Zika não precisa de proteína receptora para atacar células do cérebro
Com a ajuda de minicérebros, pesquisadores descobriram que o vírus é capaz de infectar células-tronco neurais mesmo sem proteína receptora.
Cientistas da Universidade Harvard e do Instituto Norvatis avançaram
nas descobertas sobre como o vírus da zika infecta as células neurais em
desenvolvimento. Em estudo publicado nesta quinta-feira (1º), eles
mostraram que o vírus pode tomar um caminho que não necessita da proteína receptora AXL, uma das hipóteses levantadas por pesquisadores até então.
Essa proteína é abundante na superfície das células capazes de formar
vários tipos de outras células cerebrais durante a formação dos bebês,
as células-tronco neurais humanas (NPCs, em inglês). Em março deste ano,
pesquisadores da Universidade da Califórnia já haviam estudado o quanto
esse receptor AXL estava presente e poderia ser a razão pela qual o
vírus da zika teria uma atração pelas células-tronco neurais.
Agora, esse novo estudo mostra que a proteína não é a única via de
infecção do vírus. Eles usaram células sem AXL e as expuseram ao vírus
da zika. O mesmo foi feito com a ajuda de minicérebros --pequenas
estruturas neuronais criadas em laboratório -- com as mesmas células.
Nos dois casos ocorreu a infecção pelo zika.
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