terça-feira, 6 de outubro de 2015

6/10/2015 às 09h20 (Atualizado em 6/10/2015 às 10h11)

Garoto sobrevive após acidente em que crânio foi separado de coluna

Para médicos e pais, recuperação foi milagre; trombada violenta foi provocada por carro com estudantes que faziam 'cavalo de pau' na beira de rodovia.
 
Mãe criou petição online para endurecer punição contra motoristas irresponsáveis, como os que causaram o acidente com sua família; Jackson terá de usar, por dois meses, uma órtese para manter seu corpo estável BBC/7news
 
Não foram apenas o pai e a mãe do menino Jackson Taylor que usaram o termo "milagre" para descrever a recuperação do filho após um grave acidente de carro.
O próprio médico que operou o garoto australiano de apenas 1 ano e quatro meses afirmou que, diante da gravidade do caso, o sucesso da cirurgia era um "verdadeiro milagre".
No dia 15 de setembro, o garoto estava no carro com sua mãe e sua irmã de 9 anos em uma rodovia em Nova Gales do Sul, na Austrália, quando eles se chocaram contra outro veículo a 110 km por hora.
O impacto da batida foi tão forte que Jackson quebrou duas vértebras do pescoço e a clavícula — seu crânio foi separado de sua coluna vertebral, no que é conhecido como deslocamento atlanto-occipital ou decapitação interna.
Em uma cirurgia que durou mais de seis horas, os médicos usaram um microfio e uma parte da costela de Jackson para conectar novamente as vértebras.
"Para começar, muitas crianças não sobreviveriam a esse tipo de lesão. E se sobrevivessem e fossem ressuscitadas, então, talvez não conseguissem respirar e ou se mover novamente", disse o cirurgião Geoff Askin, que afirmou ter sido a pior lesão desse tipo que ele já havia visto. "Então, conseguir salvar a medula e sobreviver... foi um verdadeiro milagre."
O garoto agora terá de usar, por dois meses, uma órtese para manter seu corpo estável. Mas depois disso, ele deverá ter uma vida normal.
A irmã de Jackson também teve fratura de vértebras. Ela também foi operada e passa bem.
'Cavalo de pau'
Rylea Taylor, a mãe de Jackson, conta que quando seu carro se aproximou da curva, uma nuvem de poeira cobriu a rodovia - causada pelo carro, dirigido por garotos que treinavam "cavalo de pau" na beira da estrada.
"Eles soltaram o breque e foram direto para a estrada. Eu brequei. Mas a batida foi tão forte que todos os airbags foram ativados."
"Minha filha estava inconsciente, meu filho de 16 meses estava gritando. Os dois estavam com o rosto sangrando. Quando eu tirei Jackson do carro, soube na hora que seu pescoço estava quebrado", disse.
"Enquanto eu chutava a porta do carro para conseguir abri-la, eu fiquei frente a frente com esses três garotos irresponsáveis, de uniforme escolar, que quebraram minha família."
No hospital, ela teve outro encontro com os garotos. "Quando eu os vi, eles estavam olhando para baixo. Eu gritei com eles para que eles olhassem para meus filhos, para ver o que eles tinham feito. Mas eles não se importaram. Eles nem olharam."
Revolta
Inconformada com a situação dos garotos que provocaram o acidente, Rylea lançou uma petição online no site Change.org pedindo punições mais duras para motoristas irresponsáveis.
Ela conta que, de acordo com a polícia australiana, os garotos devem receber uma suspensão da carteira e uma multa.
"Três garotos decidiram dar cavalo de pau e cantar pneus perto de uma curva em um rodovia, às 11 horas da manhã. A estupidez dessas pessoas custou à minha família mais do que você pode imaginar", disse ela, na petição.
"Eu espero que meus filhos possam fazer esportes, possam pular numa cama elástica, brincar, correr e serem crianças. Eles agora vão passar por sessões de reabilitação e fisioterapia, terão cicatrizes e uma vida diferente do que eu imaginei para eles.
É triste saber que não há nada que você possa fazer para controlar os outros. Mas se alguém destrói a vida de outra pessoa, ele não merece apenas um tapinha na mão e uma segunda chance. É preciso tirar sua carteira de motorista e puni-lo de acordo."
Quando o pequeno Jack Moxey
tinha dois meses de idade, seus pais o levaram ao consultório do pediatra. Durante
o exame de rotina, o médico notou que havia algo de estranho com o formato da
cabeça do bebê.
Após um exame de raio-x,
descobriu-se que Jack sofria de craniossinostose, uma anomalia congênita em que
uma ou mais suturas do crânio se fecham antes da hora, sem esperar que o
cérebro esteja completamente formado  
Quando o pequeno Jack Moxey tinha dois meses de idade, seus pais o levaram ao consultório do pediatra. Durante o exame de rotina, o médico notou que havia algo de estranho com o formato da cabeça do bebê.

Após um exame de raio-x, descobriu-se que Jack sofria de craniossinostose, uma anomalia congênita em que uma ou mais suturas do crânio se fecham antes da hora, sem esperar que o cérebro esteja completamente formado.
Depois de ouvir o
diagnóstico, os pais de Jack optaram por uma cirurgia pouco invasiva ao invés
de um procedimento radical, o que, no entanto, exigiria que o bebê usasse um
capacete por no mínimo 22 horas por dia até que ele completasse um ano de idade  

Depois de ouvir o diagnóstico, os pais de Jack optaram por uma cirurgia pouco invasiva ao invés de um procedimento radical, o que, no entanto, exigiria que o bebê usasse um capacete por no mínimo 22 horas por dia até que ele completasse um ano de idade.
Quando o choque da cirurgia
já havia passado, o pai de Jack, Honathan, decidiu que os capacetes brancos
dados pelo hospital para a família eram muito sem graça, e resolveu que podia
fazer algo para mudar isso 
Quando o choque da cirurgia já havia passado, o pai de Jack, Honathan, decidiu que os capacetes brancos dados pelo hospital para a família eram muito sem graça, e resolveu que podia fazer algo para mudar isso.
— Se tínhamos que fazer
aquilo, que pelo menos nos divertíssemos um pouco. Fora que isso ajudava na
hora dos comentários das pessoas, que, ao invés de perguntar o que aconteceu
com meu filho, passavam a dizer “poxa, que capacete legal”  
— Se tínhamos que fazer aquilo, que pelo menos nos divertíssemos um pouco. Fora que isso ajudava na hora dos comentários das pessoas, que, ao invés de perguntar o que aconteceu com meu filho, passavam a dizer “poxa, que capacete legal”.
Fã da série de filmes Star
Wars, Jonathan se deu conta de que o formato dos capacetes era similar àqueles
usados por alguns dos personagens da famosa trilogia. O primeiro capacete de
Jack, inspirado no robô R2-D2, foi um presente à família, mas, a partir dali, o
pai começou a confeccionar suas próprias peças  
Fã da série de filmes Star Wars, Jonathan se deu conta de que o formato dos capacetes era similar àqueles usados por alguns dos personagens da famosa trilogia. O primeiro capacete de Jack, inspirado no robô R2-D2, foi um presente à família, mas, a partir dali, o pai começou a confeccionar suas próprias peças.
Mesmo fazendo sucesso entre
os familiares e amigos, o pai conta que Jonathan nunca pareceu ligar muito para
os capacetes.— Eles não tinham muita
ventilação, então havia dias em que ele ficava muito bravo com o calor, e então
ficava com calor porque estava bravo, e por aí vai  
Mesmo fazendo sucesso entre os familiares e amigos, o pai conta que Jonathan nunca pareceu ligar muito para os capacetes.

— Eles não tinham muita ventilação, então havia dias em que ele ficava muito bravo com o calor, e então ficava com calor porque estava bravo, e por aí vai.
Aqui, uma imagem do primeiro capacete de Jack 
Aqui, uma imagem do primeiro capacete de Jack.
Com este, o bebê virou um pequeno Luke Skywalker  
Com este, o bebê virou um pequeno Luke Skywalker.

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