sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Adoçantes Líquidos:

 
Fonte: http://www.paodeacucar.com.br/produto/35639/adocante-liquido-zero-cal-100ml

Fonte: http://diabetesmundodiet.com.br/sistemas/lojavirtual/detalhesProduto.php?idProduto=156

 
Fonte: http://www.extraplus.com.br/categoria/79-adocantes

 
Fonte: http://www.paodeacucar.com.br/produto/107174/adocante-liquido-adocyl-100ml
Fonte: http://www.ultrafarma.com.br/produto/detalhes-7395/adocante_liquido_redufim_saedra_com_200_ml.html

 
Fonte:  http://www.casanaturalatibaia.com.br/adocante-sucralose-liquido-75-ml-gold

 
Fonte: http://www.buscape.com.br/melhores/adocante
Fonte: http://www.buscape.com.br/finn-liquido-sacarina-100-ml.html

Já fiz uso dos adoçantes Zero-Cal líquido, Adocyl líquido e não aprovei o sabor: ruim demais, porque são doces demais que acabam deixando sucos, cafés, chás amargos.

Há uns dois anos descobri o Línea Sucralose e resgatei o sabor das bebidas, pois ele não deixa aquele sabor adocicado demais e nem amargo. Parece até que você nem pôs adoçante.

Mas eu faço assim: só uso ele se for muito necessário, por exemplo, em um cafezinho, suco natural (de couve) que tenha ficado um sabor muito amargo, chás de boldo, marcela... (naturais). No mais, não precisa, pois em sucos de frutas, já tem o açúcar das frutas, nos chás de hibisco, de frutas vermelhas, verde...(de caixinha) também não uso.   
Adoçantes em Pó:

 
Fonte: http://www.araujo.com.br/diet/adocante

 
Fonte: http://www.extraplus.com.br/produto/10882-adocante-em-po-zero-cal-aspartame-40g

Fonte: http://loja.alemdonatural.com.br/sem-acucar/adocante-em-po-forno-e-fog-o-400g-stevita.html

 
Fonte: http://www.varanda.com.br/adocante-em-po-com-50-envelopes-linea.html

 
Fonte: http://www.araujo.com.br/diet/adocante 

 
Fonte: http://www.araujo.com.br/adocante-zero-cal-sucralose-po/p

Fonte: http://www.netfarma.com.br/produto/23113/adocante-zero-cal-sucralose-em-po

 
Fonte: http://www.zonasulatende.com.br/Produto/Adocante_em_Po_Diet_Uniao_Sucralose_Caixa_com_50_Saches__40_g_--74423

 
Fonte: http://www.embalagemmarca.com.br/2013/08/finn-lanca-novos-adocantes-e-renova-embalagens/

Fonte: http://www.embalagemmarca.com.br/2014/08/natura-lanca-saches-de-adocante-em-po/

 
Fonte: http://www.supernossoemcasa.com.br/adocante-em-po-fit-uniao-500-g-5.html
A metabolização dos adoçantes

Adoçantes Dietéticos

Publicado em Diabetes
adocantes-diabeticosNeste artigo, a nutricionista Karina da clínica Dr. Walter Minicucci fala a respeito das características, vantagens e desvantagens dos vários adoçantes naturais e artificiais não calóricos.
Os adoçantes de baixo valor calórico começaram a ser utilizados através de recomendações médicas específicas. No entanto, com a popularidade do produto, ele passou a ser utilizado universalmente, sem nenhum cuidado ou orientação profissional.
Com o texto abaixo você será capaz de escolher qual adoçante é ideal para o seu perfil. Portadores de diabetes tipo 1, mulheres grávidas e crianças devem receber informações  do seu médico a respeito de qual adoçante dietético utilizar.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), adoçantes são produtos especificamente formulados para conferir sabor doce aos alimentos e bebidas, tendo a sacarose (açúcar de cana) como principal exemplo. Já os adoçantes dietéticos são constituídos a partir de edulcorantes que conferem doçura sem possuir sacarose na composição, uma vez que são elaborados para atender às necessidades de pessoas com restrição de carboidratos simples (diabéticos).

Edulcorantes Naturais
Esteviosídeo -  é extraído das folhas da stevia rebaudiana bertoni, também chamada erva-doce. É 300 vezes mais doce que o açúcar de cana. Pode ser considerado como edulcorante não calórico, não metabolizável, não tóxico, não fermentável, pode ir ao fogo, para o preparo de alimentos.
Sorbitol - é uma substância natural, presente em várias frutas, como ameixa, cereja, maçã e pêssego. Fornecem 4 calorias por grama, mas em contrapartida são absorvidos mais lentemente. Pessoas diabéticas podem usar. Pode ir ao fogo.
Manitol – extraído de vegetais e algas marinhas, apresenta poder adoçante 45% menor em relação à sacarose. Tem o mesmo valor calórico que o açúcar. Pode ir ao fogo.
Frutose - extraída das frutas e mel. É mais doce do que a sacarose 173 vezes. Apresenta 4 Kcal/g e provoca cáries. As pessoas diabéticas devem utilizá-los com moderação. Pode ir ao fogo.
Edulcorantes Artificiais
Sacarina - é cerca de 300 a 700 vezes mais doce que a sacarose. Apresenta gosto residual amargo em altas concentrações. Pode ir ao fogo.
Ciclamato - é uma substância não calórica, aproximadamente 40 vezes mais doce que o açúcar, tendo um sabor muito próximo à este. Se mantém inalterado durante prolongados períodos de cocção. Seu poder edulcorante é bem menor do que o de outros edulcorantes de baixa caloria. Desta forma uma maior quantidade deve ser empregada para alcançar o mesmo efeito. Deve ser consumido com moderação pelas pessoas com hipertensão arterial, pois contem sódio.
Acesulfame-K - o poder adoçante é 180 - 200 vezes maior do que o da sacarose. A doçura não diminui com o aumento da temperatura, como acontece com outros edulcorantes artificiais. É um edulcorante não calórico.
Aspartame - é 150 - 200 vezes mais doce que o açúcar permitindo significativa redução calórica nos alimentos. A estabilidade do aspartame diminui com o aumento da temperatura. Para o preparo de produtos que vão ser pouco aquecidos, como gelatinas, pudins, achocolatados, e recheios de bolos, não há qualquer perda perceptível de poder adoçante. Não deixa sabor residual amargo, não é calórico. Não pode ser usado por pessoas portadores de fenilcetonúria (doença genética rara que atinge 1/1000 indivíduos).
Alguns pesquisadores apontam para os perigos do aspartame, formado por ácido aspártico, fenilalanina, e metanol, considerada a mais nociva entre as substâncias que compõem o aspartame, é convertido, depois de ingerido, em formaldeído e ácido fórmico, duas substâncias tóxicas que afetam o funcionamento normal do cérebro.Não existe nenhum fundamento científico de que isto ocorra nas pessoas normais, mesmo naquelas que o vem usando há mais de 15 anos.
Sucralose: ela é 600 vezes mais doce do que a sacarose. É altamente estável em temperaturas elevadas podendo ser usada em produtos esterilizados, UHT, pasteurizados e assados. Além disso, pode ser utilizada em gelatinas e pudim em pó, sucos, compotas de frutas e adoçantes de mesa. Não tem nenhum valor calórico nem poder de ganho de peso, já que embora seja obtido a partir do açúcar de cana, não é absorvido pelo tubo digestivo.
 Valor diário máximo recomendado (OMS)
Edulcorante Limite (mg/Kg)


Acesulfatame-K 15 mg por quilo de peso
Aspartame 40 mg por quilo de peso
Ciclamato 11 mg por quilo de peso
Frutose não existe limite
Sacarina 5 mg por quilo de peso
Stévia 5,5 mg por quilo de peso
Manitol, Sorbitol        .                              15 mg por quilo de peso


Karina Biasi Pereira Leite
Nutricionista
CRN 12601
Fonte: http://walterminicucci.com.br/topicos/13-diabetes/192-adocantes-dieteticos

Os Cuidados no Consumo de Adoçantes

Indicado para pessoas diabéticas, pré-diabéticas ou que precisam emagrecer, consumo deve ser moderado

Pessoas com diabetes, pré-diabéticos ou que necessitam emagrecer podem utilizar qualquer adoçante disponível no mercado, entretanto, é sempre bom ressaltar que, assim como os alimentos, o seu uso deve ser moderado e orientado por médicos. Consenso entre os especialistas, o adoçante traz benefícios para a saúde desde que seja consumido conforme as orientações do Food and Drug Administration (FDA), órgão americano que fiscaliza alimentação e medicamentos, que recomenda que a ingestão diária de adoçantes dietéticos seja de quatro a seis pacotinhos de um grama quando em pó, e de 9 a 10 gotas para os líquidos.
Um dos adoçantes mais utilizados em produtos industrializados, como em refrigerantes, é o aspartame. Pesquisas realizadas chegaram a relacionar o consumo do produto, testado em ratos, ao aumento de cânceres. Porém, devido a falta de informações precisas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assegurou que o consumo é seguro. Vale ressaltar que portadores de fenilcetonúria, pessoas que não metabolizam a fenilalanina, tipo de aminoácido liberado quando o aspartame é metabolizado, não devem consumir o produto.
É muito importante conhecer qual tipo de adoçante é o mais indicado para cada pessoa, já que foram criados para substituir o açúcar e são importantes no tratamento do diabetes. Existem dois grupos de adoçantes: naturais (frutose, stévia, sorbitol e manitol) e artificiais (aspartame, ciclamato, sacarina, acesulfame-k e sucralose). Para ajudá-lo na hora de verificar o rótulo do produto, conheça um pouco sobre cada um deles:
  • Aspartame: pessoas cujo organismo não consegue absorver o aminoácido fenilalanina, detectado em exames médicos, não devem consumir produtos que contenham esse edulcorante.
  • Acessulfame-K: pessoas com deficiência renal que precisam limitar a ingestão de potássio devem evitar o seu consumo.
  • Estévia: edulcorante natural, extraído das folhas de uma planta. Realça o sabor dos alimentos, porém, algumas fórmulas que contêm estévia acompanham outros tipos de edulcorantes para disfarçar esse sabor.
  • Maltodextrina: pessoas com diabetes devem ter cuidado, já que sua fórmula contém açúcares.
  • Sucralose: descoberta em 1976 por pesquisadores ingleses, é obtida a partir da sacarose. Seu dulçor é dependente de pH e de temperatura, mas é considerado um adoçante estável e seguro para consumo humano.
  • Sacarina: Apresenta sabor residual amargo em altas concentrações. É o único edulcorante estável sob aquecimento e em meio ácido. Em humanos, a sacarina é rapidamente absorvida e eliminada na urina. Sua segurança é investigada há 50 anos, e seu uso foi permitido em 90 países.
  • Ciclamato: É estável durante prolongados períodos de aquecimento. No Brasil foi considerado seguro para consumo e aprovado em 1965.
Apesar de todos os tipos citados na tabela acima serem considerados seguros, com exceção dos não recomendados para diabéticos, o importante é equilibrar a quantidade de produto que você consome. Para portadores do diabetes, o ideal é consultar um médico, além de manter em dia o controle de glicemia, ter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente, sempre sob a consulta de um profissional.
Fonte: http://www.portaldiabetes.com.br/nutricao-saude/diabetes-nutricao/cuidados-consumo-adocantes/

Diabetes pode acarretar problemas cardíacos

Fatores de risco no organismo do diabético podem levar ao surgimento da arterosclerose e neutralizar sinais de infarto

25/04/2013 | 17h20

Diabetes pode acarretar problemas cardíacos Morguefile/Divulgação 

Aproximadamente metade dos brasileiros com diabetes não sabem que têm a doença                    Foto: Morguefile / Divulgação
Estima-se que 12 milhões de brasileiros sejam diabéticos. Apesar disso, de acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente metade desse número não sabe que possui a doença, caracterizada pelos altos níveis de açúcar no sangue. A falta de conhecimento sobre esse fator é de grande periculosidade para a saúde do corpo e, principalmente, do coração.
O infarto agudo do miocárdio, quando ocorre em diabéticos, tem seus sintomas reduzidos a sensações de mal-estar, sudorese, náuseas e vômitos. A dor no peito, principal sinal de infarto, muitas vezes não se manifesta nesse quadro.
– Além da neutralização dos sinais de infarto, as pessoas com diabetes normalmente carregam consigo outras doenças como hipertensão arterial, colesterol e obesidade ou peso acima do ideal. Esse conjunto proporciona um cenário de difícil funcionamento para o coração, colaborando para o acontecimento de um infarto – explica Marcelo Queiroga, presidente da SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista).
Os fatores de risco presentes no organismo do diabético podem levar ao desenvolvimento da aterosclerose, que é a formação de placas de gordura nas paredes das artérias, causando a obstrução da passagem sanguínea que leva oxigênio e nutrientes ao coração, ocasionando a angina e, no caso do rompimento de uma dessas placas, o infarto agudo do miocárdio.
– Os estudos sugerem que o bom controle da glicemia nos diabéticos é fundamental para prevenir a doença aterosclerótica. Além disso, não podemos esquecer que a prevenção e o controle dos outros fatores de risco são de extrema importância para a saúde do coração – enfatiza Marcelo Cantarelli, cardiologista intervencionista e coordenador da Campanha Coração Alerta da SBHCI.
Sabendo-se que o diabetes muitas vezes tem sua ocorrência devido a fatores genéticos, os médicos alertam aqueles que possuem diabéticos na família a fim de desenvolver hábitos de vida saudáveis.
– Para ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue, os diabéticos devem procurar realizar uma dieta balanceada, rica em legumes, verduras e frutas, grãos integrais e derivados do leite desnatado. Além disso, a prática de atividades físicas ajuda a manter o peso ideal – finaliza Queiroga.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2013/04/diabetes-pode-acarretar-problemas-cardiacos-4117877.html

Aterosclerose

O que é

A aterosclerose é a formação de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias do coração e suas ramificações de forma difusa ou localizada. Ela se caracteriza pelo estreitamento e enrijecimento das artérias devido ao acúmulo de gordura em suas paredes, conhecido como ateroma.
O consumo excessivo de alimentos industrializados, bebidas alcoólicas e cigarro, a falta de atividades físicas e o excesso de peso modificam o LDL (lipoproteína de baixa densidade, o "mau colesterol"), agredindo os vasos sanguíneos e gradativamente levando ao entupimento das artérias. Com o passar dos anos, o diâmetro do vaso diminui, podendo chegar à obstrução completa, restringindo o fluxo sanguíneo na região.
Com isso, o coração recebe uma quantidade menor de oxigênio e nutrientes, tendo suas funções comprometidas. Essa complicação é a causa de diversas doenças cardiovasculares, como infarto, morte súbita e acidentes vasculares cerebrais.

Causas e fatores de risco

Na maioria das vezes, a aterosclerose está relacionada aos fatores de risco tradicionais, como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, tabagismo e obesidade.
Pequena parte é de causa hereditária. Existem algumas alterações, como a hipercolesterolemia familiar, em que indivíduos da mesma família têm o colesterol elevado desde jovens, mas são menos frequentes. Nesses casos, o acompanhamento médico é indispensável para detectar o acúmulo das placas de gordura precocemente.

Sintomas

Os mais frequentes são: dores no peito (peso, aperto, queimação ou até pontadas), falta de ar, sudorese, palpitações refletindo arritmias e fadiga.
A aterosclerose é uma doença perigosa, pois muitas vezes a evolução é silenciosa. Algumas pessoas só descobrem a formação de placas de gordura quando uma artéria é obstruída completamente e o paciente precisa ser atendimento imediatamente. São as situações de infartos, derrames e até morte súbita.

Diagnóstico

Se não existe histórico familiar de doença e nenhum risco conhecido, o recomendado é fazer avaliações periódicas do colesterol a partir dos 35 anos, para que se detecte a doença precocemente.
Para aqueles que têm história de doenças cardiovasculares na família, o ideal é que o acompanhamento comece na adolescência, para que seja possível prevenir e controlar o desenvolvimento da doença.

Tratamento

A forma mais indicada de tratar a aterosclerose é retirar as placas de gordura e curar as lesões que ficam no local. A retirada pode ser feita por métodos invasivos, como o cateterismo e a angioplastia, e a ingestão de medicamentos. A adoção de hábitos saudáveis também é fundamental para o controle da doença.

Prevenção

Assim como a maioria das doenças cardiovasculares, a melhor forma de prevenção é manter uma rotina que inclua exercícios físicos regulares, alimentação balanceada e com baixo consumo de gorduras e sal, além do controle dos fatores de risco para doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e colesterol e evitar o consumo exagerado de álcool e cigarro.
Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/doencas/Paginas/tudo-sobre-aterosclerose.aspx

Assista a aula sobre Aterosclerose simulada na nova Lousa 3D Estereoscópico

 

Aterosclerose, mecanismo da formação de placas ateromatosas 

 

UMA VIAGEM VASCULAR - COLESTEROL - HDL - LDL - ATEROSCLEROSE 

 

Queridos leitores,

O que significa Diabetes Mellittus?
Significa que sobra açúcar no vaso sanguíneo.

Diabetes Tipo I:  o Pâncreas não produz o hormônio INSULINA, devido a dois fatores: 
-por ingestão de antiinflamatório que destruiu o Pâncreas;
-por uma infecção viral que destruiu o Pâncreas.

Diabetes Tipo II: o Pâncreas produz o hormônio INSULINA, porém, não tem o receptor de insulina na membrana celular (havendo a resistência à Insulina). Não adianta ter Insulina e não ter receptor, a Insulina não vai funcionar como deveria. 
A pessoa adquire o Diabetes Tipo II por:
-por hábitos alimentares inadequados e sedentarismo;
-por ingestão de antiinflamatórios.

Diabetes Tipo Moddy: tem INSULINA e receptor de Insulina, mas a Insulina ou o seu receptor é defeituoso, ou seja, não há a ligação perfeita entre Insulina e receptor.

Diabetes Gestacional: é quando os hormônios da placenta competem pelo receptor da Insulina, sobrando Glicose no sangue da gestante e faltando para as células. Pode se dar somente durante a gestação ou para o resto da vida.

Paciente Hiperinsulinêmico: é sinal de Hipoglicêmico. É o paciente cujo o Pâncreas produz MUITA INSULINA e a quantidade de Glicose do sangue cai rapidamente faltando para o Cérebro, fazendo Taquicardia, tremores musculares, sudorese, tontura. O Cérebro nãao armazena Glicose e, sem ela ele morre.

Após a absorção dos carboidratos monossacarídeos (Glicose no Intestino), eles passam diretamente para a corrente sanguínea, aumentando a Glicose no interior dos vasos.
Ao mesmo tempo em que os carboidratos são absorvidos, o Pâncreas produz Insulina.
As células para captarem a Glicose do vaso sanguíneo para o seu interior devem apresentar receptores para a Insulina.
Quando a Insulina se liga no seu receptor, abre na membrana celular o transportador, permitindo a entrada de Glicose para o interior da célula e, esta Glicose será quebrada fornecendo energia para a célula.  

Na Lousa #40: tipos de insulina e esquema posológico 

 

09/11/2015 15h44 - Atualizado em 09/11/2015 15h44

Fome seguida de abundância de alimento eleva risco de diabetes

Estudo acompanhou adultos sobreviventes da fome de 1959 na China.
Quem se recuperou da privação teve propensão à doença até 82% maior.

O aumento nas taxas de diabetes entre adultos e idosos na China pode estar ligada a problemas com desnutrição nos primeiros momentos da vida e ainda no útero, seguidos de um rápido aumento na disponibilidade de comida no país.
Essa é a conclusão de um estudo recente que investigou a consequência de um período de fome e pobreza disseminada que arrasou o país entre 1959 e 1962. A economia daChina, porém, passou a reagir a partir daí, com o PIB tendo aumentado de US$ 28 per capita em 1978 para US$ 6.803 em 2013.
Pesquisadores analisaram dados sobre 6.900 adultos, incluindo cerca de 3.800 que passaram por situação de fome na infância, seguida de um status econômico diferente na vida adulta.
Comparados com o grupo que não enfrentou a fome, aqueles expostos à desnutrição no útero de suas mães eram 53% mais propensos a ter diabetes no futuro, aponta o estudo. A exposição à fome durante a infância, fora do útero, representava um risco de contrair diabetes 82% maior.
Além disso, adultos chineses vivendo em áreas mais afluentes tinham um risco 46% maior de contrair diabetes do que pessoas vivendo em comunidades mais pobres, concluiu o estudo.
"Descobrimos que há uma associação significativa entre a diabetes e a exposição à fome no útero e durante a infância; viver em áreas com status econômico alto na vida adulta aumenta ainda mais o risco", afirmou o autor do estudo, Yingli Lu, da Universidade Jiaotong, de Xangai. "Indivíduos experimentando desnutrição seguida de sobrenutrição podem ter o mais alto risco de diabetes."
Metabolismo deficiente
Uma explicação para essa conexão é que desnutrição dentro do útero ou na infância torna os organismos das pessoas menos capazes de converter açúcer em energia mais tarde na vida, quando tém uma chance de comer muito mais comida, afirmou Lu.
Ao todo, 11,4% dos adultos acompanhados pelo estudo tiveram diabetes, 31% eram obesos e 40% tinham hipertensão.
O trabalho, publicado na revista "Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism", não significa que vítimas da fome que obtém melhor qualidade de vida serão necessariamente afetadas pelo diabetes, e sim que existe alguma correlação.
A pediatra Ana Escobar, consultora do Bem Estar, explica que a ciência tem feito diversas descobertas recentes conectando o ambiente da vida intra-uterina com problemas de saúde na vida adulta.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/fome-seguida-de-abundancia-de-alimento-eleva-risco-de-diabetes.html  


09/11/2015 10h41 - Atualizado em 09/11/2015 12h54

Crocância aumenta a vontade de comer os alimentos; veja dicas

Veja técnicas para ouvir o 'croc croc' dos alimentos.
Fritar, caramelizar e gratinar acrescentam gordura e açúcar.

O croc croc dos alimentos deixa de fora os nutrientes necessários a alimentação humana. Uma verdadeira bomba de gordura e açúcar, um vilão poderoso para a saúde e dieta.
A crocância dos alimentos é uma das coisas que aumentam a vontade de comer. Entretanto, o ingrediente que faz o alimento ficar crocante pode ser um aliado ou um vilão para a saúde. O Bem Estar conversou sobre o ‘croc croc’ dos alimentos com o endocrinologista Bruno Halpern e a engenheira de alimentos Rosires Deliza nesta segunda-feira (9).
O ‘croc croc’ dos alimentos depende do tamanho, resistência e rigidez das estruturas celulares que guardam agua e a maneira que as paredes celulares se rompem durante a mastigação. O problema é que algumas técnicas para deixar tudo crocante agregam poucos micronutrientes. Fritar, caramelizar e gratinar acrescentam gordura e açúcar nos alimentos. O ideal é comer ele desidratado, assado ou com sementes e grãos secos.
Linhaça, linhaça dourada, gergelim, chia, alho crocante, pimenta rosa são alguns dos ingredientes que podem dar a crocância e deixar o alimento mais atrativo e gostoso. Foi isso que fez a empresária Paula Franco. Os filhos não gostavam de salada, verduras, legumes. Ela complementou o prato saudável com as sementes e grãos e deu certo! Os filhos cresceram comendo salada.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/crocancia-aumenta-vontade-de-comer-alguns-alimentos.html

14/11/2015 às 00h30

Mortalidade por diabetes supera a média das mortes por câncer

Dia Mundial do Diabetes serve para ressaltar importância da prevenção, com hábitos saudáveis
 
Exames de glicemia devem ser realizados periodicamente Getty Images
Doença já detectada nas épocas do Egito e da Grécia antigos, o diabetes mellitus continua a ser um perigo nos tempos atuais. O aumento do sedentarismo e da obesidade foram pontos que, segundo a (Organização Mundial de Saúde), nas últimas décadas, potencializaram a doença, baseada na glicemia (nível de açúcar no sangue) alta.
No Dia Mundial do Diabetes, lembrado neste sábado (14), a data foi criada para alertar sobre a importância da prevenção dessa doença crônica (ainda sem cura). De maneira geral, o diabetes atingiu patamares de mortalidade maiores do que os do câncer, segundo alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Ricardo Cohen. Inclusive, segundo ele, alguns tipos de câncer são consequência do diabetes.
— A mortalidade do diabetes, quando comparada ao câncer, em geral é maior. A comparação é difícil, porque cada câncer é diferente, mas em um número global a mortalidade de diabetes ocorre em função de problema cardiovascular, infarte ou derrame, cujo número de mortes é maior do que o do câncer.
Em levantamento do Ministério da Saúde, as mortes causadas pelo diabetes no Brasil passaram de 24,1 a cada 100 mil habitantes, em 2006, para 28,7 mortes por 100 mil em 2010, ano em que a doença foi diretamente responsável por 54 mil mortes no País. Entre 200 e 2010 o número de mortes subiu 38%.
Já em documento do Inca (Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva), ligado ao Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por câncer teve queda no Brasil, entre 2003 e 2012, de 0,53% entre os homens e 0,37% entre as mulheres. Conforme ressaltou Cohen, diabetes amplia ainda mais sua taxa de mortalidade se for considerado causa indireta de mortes, já que doenças como insuficiência renal (nefropatia diabética), acidente vascular cerebral (AVC), infarto e algumas infecções decorrem de quadros graves de diabéticos. Responsáveis por 50% das mortes no diabetes, disfunções cardiovasculares são a maior causa de óbitos da doença, segundo a IDF (International Diabetes Federation). "Tem muito diabético que deixa de comer um doce quando poderia", diz médico Entre 2000 e 2010, o número de diabéticos no mundo aumentou 54%. Atualmente, ainda de acordo com a IDF, 250 milhões de pessoas têm diabetes no mundo. No Brasil, este número é de 12 milhões, segundo a SBD. Em geral, no mundo, a mortalidade da doença é de 9,5%, com níveis ainda mais altos em países de média e baixa renda.
Em 90% dos casos, o diabetes é do tipo 2, que incide, em geral, em pessoas com idade acima dos 40 anos, cujos hábitos de vida criaram condições para o desenvolvimento da doença, como obesidade, colesterol e pressão altos.  Sintomas
O presidente da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), Luiz Turatti, ressalta que a grande maioria dos casos diagnosticados não apresentam sintomas por um bom tempo. Trata-se, conforme ele diz, de uma doença silenciosa que só vai começar a causar algum tipo de repercussão quando os níveis de açúcar forem muito elevados. Até 99 mg/dl de açúcar no sangue, o indivíduo não tem a doença. E quando o nível for acima de 125 mg/dl o paciente é diabético.
— É importante reforçar a ideia de que anualmente os pacientes devem fazer o check-up para saberem se estão ou não com diabetes. A dosagem da glicemia em jejum já dá um parâmetro bastante importante, em relação ao risco desse paciente vir a desenvolver o diabetes.
Os sintomas podem demorar a aparecer. Mas costumam chegar na forma de tontura, cansaço, vontade de urinar frequentemente (poliúria), boca seca, fome em excesso, sensação de dormência nas mãos e pés, dores estomacais, difícil cicatrização e visão turva, entre outros. O termo diabetes surgiu do sintoma poliúria. O desejo excessivo de urinar foi comparado a um sifão, peça por onde a água passa, até a torneira. É latino, mas veio de uma palavra grega que significa "passar através". Já o termo mellitus, também no latim, quer dizer "doce igual ao mel".
Prevenção e tratamento
Turatti afirma que, nos últimos anos, os medicamentos, que possibilitam a ação da insulina, e até a introdução de insulina no organismo, muitas vezes de maneira injetável, foram importantes para haver um melhor controle da doença, no caso, da taxa de açúcar no sangue. Mas nem por isso sua gravidade diminuiu.
— A questão da gravidade não muda tanto hoje em relação ao passado. O que a gente tem é mais pacientes diabéticos e consequentemente mais pacientes desenvolvendo complicações de diabetes e morrendo por causa disso.
Para Cohen, vários fatores devem ser analisados no tratamento da doença. Inclusive em relação às questões cardíacas.
— Tratar diabetes é fazer tratamento cardíaco preventivo. Tem que tratar diabetes, o colesterol e o peso do individuo, os três. Deve ser um tratamento multidisciplinar, que baixa os três itens, não só glicose, não só pressão, não só os lipídios [gordura].
Os pilares para a prevenção da doença são baseados na alimentação saudável, sem excesso de açúcar e carboidratos, e exercícios físicos regulares.
A atividade física é importante para estimular a produção de insulina e aumentar a capacidade muscular na absorção de glicose. Além disso, é importante o acompanhamento períodico, pelo menos anual, dos níveis de glicose no sangue.
O nível de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que transporta a glicose para os tecidos, costuma ser normal nesses casos. O problema é que, devido às condições desfavoráveis, como placas de gordura, o organismo criou "resistência à insulina" e não consegue mais utilizá-la.
Sem a atuação da insulina, a quantidade de glicose (açúcar) no sangue aumenta, o que provoca sérios danos, já que o atrito do açúcar com as paredes de veias, artérias, por exemplo, promove feridas e corrosão no interior do organismo. Entupimentos também costumam ocorrer, levando a infartes e derrames.
Insuficiência renal, arteriosclerose e cegueira também são outras consequências possíveis. O diabetes tipo 1, que afeta 10% dos casos da doença, é uma doença autoimune, quando o indivíduo, desde o nascimento, não tem produção de insulina no organismo.
Em casos em que o IMC (Índice de Massa Corporal) é muito alto ou a medicação não está mais fazendo efeito, uma nova opção pode ser a cirurgia metabólica, que modifica o caminho dos alimentos pelo tubo digestivo, com o objetivo de diminuir a resistência dos tecidos à ação da insulina.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/mortalidade-por-diabetes-supera-a-media-das-mortes-por-cancer-14112015   

14/11/2015 às 00h30

"Tem muito diabético que deixa de comer um doce quando poderia", diz médico

Entidade considera carboidrato importante, de forma controlada, equilibrada e com orientação
 
Dieta deve se alinhar ao estilo de vida e características pessoais Reprodução/Facebook 
A ideia de que o açúcar é o vilão de qualquer tipo de dieta se tornou um mito equivocado, segundo estudos atuais sobre diabetes. Segundo o  endocrinologista Márcio Mancini, responsável pelo Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, o mais importante é que a dieta, de uma maneira geral, seja equilibrada e controlada.
— Tem muito diabético que não come nada de açúcar, mas come um prato grande de arroz com feijão, mistura arroz, batata e pão na mesma refeição. E acaba comendo carboidrato demais, se privando às vezes de comer um doce, que poderia comer, em quantidade controlada. Existe o mito que considera o açúcar como se fosse tóxico e no entanto o diabético pode consumir açúcar desde que de forma controlada.
A alimentação, conforme afirma o médico, tem de estar alinhada ao estilo de vida e às características de cada pessoa. A diminuição do número de casos de diabetes no Brasil não passa necessariamente pela eliminação do açúcar no cardápio. Se no Brasil hoje o número de diabéticos é de cerca de 12 milhões de pessoas, daqui a 20 anos será de 19,2 milhões, segundo as projeções da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes).
Há atualmente a convicção de que a elevação da glicemia (nível de açúcar no sangue) ocorre por causa da ingestão inadequada de carboidratos em geral, e não somente da sacarose (combinação de glicose e frutose), que é o açúcar disponível no mercado. Segundo Mancini, os carboidratos compõem um dos três grupos de macronutrientes. Os outros são as proteínas e as gorduras.
— Os carboidratos complexos (cereais integrais, lentilha, batata e frutas, entre outros) também contêm glicose, mas a digestão é mais demorada. O mais importante é a carga glicêmica do que o índice glicêmico, baseado na rapidez com que o carboidrato é absorvido.
O açúcar faz parte da lista de carboidratos simples, assim como pães, chocolate, arroz e massas. Mancini destaca que, em geral, a quantidade do consumo de açúcar para um diabético é de até 30 gramas por porção.
— Sempre lembro que não adianta olhar para um alimento isoladamente. Uma pessoa não vai pegar uma quantidade de açúcar de mesa e comê-lo de colher. Ele é inserido no contexto de uma refeição mista e será absorvido pelo organismo junto com vários outros nutrientes ao mesmo tempo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, os carboidratos, entre eles os doces, são fontes importantes de energia. A entidade recomenda que a ingestão de carboidratos totais seja de 45 a 60% do VET (valor energético total) diário (e não menos do que 130 gramas por dia) e de sacarose, de até 10% do VET.  Afinal, qualquer indivíduo precisa de todos os nutrientes para o bom funcionamento do organismo. Mas Mancini ressalta:
— O carboidrato é o que mais gera dúvida quando o assunto é alimentação de um paciente com diabetes. Ele pode e deve comer esse nutriente, mas quem vai determinar a rigidez do controle é o nutricionista ou o especialista. Por isso, o acompanhamento médico é essencial quando se trata desta doença.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/tem-muito-diabetico-que-deixa-de-comer-um-doce-quando-poderia-diz-medico-14112015

13.11.15


DIA MUNDIAL DO DIABETES: Diagnóstico precoce e hábitos saudáveis - aliados contra a doença

Diagnóstico precoce e hábitos saudáveis são os principais aliados contra a diabetes.

No próximo dia 14, comemora-se o Dia Mundial da Diabetes - data criada para chamar a atenção da sociedade para essa doença que é uma das principais causas de morte cardiovascular.

Exame de sangue detecta nível de glicose no sangue


Um exame simples realizado em laboratório de análises clinicas para medir o nível de glicose no sangue, chamada glicemia (aleatória ou de jejum), é uma das mais importantes armas para diagnosticar o Diabetes Mellitus. Caso se detecte valores fora dos padrões, é sinal de que o paciente está pré-diabético ou com diabetes.

Exame de glicemia capilar


O teste da glicemia capilar, feito a partir de uma gota de sangue tirada da ponta do dedo, muito comum em mutirões ou em serviços de pronto atendimento, é um procedimento ainda mais simples e permite medir instantaneamente o nível de glicose no sangue.

Tudo sobre o diabetes


Diabetes (Diabetes Mellitus) é uma doença crônica, que não tem cura, mas que pode ser controlada por meio de medicamentos, alimentação balanceada e atividade física. Por isso, o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos – principalmente para quem tem histórico familiar da doença ou apresenta excesso de peso - são fundamentais para um diagnóstico precoce e tratamento adequado desde o início, visando à prevenção das complicações.
Não controlado e em estado avançado, Diabetes pode levar à cegueira, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência renal e à amputação. Os adultos com diabetes têm risco de morte 1,5 vez maior que os demais na mesma faixa etária. “A prevenção é fundamental”, diz Vivian Estefan, endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Segundo ela, além do risco de morte provocado pela doença, o seu impacto na qualidade de vida dos pacientes é enorme em função de todas as possíveis complicações.

Existem dois tipos de diabetes:

Tipo 1, que aparece normalmente na infância ou adolescência, em função de uma falha do sistema imunológico, que passa a entender a insulina como uma ameaça ao organismo e destrói as células que produzem o hormônio, originando uma deficiência total deste.
Tipo 2 (que corresponde a cerca de 90% dos casos), também chamado de familiar ou hereditário, aparece em geral após os 40 anos, em decorrência de obesidade, da falta de hábitos saudáveis de alimentação e sedentarismo. Neste caso, a produção de insulina encontra-se aumentada, porém existe uma resistência do organismo à sua ação.
De acordo com a especialista, há um aumento acelerado na incidência do diabetes tipo 2 na maioria dos países do mundo, inclusive no Brasil, devido principalmente ao estilo de vida pouco saudável e ao envelhecimento da população. Segundo dados IBGE de 2013, 6,2% da população com 18 anos ou mais tinham diabetes diagnosticada.
Fonte: Complexo hospitalar Edmundo Vasconcelos 
Fonte: http://www.saudecomciencia.com/2015/11/dia-mundial-do-diabetes-diagnostico-precoce-habitos-saudaveis.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+saudecomciencia+%28saudecomciencia%29 

Novo método ajuda diabéticas a evitarem os riscos de uma gravidez

Fonte: http://saopaulotimes.r7.com/sp/novo-metodo-ajuda-diabeticas-a-evitarem-os-riscos-de-uma-gravidez/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=novo-metodo-ajuda-diabeticas-a-evitarem-os-riscos-de-uma-gravidez 

27/11/2015 às 06h34

'Negligenciei a diabetes e fiquei cega por minha própria culpa'

Leonie Watson contou que perdeu a visão em um período de apenas 12 meses (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie Watson)
A britânica Leonie Watson perdeu a visão aos vinte e poucos anos depois de ignorar, por muito tempo, recomendações médicas para que tratasse da diabetes.
Watson conta que foi diagnosticada com diabetes tipo 1 quando ainda era criança e, na época, foi informada sobre o quanto poderia comer e sobre as injeções de insulina.
"Quando fiquei um pouco mais velha perguntei ao meu pediatra por que tinha que ser deste jeito, se eu não poderia calcular o quanto de comida iria comer, medir a glicose do meu sangue e então calcular a dose de insulina sozinha. A partir deste dia não sei se ele realmente deixou eu fazer isto ou se meu subconsciente adicionou uma memória baseada na resposta dele, mas não importa. Aquele foi o momento em que a rebelião começou", contou Watson à BBC.
Durante a adolescência, ela descobriu que poderia deixar de tomar uma das injeções de insulina sem grandes consequências e parou de monitorar o nível de glicose no sangue. Nessa fase ela também parou de ir ao médico para os check-ups anuais.
"Nos meus anos de estudante eu me esbaldei. Fumei, dancei, fui à farra e continuei ignorando o fato de que era diabética", disse.
Um ano Watson contou que perdeu a visão durante um período de apenas 12 meses, entre 1999 e 2000.
Durante a adolescência e primeiros anos da vida adulta, Watson ignorou o fato de que tinha diabetes (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie Watson)
"Quando o século estava terminando, eu estava trabalhando na indústria de tecnologia como desenvolvedora web. Era a época do boom do setor de dotcom e todo mundo estava se divertindo. (...) ... Muitas festas insanas (...) saíamos dos clubes às seis da manhã e dirigíamos para Glastonbury só para ver o sol nascer."
Mas, em uma manhã de 1999, a britânica acordou com uma ressaca e um problema.
"Quando olhei no espelho percebi que podia ver uma faixa de sangue na minha linha de visão. Eu olhava para a esquerda e para a direita, a faixa se movia devagar, como se estivesse flutuando em um líquido grosso."
Ela pensou que fosse apenas uma consequência da noite agitada e esperou alguns dias até consultar um oculista, que então a encaminhou para o hospital oftalmológico mais próximo para mais exames.
"Quando a diabetes não é controlada por um tempo causa uma série de problemas que não são vistos. Quando você come alguma coisa, o nível de açúcar no sangue aumenta e seu corpo produz insulina para converter aquela glicose em energia. Se não houver insulina o bastante disponível, então as células do corpo não recebem energia, elas começam a morrer e o excesso de glicose continua preso em sua corrente sanguínea", explicou Watson.
A britânica explicou que a glicose também sufoca células vermelhas e evita que elas transportem oxigênio.
E, segundo Watson, uma das manifestações dos danos causados pela doença é a retinopatia diabética.
"Tentando conseguir oxigênio o bastante para a retina, no fundo do olho, seu corpo cria novos vasos sanguíneos para tentar compensar. Eles são criados como uma medida de emergência, então são fracos. Isto significa que eles tendem a estourar e causar hemorragia dentro do olho - criando faixas visíveis de sangue, como a que eu via."
No hospital oftalmológico ela foi submetida a um tratamento com laser.
"Não foi agradável. Foi preciso tomar uma injeção de anestesia no olho antes do laser ser disparado."
Mas, em retrospecto, a britânica acha que este tratamento foi inútil.
"Ninguém nunca me falou sobre as consequências de ter retinopatia diabética avançada, sempre foi falado em termos de uma deterioração progressiva."
"Lembro do dia em que me dei conta do quanto minha visão estava piorando, foi um dia de primavera no ano 2000. Estava descendo as escadas em casa quando entendi subitamente, como se tivesse sido atingida por um raio: eu ia ficar cega. Com absoluta certeza eu sabia que perderia minha visão e poderia apenas culpar a mim mesma. Sentei na escada e desabei, chorei como criança."
Sem os exames, sem controle da dieta e sem insulina, a condição de Watson se deteriorou
Watson passou por um tratamento com antidepressivos mas, como o medicamento a fazia dormir o dia inteiro, ela desistiu. Nos mesesseguintes, teve que deixar o trabalho, pois a visão foi piorando. Então veio a fase da raiva, na qual ela ficava "fora de controle e gritava ou atirava coisas contras pessoas que amava só porque elas estavam lá".
Ela também se machucava fazendo tarefas diárias, o que a deixava ainda mais deprimida.
"Quase no fim daquele ano, um pouco antes do Natal, o resto da minha visão foi embora. Quando penso nisto agora, parece que fui para a cama uma noite percebendo uma pequena mancha vermelha na parte mais distante da minha visão (a luz de standby da televisão do quarto) então acordei na manhã seguinte sem mais nada."
Watson afirma que as pessoas pensam que a cegueira completa é como fechar os olhos ou ficar em um quarto escuro.
"Não é assim de jeito nenhum. É uma completa ausência de luz, não é preto ou qualquer outra cor que eu possa descrever."
Retinas A britânica explica que suas retinas já não existem mais e ela não recebe luz no fundo dos olhos, "o que dá aos meus olhos a aparência peculiar".
Hoje, Watson (mostrada com o noivo, Dan) não tem mais visão nenhuma, mas voltou a trabalhar e levar uma vida mais independente (Foto: Arquivo Pessoal de Leonie Watson)
"Cada pupila fica permanentemente e totalmente aberta porque está tentando capturar a luz. E, estranhamente, é a aparência de meus olhos que ainda faz com que eu não tenha tanta certeza de que estou cega, mas como eu não me lembro mais como sou, talvez chegará um momento quando isto também desaparecerá sem deixar dúvidas. Estou bem adaptada a ser cega."
Agora, sem ter nenhuma visão, Watson conta que sua vida está mais fácil, pois ela começou a usar mais os outros sentidos.
"Não tenho uma audição ou olfato extraordinários. Mas presto mais atenção aos outros sentidos. Por exemplo, frequentemente ouço um telefone tocando quando as outras pessoas não ouvem pois estou prestando mais atenção à audição do que elas."
Nos meses seguintes, depois de perder a visão completamente, Watson teve que aprender novamente coisas mais básicas: como fazer tarefas domésticas, como cozinhar, onde encontrar audiolivros, como atravessar a rua e como é beber demais quando não se consegue enxergar.
"Tudo isto aconteceu há 15 anos. Em algum momento, voltei a trabalhar e agora tenho muita sorte de estar trabalhando e colaborando com muitas pessoas inteligentes e interessantes, muitas delas tenho a satisfação de chamar de amigas."
Watson contou a experiência em seu site pessoal.
"A vida continuou, como a vida costuma fazer. Comemorei meu 40º aniversário no ano passado - talvez tenha sido isto que me levou a pensar e compartilhar minha história", afirmou.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/negligenciei-a-diabetes-e-fiquei-cega-por-minha-propria-culpa-27112015   

Diabetes e Insuficiência Renal Crônica

Data de publicação: 06/08/2006

O que é a diabetes?

O Diabetes mellitus, normalmente conhecida por diabetes (e em alguns países por “sugar” – açúcar) é uma condição que ocorre quando o corpo não fabrica insulina suficiente ou quando o corpo não consegue utilizar quantidades normais de insulina de forma adequada. A insulina é um hormônio que regula a quantidade de açúcar no sangue. Um alto nível de açúcar no sangue pode causar problemas em muitas partes do corpo.

Existem tipos diferentes de diabetes?

Sim. Os mais comuns são tipo 1 e tipo 2. A diabetes tipo 1 é responsável por aproximadamente 10 por cento dos casos. Ela normalmente se inicia na infância. Quando a pessoa tem esse tipo de diabetes, seu pâncreas não fabrica insulina suficiente e ela necessita tomar injeções de insulina.
A diabetes tipo 2 (o tipo mais comum de diabetes) normalmente ocorre em pessoas com idade acima de 45 anos, mas está se tornando mais comum em pessoas mais jovens. Quando a pessoa tem esse tipo de diabetes, seu pâncreas não fabrica insulina suficiente e ela necessita tomar injeções de insulina. Freqüentemente, o alto nível de açúcar no sangue pode ser controlado por perda de peso, exercícios e pílulas, mas a insulina também pode ser necessária. A diabetes tipo 2 é particularmente comum entre afro-americanos, hispano-americanos, americanos de origem asiática e índios americanos.

Como a diabetes afeta o corpo?

Se não controlada, a diabetes pode causar danos a muitas partes do corpo, especialmente rins, coração, olhos e nervos. Podem ocorrer o desenvolvimento de pressão sangüínea alta e endurecimento das artérias (arteriosclerose), que podem levar a doenças do coração e dos vasos sanguíneos.

O que a diabetes causa nos rins?

A diabetes pode danificar os vasos sanguíneos dos rins. O primeiro sinal de problema renal é a PRESENÇA de albumina (um tipo de proteína) na urina. Um teste de urina sensível a uma microquantidade de albumina (microalbuminúria) ajuda a detectar o problema renal em um estágio inicial em pessoas com diabetes. Mais adiante, a função renal pode se reduzir. A função renal é verificada estimando-se a taxa de filtração glomerular (TFG) dos resultados da dosagem de creatinina do sangue. Quando os rins estão afetados, eles não conseguem limpar o sangue adequadamente e acumulam-se resíduos no sangue. O corpo reterá mais água e sal do que deveria, o que pode resultar em ganho de peso e inchaço do tornozelo.
A diabetes também pode prejudicar os nervos (neuropatia) do corpo. Isso pode levar a dificuldades para esvaziar a bexiga. A pressão resultante da bexiga cheia pode retornar e afetar os rins. Além disso, se a urina ficar na bexiga por muito tempo, pode provocar uma infecção do trato urinário. Isso acontece porque as bactérias crescem rapidamente na urina com um alto nível de açúcar.

Quantas pessoas com diabetes chegam a ter insuficiência renal crônica?

Cerca de um terço das pessoas com diabetes podem eventualmente desenvolver insuficiência renal crônica (IRC). Alguns grupos, como os afro-americanos, americanos de origem asiática, hispano-americanos e índios americanos podem ter um risco maior de apresentar essa complicação.

O que as pessoas com diabetes podem fazer para prevenir a insuficiência renal?

A manutenção de um bom controle do açúcar no sangue pode reduzir o risco de se contrair a insuficiência renal crônica. A pessoa deve fazer um teste de albumina (um tipo de proteína) na urina pelo menos uma vez por ano. A pessoa deve verificar sua pressão sanguínea com a frequência recomendada pelo médico e tomar medicamentos para a pressão sanguínea caso o médico determine. A pessoa deve fazer exames de sangue para verificar o controle de açúcar no sangue e a função renal com base no nível de creatinina no sangue. Deve seguir a dieta para diabetes e fazer exercícios regularmente. Evitar álcool e cigarros. Consultar o médico com a frequência solicitada.
Muitas pessoas com diabetes não desenvolvem a insuficiência renal crônica. Ser diabético nem sempre significa ter problemas renais. Deve-se conversar com o médico para ter conhecimento da probabilidade de se contrair a insuficiência renal crônica.

Quais são os primeiros sinais de insuficiência renal crônica em pessoas com diabetes?

Para quem tem diabetes, o primeiro sinal de insuficiência renal crônica é a presença de albumina na urina. Ela está presente muito antes de existir evidência de insuficiência renal nos exames de sangue normais no consultório médico. A albumina na urina pode também ser um sinal precoce de anormalidades nos vasos sanguíneos que podem levar a doença cardíaca. Assim, é importante solicitar ao médico que faça um exame de urina para microalbumina (microalbuminúria) anualmente. Deve-se fazer um exame de sangue comum para creatinina sérica para se estimar a capacidade de filtração dos rins – denominada taxa de filtração glomerular (TFG).
A pessoa usará mais o banheiro à noite. A pressão sanguínea pode ficar muito alta. A pessoa com diabetes deve fazer exames de sangue, urina e pressão sanguínea periodicamente. Assim é possível se obter um melhor controle da doença e um tratamento precoce da pressão sanguínea alta e da insuficiência renal.

Quais são os sinais tardios de insuficiência renal em pessoas com diabetes?

Os sinais tardios podem ser ganho de peso e inchaço do tornozelo (edema). À medida que a insuficiência renal evolui, a pessoa apresenta um aumento do NUS e uma redução da TFG. Pode apresentar náusea, vômitos, perda de apetite, fraqueza, aumento da fadiga, coceira, cãibras nos músculos (especialmente nas pernas) e uma baixa contagem de células sanguíneas (anemia). A pessoa acha que necessita de menos medicamentos para diabetes ou insulina. Isso ocorre porque os rins afetados levam a uma menor decomposição da insulina. Quem apresentar qualquer um desses sinais, deve procurar o médico.

Sinais de insuficiência renal em pessoas com diabetes

Sinais precoces:

  • Albumina na urina (também indica um risco maior de doença cardíaca);
  • Uso mais frequente do banheiro à noite;
  • Alta pressão sanguínea.

Sinais tardios:

  • Inchaço do tornozelo e perna, cãibras na perna;
  • Altos níveis de nitrogênio uréico no sangue (NUS) e uma redução na taxa de filtração glomerular (TFG);
  • Menor necessidade de insulina ou pílulas para diabetes;
  • Fraqueza, palidez e anemia;
  • Coceira;
  • Enjoo matinal, náusea e vômito.

    Se a diabetes afetou os rins, o que pode ser feito?

    Quem apresentar qualquer um dos sinais de insuficiência renal descritos acima, precisa procurar o médico. Com exames de sangue e urina, o médico pode dizer como os rins estão funcionando. Isso ajudará o médico a indicar o melhor tratamento para o paciente. A detecção precoce da insuficiência renal, com o tratamento adequado, pode impedir que ela se agrave.
    Diabetes e Insuficiência Renal Crônica

    O que acontecerá se a função renal estiver abaixo do normal?

    Em primeiro lugar, o médico precisa descobrir se a diabetes provocou o problema. Outras doenças podem causar problemas nos rins. Se nenhum outro problema for encontrado, o médico tentará manter os rins funcionando pelo maior período de tempo possível. O uso de tipos especiais de medicamentos para pressão sanguínea alta denominados inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) e bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) mostrou ajudar a retardar a perda da função renal e a reduzir a doença cardíaca na diabetes. As seguintes providências podem ajudar os rins a funcionarem melhor e durarem mais:
Controlar o açúcar no sangue com dieta, exercícios e medicamentos;
Controlar a pressão sanguínea alta;
Restringir a quantidade de sal na dieta para ajudar a controlar a pressão sanguínea alta e reduzir o inchaço do corpo;
Tratamento de infecções do trato urinário;
Correção de qualquer problema no sistema urinário;
Evitar medicamentos que possam afetar os rins (especialmente antiinflamatórios e analgésicos);
Confirmar com o médico antes de tomar suplementos fitoterápicos.

Dr. L. Clemente Rolim: Neuropatia Diabética

Entrevista exclusiva ao Portal Diabetes com o Dr. Luiz Clemente Rolim que nos fala sobre um dos temas mais procurados pelos portadores de diabetes de longa duração da doença: A Neuropatia Diabética.
Título de Especialista em Medicina Interna pela AMB
Mestre em Endocrinologia pela UNIFESP-EPM
Responsável pelo Setor de Neuropatias Diabéticas do Centro de Diabetes da UNIFESP-EPM
Data de publicação: 09/10/2009
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Entrevista: Dr. Luiz Clemente Rolim - CRM: 54.415
Portal Diabetes: O que é Neuropatia Diabética?
Dr. L. Clemente Rolim: As neuropatias diabéticas (ND) podem ser definidas como um grupo heterogêneo de disfunções do sistema nervoso periférico, atribuíveis unicamente ao Diabetes mellitus (DM) e que podem afetar virtualmente todas as fibras nervosas do corpo, isto é, neurônios (nervos) sensoriais, autonômicos e motores. Os nervos são estruturas parecidas com fios elétricos que transmitem a sensibilidade e desencadeiam os movimentos do corpo ou controlam funções involuntárias (que independem da vontade como o batimento cardíaco, a digestão, a ereção e a evacuação). As neuropatias diabéticas constituem a complicação mais frequente e perigosa do diabetes, pois é silenciosa e quando dá sintomas pode ser tarde demais, como veremos. 
Portal Diabetes: Quais são as causas da Neuropatia Diabética? O diabetes descontrolado pode precipitar o aparecimento da mesma?
Dr. L. Clemente Rolim: O excesso de açúcar no sangue inflama muito os nervos (por isso também chamamos a neuropatia diabética de neurite diabética) provocando dores nos pés e alterações dos batimentos do coração e da pressão do sangue: tonturas ao levantar-se, fraqueza e cansaço ao realizar exercícios. Pressão do sangue ou pressão arterial é a força gerada pela contração do coração para manter adequada e constante a circulação do sangue através dos vasos. Eu costumo dizer que o açúcar em excesso no sangue é tóxico para os nervos da mesma forma que o excesso de álcool, isto é, ambos são neurotóxicos
Portal Diabetes: A neuropatia diabética divide-se em tipos? Se sim, em quantos e quais são eles?
Dr. L. Clemente Rolim: Em primeiro lugar, dividimos as ND em: SUBCLÍNICAS e CLÍNICAS.
  1. SUBCLÍNICA: não apresenta nenhum sintoma e é a forma mais comum (em torno de 80% dos portadores de neurite). È muito importante ressaltar que este tipo de ND somente pode ser descoberto através de exames clínicos (por exemplo, exame neurológico e testes de neurofisiologia ou de análise da variabilidade da frequência cardíaca – VFC – por eletrocardiografia computadorizada).
  2. CLÍNICA: apresenta alguma manifestação como câimbras ou dores nos pés (apenas 20% dos diabéticos portadores de neurite).
Em segundo lugar, também classificamos as ND conforme a localização anatômica. Assim, há 2 grandes subtipos:

Difusas: quando há um acometimento generalizado ou sistêmico de todos os nervos periféricos: também conhecida como polineuropatia (PNP) clássica que é, de longe, a forma mais comum. Esta neurite sempre começa pelos dedos dos pés e, após alguns anos, acomete também pernas, coxas e finalmente (após 10 anos de evolução) as mãos. Caracteristicamente acomete os dois lados do corpo.
Focais ou Multifocais: quando a lesão está confinada à distribuição de um único ou de vários nervos periféricos isolados. Por exemplo, a chamada síndrome do túnel do carpo que acomete uma das mãos e a pessoa costuma acordar à noite com os dedos das mãos formigando.   
Portal Diabetes: Quais seus sintomas? Um paciente pode apresentar neuropatia diabética mesmo sem sentir que a possui? Dr. L. Clemente Rolim: Somente 20% dos pacientes com neurite diabética têm sintomas que podem variar desde um simples formigamento nos dedos dos pés até dores insuportáveis nas pernas que impedem o paciente de dormir a noite toda. Este tipo de dor nós chamamos de dor neuropática e é realmente uma das coisas mais difíceis de tratar em toda a medicina. Felizmente, as pesquisas médicas caminham muito rapidamente neste campo e há grande esperança de novos medicamentos para os próximos anos. 
Portal Diabetes: A neuropatia diabética pode afetar todo o corpo? Uma mesma pessoa pode apresentar mais de um tipo de neuropatia?
Dr. L. Clemente Rolim: Hoje sabemos que a neurite diabética é também um fator de risco para doenças do coração e colabora muito com a redução da qualidade de vida. Na primeira pergunta desta entrevista, eu me referi ao termo fibras nervosas autonômicas. Pois bem, a neurite diabética se inicia justamente por estas fibras (nervos) que, além de estarem espalhadas por todo o corpo, são as responsáveis por processos vitais e automáticos do nosso organismo. Por exemplo, a função sexual, a produção do suor, a eliminação da urina pela bexiga, a deglutição, a respiração e o próprio coração (pulso ou batimento cardíaco e pressão arterial). Em nossos serviços temos visto muitos casos de pacientes diabéticos com mais de um subtipo de ND. Por exemplo, frequentemente encontramos pacientes com uma mononeurite compressiva (túnel do carpo) junto com a neurite clássica (polineuropatia difusa). 
Portal Diabetes: Como é feito seu diagnóstico?
Dr. L. Clemente Rolim: Talvez esta seja a pergunta mais importante de todas! O assunto é complexo tanto que atualmente temos na UNIFESP um protocolo só para o diagnóstico das neuropatias diabéticas. É crucial frisarmos que o diagnóstico NUNCA deve basear-se somente nas queixas (sintomas) dos pacientes e SEMPRE devem ser realizados testes para avaliar-se a função dos nervos. Entre esses temos dois tipos:
  1. O exame neurológico (para testar as sensibilidades térmica, dolorosa, vibratória e táctil) que pode ser realizado em qualquer consultório por médico treinado.
  2. Testes que exigem aparelhos e preparo do paciente: análise da variabilidade da frequência cardíaca ou VFC (como um eletrocardiograma) e testes neurofisiológicos (eletromiografia).
Na prática, para fechar-se o diagnóstico de neurite diabética, são necessárias duas condições: haver pelo menos dois testes alterados dos descritos acima e afastar-se outras causas de neurite (hipotireoidismo e hérnia de disco, por exemplo). 
Portal Diabetes: A neuropatia tem tratamento ou cura? Como deve ser feito seu tratamento? Ou o mesmo depende do tipo de neuropatia e partes afetadas?
Dr. L. Clemente Rolim: O primeiro passo para o sucesso do tratamento das ND é um diagnóstico correto e realizado a tempo, isto é, logo nos primeiros anos do DM. A cura só é possível se a doença for diagnosticada bem no início e mesmo assim exigirá um controle mais rígido do DM e autodisciplina do paciente em termos de hábitos alimentares e estilo de vida saudável. EU SEMPRE DIGO QUE A MELHOR CURA É A PREVENÇÃO SEMPRE! Para tanto, deve-se zelar por um bom controle glicêmico (não só da glicemia de jejum, mas especialmente das glicemias pós-refeições) desde o início do DM.

Como há vários subtipos clínicos de neurite diabética é lógico que cada um tenha um tipo de tratamento diferente. É muito importante também afastar outras causas de neurite como hipotireoidismo, alcoolismo, hepatite, câncer e mesmo anemia. 
Portal Diabetes: A neuropatia diabética pode ser prevenida?
Dr. L. Clemente Rolim: Sim, com certeza! Desde que diagnosticada a tempo, ou seja, logo nos primeiros 3 a 5 anos do início do DM (vide acima na resposta da pergunta 7). É crucial conscientizar todos os diabéticos e profissionais da saúde que lidam com DM que a neurite diabética é a complicação crônica mais comum do DM e que sua evolução é inexorável, se não for diagnosticada a tempo. Ou seja, se descoberta muito tardiamente, não haverá mais nada a fazer para preveni-la ou curá-la.  
Portal Diabetes: É comum chegar ao consultório pacientes com neuropatia adiantada e que somente através do diagnóstico da mesma descobrem estar diabéticos?
Dr. L. Clemente Rolim: Esta pergunta é bem interessante, pois se fosse realizada há alguns anos atrás eu diria simplesmente não. Entretanto, hoje sabemos que a neurite diabética pode preceder o diabetes. Parece contraditório, mas não o é. Veja, recentemente examinei um colega neurologista que vinha apresentando formigamentos e mesmo dores nos pés e pernas há algum tempo. Ele já havia passado por vários outros colegas sem que descobrissem qualquer doença. Resolvi então ir mais a fundo e submeti-o a um exame de curva glicêmica (TOTG ou GTT) e mais um teste que agora já estamos realizando no Brasil chamado Análise Espectral da Variabilidade da Frequência Cardíaca ou VFC (parece complicado, mas trata-se de um eletrocardiograma computadorizado). Não deu outra e descobrimos, finalmente, que o nosso colega era pré-diabético e bastou um regime alimentar e perder uns “quilinhos” para as dores que tanto o incomodavam desaparecerem.  
Portal Diabetes: O Sr. pode comentar como se comporta a neuropatia já instalada em pacientes que, seja por meio de bomba de infusão de insulina, transplante de pâncreas ou mesmo cirurgia bariátrica, alcançaram a normoglicemia?
Dr. L. Clemente Rolim: O resultado vai depender sempre da gravidade da neuropatia, ou seja, do grau de reversibilidade da mesma. Em relação ao transplante de pâncreas e ao transplante duplo (pâncreas e rim simultaneamente), os resultados não têm sido muito bons justamente porque estes pacientes, em geral, são diabéticos do tipo 1 com uma longa evolução (15 a 25 anos) e, quando são transplantados, a neurite está muito avançada e o máximo que se consegue é estabilizá-la (deter a sua evolução), após 2 a 3 anos do transplante. Em relação à bomba de infusão e à cirurgia bariátrica, não há dados definitivos ou seguros na opinião da comunidade científica, atualmente, que nos permitam afirmar algo definitivo.  
Portal Diabetes: O fumo ou a utilização de álcool por parte de um paciente diabético com neuropatia pode piorar seu quadro neuropático?
Dr. L. Clemente Rolim: Sem dúvida! A tal ponto isto é verdade que os piores casos que já vi de ND eram sempre de pacientes que também apresentavam antecedentes importantes de alcoolismo e tabagismo. Costumo dizer que DM e cigarro são como o sol e a lua: não se combinam! 
Portal Diabetes: O rígido controle do Diabetes em um paciente portador de neuropatia diabética pode melhorar seu quadro em curto prazo? Ou é demorada a melhora?
Dr. L. Clemente Rolim: Dependerá sempre do estágio em que a ND se encontra. Há casos bem iniciais que a dor ou os sintomas melhoram rapidamente após a estabilização do DM com o uso de insulina (neurite reversível). Porém, há casos onde o controle rígido pode piorar temporariamente a dor (neurite insulínica) ou não adiantar mais nada (neurite irreversível). 
Portal Diabetes: O Sr. poderia comentar quais são os avanços e novas Pesquisas sobre Neuropatia Diabética? Existe alguma perspectiva de lançamento de novos tratamentos para as dores causadas pela mesma?
Dr. L. Clemente Rolim: Há muitas pesquisas e novidades nessa área que são realizadas com animais de experimentação e depois, infelizmente, não se mostram úteis para a aplicação clínica em humanos. Afinal, ser humano não é rato! Brincadeiras à parte creio que um dos maiores avanços está na área de DIAGNÓSTICO PRECOCE ("early detection"). Também na UNIFESP estamos padronizando os valores normais de um exame inédito no Brasil: a análise da VFC. Este exame serve justamente para o diagnóstico precoce da neurite autonômica cardíaca que é sempre silenciosa e, felizmente, reversível se diagnosticada a tempo. Novos medicamentos, tanto para reverter a neurite como para tratar a dor neuropática, estarão disponíveis nos próximos anos.