sexta-feira, 2 de outubro de 2015

2/10/2015 às 12h04 (Atualizado em 2/10/2015 às 14h51)

Auxiliar de limpeza diz que foi "do céu ao inferno" ao descobrir câncer de mama na gravidez

Ela descobriu doença aos três meses de gestação; bebê nasceu saudável
 
Na quinta-feira (1º), começou a campanha Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama Thinkstock
 
Dias depois de descobrir a quarta gravidez, a auxiliar de limpeza Cleide Souza Silva, na época com 30 anos, começou a sentir fortes dores no peito. Ela disse ter achado que a dor estava relacionada à gravidez, mas procurou um médico.
— Depois de muita insistência e de ter sido atendida por muitos médicos, a maioria sem dar importância para o que eu estava sentindo, fui diagnosticada com câncer de mama.
Na quinta-feira (1º), começou a campanha Outubro Rosa de prevenção ao câncer de mama.
— Em um segundo eu pensei em tudo: quem iria cuidar dos meus filhos [que tinham 12, 8 e 7 anos de idade], como iria tratar a doença, como não prejudicar o bebê. Entrei em pânico.
Ela foi encaminhada para o Icesp (Instituto de Câncer do Estado de São Paulo), onde recebeu as primeiras orientações e fez todo o tratamento.
Como estava no começo da gestação, Cleide precisou esperar até o terceiro mês da gravidez para iniciar o tratamento de quimioterapia, que durou quase seis meses.
— Foi um período muito difícil e só consegui superar graças a minha mãe e meu marido. Ela cuidava dos meus filhos o dia todo e ele me acompanhou em todas as consultas e sessões, perdeu até o emprego porque tinha que ficar no hospital comigo quase todos os dias.
No mesmo dia do parto, Cleide também fez a quadrantectomia, cirurgia que remove parte da mama que foi afetada pelo tumor.
— O Otávio nasceu saudável e lindo. Apesar de toda a medicação e tudo o que eu passei, nada o afetou. Pra mim, foi um milagre. A única coisa que ela disse lamentar foi não ter podido amamentá-lo, como fez com os outros filhos. Mas foi um preço insignificante a pagar por estar viva e com o meu bebê saudável.
Nova perspectiva
Um ano depois do nascimento do caçula, Cleide descobriu em consulta médica de rotina que desenvolveu um tumor na outra mama.
— Dessa vez eu não fiquei triste, só pensava em me tratar o mais rápido para poder cuidar dos meus filhos. Não foi o fim do mundo como da primeira vez, eu estava muito mais tranquila.
Agora, um ano e meio depois do diagnóstico do segundo tumor, ela está terminando o tratamento e disse que todo dia agradece por ter saúde e tempo para criar os filhos.
— Tudo o que passei já está no passado. Nossa família superou junto a doença.
Cleide disse que foi do "céu ao inferno" quando ouviu o diagnóstico.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/auxiliar-de-limpeza-diz-que-foi-do-ceu-ao-inferno-ao-descobrir-cancer-de-mama-na-gravidez-02102015 

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