Anvisa libera importação de remédio feito com substância da maconha; Bem Estar explica
Pacientes e familiares de pessoas que sofrem com esclerose múltipla comemoram a decisão. Extrato da folha de maconha também é usado para controlar crises de epilepsia.
Com a decisão tomada pela Anvisa, o registro, a produção e a venda de
remédios à base de tetrahidrocanabidiol e de canabidiol passam a ser
considerados permitidos com venda sob controle especial. Os
neurologistas Tarso Adoni e Laura Guilhoto falam sobre o assunto no Bem
Estar desta quarta-feira (14).
Essas substâncias estão presentes na planta da maconha e são usadas no
tratamento de pacientes que têm esclerose múltipla ou que apresentam
crises repetidas de convulsão. A decisão da Anvisa vale para
medicamentos em concentração de até 30 miligramas por mililitro.
A Agência também mudou as regras para tornar mais fácil a importação de
produtos de canabidiol, permitindo que os pedidos, com a documentação
completa, sejam analisados prioritariamente.
O remédio à base de substâncias da cannabis passou por vários testes de
segurança e eficácia e é possível saber exatamente o que está dentro do
frasco ou comprimido. No remédio estarão duas das cerca de 40
substâncias obtidas a partir das folhas de maconha.
O remédio será aprovado para os sintomas de espasticidade (rigidez dos
músculos) da esclerose múltipla e, como todo medicamento, pode trazer
efeitos ruins, neste caso, sedação e prejuízos à memória.
Como se trata de um remédio novo, com poucos e pequenos estudos, o uso
só deverá ocorrer quando outras drogas não funcionaram ou o paciente não
tolerou bem outros remédios.
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