sábado, 23 de abril de 2016

22/04/2016 20h27 - Atualizado em 22/04/2016 20h38

Faltam geladeiras em postos para guardar vacinas em Campinas, SP

Campanha nacional contra H1N1 começa no dia 30 de abril na cidade.
Vacinações nos postos não serão interrompidas, afirma Prefeitura.

A campanha nacional de vacinação contra H1N1 está marcada para começar no dia 30 de abril. No entanto, os conselheiros de saúde de Campinas (SP) estão preocupados com a falta de espaço adequado para armazenar as doses. Segundo eles, em muitos postos do município faltam geladeiras que possam guardar os medicamentos em segurança.
Na sala de vacinas do posto do bairro Costa e Silva, um aviso explica que o "atendimento está reduzido por problemas técnicos". Um funcionário do local disse à EPTV, afiliada TV Globo, que a vacinação é feita das 9h às 15h. "A gente tá sem geladeira, a geladeira quebrou", explica o atendente.
Segundo o conselheiro de saúde Jorge Navarrete, do bairro Costa e Silva, o problema acontece desde dezembro do ano passado. Ele afirma que um ofício já foi enviado à Prefeitura no início de abril para solicitar soluções para o centro antes do início da campanha nacional.
Ofício enviado à Prefeitura para cobrar alternativas de manutenção não teve resposta (Foto: Reprodução/EPTV) 
Ofício enviado à Prefeitura para cobrar manutenção
não teve resposta (Foto: Reprodução/EPTV)

"Pega o isopor na central, coloca a vacina dentro, traz na perua até aqui, aplicam, na segunda a tarde levam o que sobrou de volta, o que está errado. Quem controla essa temperatura? (...) um absurdo ter uma campanha e ninguém se preocupar em ter uma geladeira funcionando", reclama.

A reportagem flagrou o carro da administração municipal com a caixa térmica de vacinas. O esquema improvisado de levar e trazer as doses é feito todos os dias para não correr o risco de perder a qualidade dos medicamentos. "Não deram resposta ao ofício. Nada", afirma o conselheiro.

Desativada
Na unidade do bairro Jardim Capivari a situação é parecida. A geladeira está desativada e com temperatura irregular. Por isso, segundo uma funcionária, uma outra menor está sendo utilizada, mas ela não tem o tamanho adequado para atender uma campanha de vacinação.

Uma outra enfermeira da unidade disse à EPTV que o atendimento não é prejudicado porque há uma outra geladeira. "A gente tem uma pequenininha que vai mantendo a sala funcionando. [...] Então eu não tenho capacidade de guardar estoque como eu guardava antes", justifica.

Segundo Gerardo Melo, conselheiro de saúde de Campinas, as denúncias de medicamentos perdidos por falhas na manutenção são comuns. Além disso, o conselheiro ainda alerta que não são apenas as vacinas que precisam de refrigeração.

"A insulina, que é um medicamento para as pessoas que tem diabetes, precisa ser colocada em geladeira duas vezes por dia. Não pode deixar permanente, porque congela, e as pessoas que precisam desse medicamento, se não tomarem, podem sofrer consequências. Isso significa que a Prefeitura está deixando a população em um grau de preocupação muito grande ao não providenciar a manuntenção de um equipamento tão necessário para cuidar da saúde", destaca.

Manutenção
A Prefeitura garantiu que as vacinações nos postos não serão interrompidas e disse que na segunda-feira (25) uma empresa vai começar a fazer a manutenção nas geladeiras das unidades. Além disso, informou que a administração deve realizar a compra ou o remanejamento de equipamentos para as que estão sem.
Equipe da EPTV flagrou carro da Prefeitura transportando caixa térmica com vacinas  (Foto: Reprodução/EPTV) 
Equipe da EPTV flagrou carro da Prefeitura transportando caixa térmica com vacinas (Foto: Reprodução/EPTV)

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