quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

28/12/2016 07h02 - Atualizado em 28/12/2016 09h03

Curitiba registra a menor taxa de mortalidade materna da história

Em 2016, taxa ficou em 4,7 mortes para cada 100 mil novas vidas.
Secretaria da Saúde relata mudanças no atendimento às mães e no parto.

Do G1 PR, com informações da RPC Curitiba

Em 2016, Curitiba registrou a menor taxa de mortalidade materna da história da cidade. Entre os mais de 21 mil partos realizados, uma mãe morreu. O dado estabelece a taxa de 4,7 mortes para cada 100 mil novas vidas. O número está dentro do que e estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A morte materna é aquela que ocorre durante a gestação, no momento do parto ou em até 42 dias após o nascimento da criança. Por isso, de acordo com as autoridades da área da Saúde, para que haja redução no índice desta espécie de mortalidade, é necessário dar atenção às mães desde o primeiro momento da gravidez.

O secretário de Saúde de Curitiba, Cesar Titton, afirma que desde 2013 o atendimento da rede pública vem sendo ampliado e melhorado.
A secretaria atuou, basicamente, em três frentes:

- maior atenção ao pré-natal, com aumento no número de consultas e presença de obstetras na retaguarda de todas as unidades básicas de saúde da cidade;

- agilidade para o encaminhamento de gestantes de risco para o atendimento especializado

- mudanças nas práticas na hora do parto.

“Reduziu-se algumas intervenções que nem sempre estão indicadas para parto normal como a episiotomia, o jejum, a tricotomia... São intervenções que quando bem indicadas têm o seu sentido, sua razão de ser, mas não são regras para qualquer parto normal. Foram ampliadas medidas importantes como contato pele a pele”, relatou o secretário.

O Davi é filho da Carolina Aparecida de Almeida, que não esconde a alegria com o nascimento do bebê. A mãe fez o pré-natal e todo o acompanhamento recomendado. O parto foi normal, e os dois passam bem.

“Todo o procedimento que iam fazer, eles explicavam, falavam. Foram bem carinhosos”, contou a mais nova mãe.

A enfermeira Letícia de Lima afirma que privilegiar o parto normal interfere tanto na saúde da mulher quanto do bebê. “Você fazendo menos intervenções possíveis e deixando a mulher mais a vontade na hora do parto favorece a mãe e o bebê”.

Apesar dos números positivos, a equipe médica acredita que ainda há o que melhorar. A obstetra Luiza Zapani cita que é necessário também melhorar o atendimento à mãe, agir em aspectos sociais como nível de escolaridade e planejamento familiar.

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