Fronteiras fechadas impedem que brasileiros deixem Venezuela
Notas de 500 bolívares só chegaram ao país neste domingo (18)
Venezuelanos tentam romper barreira imposta pelo governo na fronteira com a Colômbia
Reuters
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, estão sendo "realizadas gestões em vista a buscar uma solução para o caso dos brasileiros que desejam retornar ao Brasil".
No último sábado (17), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o fechamento temporário das fronteiras do país com o Brasil e com a Colômbia seria prorrogado até o dia 2 de janeiro para impedir a entrada de cédulas de 100 bolívares no país.
As notas, que costumavam a ser a de maior valor, foram retiradas de circulação pelo governo do país por que "máfias colombianas estariam armazenando" as cédulas com o objetivo de desestabilizar a economia venezuelana, que há anos enfrenta uma crise de desabastecimento.
No lugar das notas de 100 bolívares, cédulas de 500 bolívares, que têm o valor mais baixo na nova estrutura monetária do país, entrarão em circulação na Venezuela. No entanto, as notas que deveriam já ter entrado na quinta-feira passada (15), só chegaram na nação neste domingo (18) em um avião vindo da Suécia.
De acordo com o vice-presidente do Banco Central da Venezuela (BCV), José Khan, "são 13,5 milhões de peças que chegam em 272 caixas e em cada uma há 50 mil unidades de 500 bolívares". Agora, a previsão da entrada em circulação das cédulas é para o fim do mês.
A falta das cédulas de 100 bolívares e das novas de 500 gerou pânico e desespero entre os venezuelanos, que fizeram protestos, realizaram saques a lojas e supermercados e foram impedidos mais uma vez de receberem seus salários, que costumam a ser pagos quinzenalmente no país.
Segundo Maduro, o atraso na entrega das cédulas foi causado por uma "sabotagem dirigida pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos". O presidente venezuelano já tinha dito anteriormente que o governo norte-americano estaria envolvido na "máfia" que estaria estocando as notas de 100 bolívares.
"As notas de 500 bolívares deveriam ter chegado na quinta-feira, mas chegaram neste domingo. Como não podiam nos deter, nos deixaram quatro dias de atraso", explicou o mandatário.
Até o fim do mês, de acordo com a Presidência do país, mais 60 milhões de notas serão entregues e entrarão em circulação.
"Notas de mil, 2 mil, 20 mil e mais outras de 500 ainda chegarão. Iremos acumulá-las e, quando as liberarmos, estaremos completando nossa política monetária", afirmou o presidente.
Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/fronteiras-fechadas-impedem-que-brasileiros-deixem-venezuela-19122016
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