Caos e pobreza: haitianos sofrem para recomeçar a vida após destruição causada pelo furacão Matthew
Diversas aldeias e vilas pediram ajuda externa para auxuiliar em sua reconstrução
O Haiti foi atingido com tanta força pelo furacão Matthew — a mais forte
tempestade a passar pelo Caribe em quase uma década — que grande parte
da população local se considera sortuda por estar viva.
Dias após a passagem do furacão, diversas aldeias e vilas entraram em
contato com o exterior em busca de ajuda. Foi o caso da pequena comuna
de Jéremié.
"Minha casa foi totalmente destruída durante a tempestade", disse Marie Ange St Juste, de 29 anos de idade.
— Eu perdi tudo, mas tive sorte porque nenhum dos meus filhos morreu. Agora minha situação é muito ruim, precisamos de ajuda.
Luc, de 66 anos, foi uma das muitas pessoas afetadas pela tempestade no Haiti, onde o número de mortos passou de mil.
"Eu não preciso dizer nada, minha casa explica tudo, é completamente
plana, eu perdi tudo: minhas colheitas, meus animais, então eu não tenho
mais nada", disse Luc, sem camisa, usando shorts de pano rasgados, um
chapéu de palha e segurando um facão em suas mãos para limpar sua
propriedade.
— É como se minhas duas mãos tivessem sido cortadas, o que posso dizer? Estou às portas da morte.
— É como se minhas duas mãos tivessem sido cortadas, o que posso dizer? Estou às portas da morte.
Na imagem, o haitiano Case Jean, de 92 anos, posa para uma fotografia em
sua casa destruída. De acordo com seus parentes, Jean é muito velho e
não consegue falar.
Uma das piores repercussões de Matthew foi o surto de cólera. Muitas
pessoas inundaram unidades hospitalares procurando tratamento.
Na mesma cidade, uma menina carregava um recipiente de água sobre sua
cabeça maior do que ela. Quando chegou à casa de sua família, eles
estavam sentados na frente da construção de concreto, que estava sem um
telhado, e não tinha quase nada dentro.
"Desde que nasci, nunca vi algo assim, pensei que fosse o fim do mundo", disse a matriarca da família, Matha Dominique, de 67 anos.
— Coisas que levaram muitos anos e esforço para ter e construir desapareceram em poucos minutos. Isso é loucura e não faz sentido para mim. Na minha idade, você acha que eu poderia começar tudo de novo?
"Desde que nasci, nunca vi algo assim, pensei que fosse o fim do mundo", disse a matriarca da família, Matha Dominique, de 67 anos.
— Coisas que levaram muitos anos e esforço para ter e construir desapareceram em poucos minutos. Isso é loucura e não faz sentido para mim. Na minha idade, você acha que eu poderia começar tudo de novo?
A haitiana Rose Marie Michel, de 64 anos, posa para uma fotografia
entre os restos de sua casa, destruída após a passagem do furacão
Matthew.
Nathalie Pierre, de 28 anos, parecia exausta — tanto emocional quanto fisicamente — enquanto segurava sua filha de 3 anos, Rose.
— Como você pode ver, minha situação é muito ruim. Eu perdi tudo o que tinha: minha casa, meu dinheiro, minha boutique. A tempestade foi terrível, mas tive sorte de ter minha única filha viva — é a coisa mais importante. A vida continua.
— Como você pode ver, minha situação é muito ruim. Eu perdi tudo o que tinha: minha casa, meu dinheiro, minha boutique. A tempestade foi terrível, mas tive sorte de ter minha única filha viva — é a coisa mais importante. A vida continua.
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