um novo modelo de tratamento em seres
humanos, mas o farmacêutico e pesquisador William Robert Gomes alerta
que a ingestão de leite não substitui o uso de equipamentos de proteção,
principal aliado na prevenção.
“O chumbo pode levar até à morte se não houver um tratamento adequado e
não houver um exame periódico para detectar essas concentrações altas. O
leite deve ser um auxílio para evitar que essas concentrações subam a
um nível extremo”, explica.
O estudo avaliou 237 funcionários de indústrias de baterias
automotivas, que ficam expostos ao chumbo por longos períodos, e
comprovou que aqueles que consumiam leite e derivados ao menos três
vezes por semana tinham menos concentração do metal no organismo.
Gomes afirma que o principal responsável pelo resultado é o cálcio, que
pode agir como uma espécie de protetor, expulsando o chumbo do corpo e,
principalmente dos ossos, onde pode se acumular e permanecer por até 30
anos.
“O cálcio e o chumbo têm uma estrutura um pouco parecida, então, quando
os dois estão juntos, há uma competição, onde o cálcio pode deslocar o
chumbo do organismo e ele pode ser eliminado mais facilmente”, diz.
Ainda segundo o pesquisador, a alta concentração de chumbo no corpo
humano altas pode causar problemas neurológicos, doenças no coração, nos
rins, no estômago e ainda alterações no sangue.
Além de ser usado na indústria automotiva, esse tipo de metal está
presente na construção civil, produção de vidro e pigmentação de tintas.
O pintor Candido Portinari (1903-1962), por exemplo, morreu em
decorrência de intoxicação por chumbo que havia nas tintas usadas em
suas obras.
“Na verdade, a melhor prevenção ainda é o uso de equipamentos de
proteção, como luvas, máscaras, o leite seria apenas um auxílio para
oferecer uma vida melhor. Mas, a prevenção ainda é o melhor remédio”,
afirma Gomes.
Futuro do cigarro: indústria prevê substituição de cigarro tradicional por eletrônicos
Principal empresa internacional de tabaco defende que estratégia garante redução de danos. Uso de dispositivos eletrônicos também traz riscos para a saúde, segundo especialistas.
Por Mariana Lenharo, G1
A prevalência de fumantes no Brasil e no mundo vem caindo a cada ano.
Segundo um estudo publicado em abril pela revista "Lancet", a parcela de
homens fumantes no país caiu de 29%, em 1990, para 12%, em 2015; entre
as mulheres, o índice foi de 19% para 8%. Diante dessa tendência, seria
plausível imaginar um futuro sem cigarro, produto que mata ainda hoje
mais de 7 milhões de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS).
Esse futuro é o que a própria indústria do tabaco está começando a
vislumbrar. Ao menos, um futuro sem o cigarro que conhecemos hoje.
Reconhecida como a principal empresa internacional de tabaco do mundo, a
Philip Morris International (PMI) tem anunciado o planejamento de um
futuro “smoke-free”, em que a produção de cigarro seria gradualmente
abandonada e substituída por dispositivos eletrônicos para fumar.
“A Philip Morris defende um futuro sem fumaça e está fazendo esforços
significativos para acelerar a transição do cigarro convencional para
outras formas menos nocivas de produtos de tabaco”, afirmou, em
entrevista por e-mail, o diretor de assuntos corporativos da Philip
Morris Brasil, Fernando Vieira.
O IQOS, um dispositivo da PMI que aquece o tabaco em vez de queimá-lo,
já é vendido em 23 países, entre eles Alemanha, Canadá, Colômbia,
Portugal, Espanha e Reino Unido (veja o infográfico para entender como
funciona). O plano é que chegue até 35 mercados até o fim de 2017.
Segundo Vieira, a empresa tem investido para “desenvolver novos
produtos potencialmente menos nocivos que possam substituir o cigarro
convencional, conhecidos como produtos de risco reduzido”.
Empresa líder no mercado legal de cigarros no Brasil, a Souza Cruz
também sugere a possibilidade de incluir cigarros eletrônicos em seu
portfólio. Em nota enviada por e-mail, a empresa afirmou que “defende um
amplo debate com a sociedade civil sobre a proibição de comercialização
dos produtos de próxima geração, incluindo comunidade científica,
reguladores, ONGs, consumidores e varejistas, uma vez que estes produtos
já são uma realidade no mundo”.
Até o momento, a venda, importação e propaganda de qualquer dispositivo
eletrônico para fumar são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância
em Saúde (Anvisa), segundo a Resolução RDC 46/2009.
Risco reduzido?
A indústria do tabaco anuncia os dispositivos eletrônicos como uma
alternativa menos nociva ao cigarro tradicional. Mas que evidências
científicas existem de que esses produtos realmente impõem um risco
menor à saúde?
A médica Stella Regina Martins, especialista em dependência química do
Programa de Tratamento ao Tabagismo do Instituto do Coração da Faculdade
de Medicina da USP (Incor), afirma que existe, atualmente, uma divisão
mundial entre os especialistas em controle do tabagismo. Um grupo
acredita que o cigarro eletrônico poderia ser usado como estratégia de
redução de danos. Outro grupo, no qual ela se inclui, é mais cauteloso e
defende a manutenção da proibição do produto.
Stella coordenou a elaboração do livro "Cigarro eletrônico: o que
sabemos?", publicado em 2016 pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca),
para o qual fez uma extensa revisão de estudos já existentes. "Até o
momento, não há evidência científica consistente de que o cigarro
eletrônico seja uma alternativa mais segura para quem não quer parar de
fumar ou de que o produto vá ajudar as pessoas que querem deixar o
cigarro", conclui a especialista.
Uma vantagem dos dispositivos eletrônicos, segundo Stella, é que, por
não envolver combustão, ele não produz o monóxido de carbono, fator de
risco para infarto. Além disso, alguns compostos tóxicos aparecem em
quantidades reduzidas em relação ao cigarro tradicional. “Por outro
lado, outras tantas substâncias que não existem no cigarro tradicional
aprecem no cigarro eletrônico”, afirma.
Para ela, diante do atual cenário de queda de fumantes no país e da
disponibilidade de tratamentos consolidados contra o tabagismo
disponíveis inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), não faria sentido
introduzir um novo produto de tabaco no país, com potencial para atrair
novos consumidores.
Estudo pioneiro no Brasil
Esta também é a opinião da médica Jaqueline Scholz, coordenadora da
área de cardiologia do Programa de Tratamento ao Tabagismo do Incor. Ela
está desenvolvendo um dos primeiros estudos brasileiros com pacientes
para avaliar o impacto do cigarro eletrônico na saúde. Apesar de o
trabalho ainda estar no início, a avaliação dos primeiros voluntários já
revelou que os usuários de cigarro eletrônico continuam consumindo
quantidades de nicotina semelhantes às que consumiam quando usavam o
cigarro tradicional: só substituem uma forma pela outra.
Pessoas que fumavam, por exemplo, 10 cigarros por dia, passaram a
consumir cerca de 10 ml da substância que contém nicotina usada como
refil dos cigarros eletrônicos. Quando se faz o exame de ponta de dedo, a
quantidade de nicotina encontrada nos usuários das duas formas de
cigarro é semelhante.
O estudo coordenado por Jaqueline está focando no impacto do
dispositivo na saúde bucal. Estudos anteriores afirmam que uma
temperatura a partir de 60 graus já é suficiente para provocar lesões
celulares na boca. O cigarro eletrônico, apesar de atingir uma
temperatura menor do que o do cigarro tradicional, pode chegar a até 350
graus.
Adultos que fazem uso exclusivo de cigarro eletrônico podem se candidatar para serem voluntários da pesquisa do Incor pelo telefone (11) 2661-5592.
Atrativo para jovens
Os especialistas alertam para o perigo de a tecnologia dos dispositivos eletrônicos servir de atrativo para o público jovem,
que já vinha se desinteressando dos cigarros tradicionais. “Essa é a
grande jogada da indústria: criar um produto novo e atrativo porque o
produto cigarro está em decaimento de novos usuários em vários lugares
do mundo”, diz Jaqueline.
“É característico dessa faixa etária querer experimentar coisas
diferentes e se expor a riscos”, diz Stella. A sofisticação tecnológica e
os aromas e sabores diferentes são alguns dos principais atrativos dos
cigarros eletrônicos para o público jovem. No Brasil, porém, a Anvisa
afirma que não há previsão de revisar a regra que proíbe os
dispositivos.
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