11/9/2015 às 00h30
Depressão pós-parto pode causar irritação e rejeição ao bebê. Veja mitos e verdades!
Especialistas explicam sintomas e como combatê-los
A chegada de um bebê, normalmente, é um momento feliz na vida de
qualquer mulher, porém, algumas mães enfrentam um problema que contrasta com
essa expectativa normal de alegria: a depressão no pós-parto.
Até mesmo quando o bebê nasce saudável, o pai fornece todo o suporte necessário e a família está feliz, é normal que muitas mães se sintam tristes na hora de voltar para casa. Esses sentimentos podem ser passageiros e diminuir com o tempo, mas também podem evoluir para um quadro mais grave de apatia e até rejeição ao bebê.
Para entender um pouco mais sobre a depressão pós-parto, Ivan Morão, psiquiatra do Hospital e Maternidade São Luiz, tira algumas dúvidas.
Até mesmo quando o bebê nasce saudável, o pai fornece todo o suporte necessário e a família está feliz, é normal que muitas mães se sintam tristes na hora de voltar para casa. Esses sentimentos podem ser passageiros e diminuir com o tempo, mas também podem evoluir para um quadro mais grave de apatia e até rejeição ao bebê.
Para entender um pouco mais sobre a depressão pós-parto, Ivan Morão, psiquiatra do Hospital e Maternidade São Luiz, tira algumas dúvidas.
Qual a diferença
entre depressão e depressão no pós-parto?
Em termos clínicos, não existe diferença entre depressão e depressão pós-parto. O que essas classificações determinam é uma depressão dentro de uma época ou episódio, diz Mourão.
Em termos clínicos, não existe diferença entre depressão e depressão pós-parto. O que essas classificações determinam é uma depressão dentro de uma época ou episódio, diz Mourão.
Por que após o
nascimento do bebê algumas mães apresentam depressão?
De acordo com o especialista, além de ser marcado por uma alteração hormonal, o pós-parto é também uma mudança no estilo de vida.
— Tem mães que entendem a gravidez não como um ganho, mas como uma perda de beleza, espaço, convívio social e relações no trabalho, entre outros motivos. Isso pode desenvolver um quadro depressivo grave que vai fazer com que surja um sentimento de rejeição, algo que está além do quadro hormonal e implica como ela vai lidar com esse novo ser em sua vida.
De acordo com o especialista, além de ser marcado por uma alteração hormonal, o pós-parto é também uma mudança no estilo de vida.
— Tem mães que entendem a gravidez não como um ganho, mas como uma perda de beleza, espaço, convívio social e relações no trabalho, entre outros motivos. Isso pode desenvolver um quadro depressivo grave que vai fazer com que surja um sentimento de rejeição, algo que está além do quadro hormonal e implica como ela vai lidar com esse novo ser em sua vida.
Quais são os sintomas
da depressão no pós-parto?
São os mesmos da depressão, afirma o psiquiatra. Entre eles estão variação de humor para o polo negativo, tristeza, apatia, desinteresse, fraqueza, diminuição do apetite, sono perturbado, irritação e baixa autoestima, explica.
São os mesmos da depressão, afirma o psiquiatra. Entre eles estão variação de humor para o polo negativo, tristeza, apatia, desinteresse, fraqueza, diminuição do apetite, sono perturbado, irritação e baixa autoestima, explica.
A depressão pós-parto
causa riscos para o bebê?
O risco de uma agressão é muito baixo. O maior risco para o bebê é o próprio desinteresse e rejeição da mãe, ressalta Mourão.
O risco de uma agressão é muito baixo. O maior risco para o bebê é o próprio desinteresse e rejeição da mãe, ressalta Mourão.
A depressão pós-parto
tem início quantos dias após o nascimento do bebê?
O médico afirma que a pessoa pode apresentar sintomas até mesmo durante a gravidez, ou a depressão pode surgir duas a três semanas após o parto.
O médico afirma que a pessoa pode apresentar sintomas até mesmo durante a gravidez, ou a depressão pode surgir duas a três semanas após o parto.
Algumas mulheres têm
mais predisposição para a depressão pós-parto?
Mourão explica que, se a mulher já teve quadro depressivo anterior, a chance de ter novamente é maior.
— Além disso, se a mulher teve depressão pós-parto em outra gravidez, ela tem 50% de chance de ter novamente.
Mourão explica que, se a mulher já teve quadro depressivo anterior, a chance de ter novamente é maior.
— Além disso, se a mulher teve depressão pós-parto em outra gravidez, ela tem 50% de chance de ter novamente.
Quando é necessário procurar ajuda médica?
Se o quadro for muito grave, no qual já nos primeiros dias a pessoa fica incompatibilizada com o bebê, então, tem que buscar tratamento imediato, ressalta Mourão.
— Quando o quadro é mais leve, uma alteração sutil de humor que contrasta com uma expectativa de felicidade, é possível aguardar duas semanas.
Se o quadro for muito grave, no qual já nos primeiros dias a pessoa fica incompatibilizada com o bebê, então, tem que buscar tratamento imediato, ressalta Mourão.
— Quando o quadro é mais leve, uma alteração sutil de humor que contrasta com uma expectativa de felicidade, é possível aguardar duas semanas.
Como é feito o
tratamento?
O especialista acredita que o tratamento tem que ter uma combinação de abordagens entre a psicoterapia e psicofármaco.
— O medicamento pode mexer na questão da alteração bioquímica, mas tem questões, como a relação entre a mãe e a criança, que o medicamento não vai resolver.
O especialista acredita que o tratamento tem que ter uma combinação de abordagens entre a psicoterapia e psicofármaco.
— O medicamento pode mexer na questão da alteração bioquímica, mas tem questões, como a relação entre a mãe e a criança, que o medicamento não vai resolver.
Esses medicamentos
podem ser tomados durante a amamentação? Se não, o que deve ser feito?
Alguns antidepressivos estão há muito tempo no mercado e têm uma certa segurança no seu uso em relação ao bebê. Na amamentação, esses medicamentos têm metabolização mais rápida no corpo da mãe e, por isso, baixa concentração no leite.
Alguns antidepressivos estão há muito tempo no mercado e têm uma certa segurança no seu uso em relação ao bebê. Na amamentação, esses medicamentos têm metabolização mais rápida no corpo da mãe e, por isso, baixa concentração no leite.
A família é
importante neste momento? Como pode ajudar a mãe?
A família é sempre fundamental para dar conforto para a mãe em todos os momentos da vida. Além disso, é importante compreender a situação sem julgamentos.
A família é sempre fundamental para dar conforto para a mãe em todos os momentos da vida. Além disso, é importante compreender a situação sem julgamentos.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/fotos/depressao-pos-parto-pode-causar-irritacao-e-rejeicao-ao-bebe-veja-mitos-e-verdades-11092015#!/foto/11
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