quarta-feira, 20 de abril de 2016

20/04/2016 12h59 - Atualizado em 20/04/2016 19h35

Americana e Indaiatuba investigam novas mortes por suspeita de H1N1

Americana tem agora 5 mortes aguardando confirmação e 1 já confirmada.
Caso de Indaiatuba é o primeiro da cidade; Adolfo Lutz está com falta de kits.

Vítima foi encaminhada ao Hospital São Francisco, em Americana (Foto: Reprodução/EPTV) 

Quarta morte investigada em Americana foi no Hospital São Francisco (Foto: Reprodução/EPTV)

As prefeituras de Americana (SP) e Indaiatuba (SP) investigam três novas mortes por suspeita de H1N1 na região de Campinas (SP). Americana tem a situação mais crítica, com mais duas mortes suspeitas, divulgadas nesta quarta-feira (20), além de outras três que já eram apuradas e um óbito confirmado. O caso de Indaiatuba é o primeiro na cidade. Os exames para confirmação dos casos em todo o estado, no entanto, estão atrasados no Instituto Adolfo Lutz.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, os kits usados para fazer a análise nos exames colhidos, tanto nos casos de óbito como também em pessoas doentes, estão em falta no instituto. Esses kits são distribuídos pelo Ministério da Saúde, o que não vem acontecendo.

Hospital Municipal de Americana (Foto: Reprodução / EPTV) 
Quinta morte suspeita foi no Hospital Municipal
nesta quarta (20)  (Foto: Reprodução / EPTV)
Por nota, a Saúde informou que "o laboratório já solicitou ao órgão o quantitativo para atender toda a demanda do estado de São Paulo; porém, até o momento, não recebeu o material necessário. Neste ano, o laboratório realizou cerca de 2,6 mil testes com materiais do próprio Instituto, porém os estoques se esgotaram".
O Ministério da Saúde disse que distribui duas metodologias para o diagnóstico laboratorial de vírus respiratório, sendo Imunofluorescência e RT PCR. Os exames que são positivos na Imunofluorescência são confirmados por RT PCR.
Além disso, informou que ainda em abril, será iniciada a distribuição de 200 mil reações aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública capacitados para o diagnóstico molecular de influenza em todo o país e que esse quantitativo deverá ser suficiente para atender pelo menos seis meses de demanda de exames.
O órgão ressaltou também que a distribuição do kit para a realização de diagnóstico laboratorial de vírus respiratório por Imunofluorescência está normalizada e que no mês de março, foram distribuídas 2,7 mil reações, o que representa uma capacidade de realizar 27 mil testes.
Mortes em Americana
As duas novas vítimas de Americana são uma mulher de 60 anos e um homem de 56.
A mulher ficou internada de 3 de abril até o dia 13, quando ela faleceu, no Hospital São Francisco. Ela teve a Síndrome Respiratória Aguda Grave, de acordo com a Secretaria de Saúde.
O homem foi internado no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi no dia 18 de abril e morreu na manhã desta quarta-feira (20) com a mesma síndrome, que pode ser causada por complicações da gripe e, neste caso, a suspeita é de H1N1.
A cidade tem, atualmente, 39 casos suspeitos da gripe H1N1, sendo cinco mortes sob investigação. Já os exames estão parados no Instituto Adolfo Lutz desde o dia 13 de março.
As demais mortes investigadas são uma mulher de 31 anos, uma menina de 8 meses e um homem de 53 anos.
No primeiro caso, a mulher chegou no Hospital Municipal com parada cárdiorrespiratória e nem chegou a ser internada. Ela morreu no dia 31 de março. A bebê foi internada no dia 24 de março em Piracicaba (SP) e faleceu dois dias depois, no dia 26. O homem foi internado no Hospital Municipal no dia 28 de março e morreu no dia 5 de abril.
No dia 11 de abril, a Prefeitura confirmou um óbito causado por complicações desse tipo de gripe. A vítima é o secretário adjunto da Educação, Wellington Carlos Zigarti, de 34 anos. Ele ficou oito dias internado no Hospital São Lucas e morreu no dia 28 de março.
Morte em Indaiatuba
O caso investigado em Indaiatuba é de um homem de 81 anos, que era fumante e tinha doenças cardíacas. Ele foi internado no dia 7 de abril no Hospital Augusto de Oliveira Camargo e morreu no dia seguinte.
A cidade não possui outras mortes por suspeita desse tipo de gripe sob investigação. Ao todo são 16 casos suspeitos de H1N1, incluindo o óbito.
Escolas passam a usar álcool em gel (Foto: Reprodução/ EPTV) 
Uso do álcool em gel ajuda na prevenção da gripe
H1N1 (Foto: Reprodução/ EPTV)

Mortes em Campinas e região
Além de Americana, Campinas também teve uma morte por H1N1 confirmada, no dia 12 de abril. A vítima é uma mulher de 51 anos, moradora da região central da cidade. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, ela contraiu a doença durante uma viagem de cruzeiro pela costa brasileira. O óbito ocorreu no mês de fevereiro.

De acordo com a Prefeitura, o município tem, no total, 11 casos confirmados de gripe H1N1, incluindo a morte. Outras duas mortes ocorridas no Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC de Campinas estão sob investigação.

Também há uma morte por H1N1 sendo investigada em Paulínia (SP). Um menino de 3 anos morador da cidade morreu no dia 12 de abril. A criança estava internada em um hospital de Campinas e sofria de problemas respiratórios, de acordo com a Prefeitura de Paulínia.

Em Holambra (SP) há duas mortes por suspeita de complicações do vírus H1N1 sendo investigadas.

Prevenção
A vacinação contra os vírus da gripe em circulação no país não será antecipada na região de Campinas e deverá começar no dia 30 de abril. A Secretaria Estadual da Saúde tem priorizado a imunização na região metropolitana de São Paulo e na região noroeste do estado, que têm maior número de casos do vírus H1N1.

A Secretaria de Saúde recomenda que as pessoas tomem medidas de controle de higiene, como lavar as mãos, utilizar álcool em gel, além de evitar o contato com pessoas doentes e lugares com aglomeração de pessoas.

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