Publicado em 03/12/2016 às 19h06
A Chapecoense vai renascer. Dinheiro, Libertadores, Ronaldinho Gaúcho, empréstimo gratuitos de jogadores, amistoso com o Barcelona. Permanência assegurada na Série A. As lágrimas irão secar…
O arrebatador velório na Arena Condá deixou uma certeza. A Chapecoense vai renascer. Todo o sofrimento que mobilizou o mundo não trará as 71 preciosas vidas de volta. Não fará o piloto/dono do avião, Miguel Quiroga descer em Bogotá, gastar R$ 10.000,00, desperdiçar uma hora, e ter combustível para completar os 30 quilômetros que faltaram para o aeroporto internacional de Medellin.
Mas a solidariedade fará o clube se reerguer.
A começar pelo título de campeão da Sul-Americana de 2017, que o Atlético Nacional, de maneira elogiável, abriu mão. Além do título, são mais 2 milhões de dólares de premiação ao vencedor. Somados a 1,8 milhão de dólares que o clube faturou até chegar à final, dá na quantia de 3,8 milhões de dólares.
E a garantia da participação na Libertadores de 2017.
Mais, decidir a Recopa com ninguém menos do que o Atlético Nacional, clube que virou 'irmão' nesta tragédia.
O presidente da CBF, Marco Polo del Nero, está pressionado. Disposto a enfrentar o Estatuto do Torcedor, como já fez tantas vezes, e autorizar que o clube de Chapecó tenha imunidade ao rebaixamento.
Pelo menos no Brasileiro de 2017. Um ano para se reestruturar.
Os grandes clubes brasileiros e pelo menos dois argentinos Racing e Huracán, da Argentina, e o paraguaio Libertad oferecem oficialmente um ou dois jogadores por empréstimo. Pagando até salário, para não onerar o clube catarinense.
Ronaldinho Gaúcho foi atingido em cheio pelas redes sociais. O jogador, que foi o melhor do mundo duas vezes, é o mais pedido pelos internautas. Sem clube, eles querem que defenda o clube por uma temporada.
Mas ele se mostra disposto a disputar amistosos com a camisa verde. A direção do Barcelona já se ofereceu para ajudar e aceitaria jogar de graça um amistoso. O período ideal para os catalães seria a pré-temporada europeia do próximo ano.
A cota de televisão continuará nos R$ 25 milhões.
A Chapecoense tem hoje apenas oito jogadores profissionais. A tragédia matou 19 atletas. O goleiro Follmann teve parte da perna direita amputada. Alan Ruschel fez uma cirurgia na coluna vertebral. E Neto. Ele teve fratura craniana. E enfrenta problemas pulmonares importantes. Além de ferimentos nas pernas.
Os jogadores acidentados têm direito apenas a 26 salários como seguro. E os salários registrados na Carteira de Trabalho. Não estão contabilizados os direitos de imagem.
Mas a diretoria da Chapecoense se articula para ajudar as famílias, independente do seguro.
Outra prova que dirigentes, quando querem, são gestores.
A diretoria está arrasada.
Os enterros serão amanhã.
No meio de tanta tristeza, há a esperança.
A Chapecoense vai se reerguer.
Como o Torino, o Manchester United, o Alianza Lima.
Os mortos e feridos jamais serão esquecidos.
O brilhante time que chegou à final da Copa Sul-Americana.
Sob o comando de Caio Júnior.
A solidariedade é algo impressionante.
Pena que foi necessário tanto sofrimento para ela vir à tona.
Principalmente neste mundo egoísta do futebol.
As lágrimas vão secar...
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