9/11/2015 às 00h18
Em busca da prevenção de doenças, medicina do estilo de vida ganha força no País
Tema foi debatido durante evento no final de semana em São Paulo
Mudanças simples no estilo de vida podem melhorar a saúde significativamente
Getty Images
Um antigo ditado diz que a prevenção é o melhor remédio. Tendo em vista que a adoção de hábitos de vida saudáveis reduzem em até 80% o desenvolvimento de doenças crônicas
não contagiosas, fica mais fácil ainda acreditar nessa frase. Pensando
nisso Associação Brasileira de Saúde Funcional e Estilo de Vida realizou
neste final de semana (dias 7 e 8 de novembro) o 2º Lifestyle Summit
Brazil, simpósio internacional de saúde funcional e estilo de vida.
Durante o encontro, reuniram-se diversos nomes do mundo da medicina para
tratar da prevenção de doenças e da importância na mudança no estilo de
vida das pessoas.
O cardiologista Fábio César dos Santos, presidente da associação, defende profundas mudanças na concepção que as pessoas têm de saúde, para uma melhora na saúde da população em geral.
— Quero representar essa ponte entre o movimento mais fechado do médico, de só medicalizar, de usar apenas remédios e cirurgias, para sair para uma vertente mais de prevenção. Essa é a bandeira que eu estou levantando.
Atualmente, as doenças crônicas são as que mais matam em todo o mundo. Durante o evento, Santos destacou que grande parte destas doenças poderiam ser facilmente evitadas com simples mudanças no estilo de vida.
— O que mais mata no mundo são as doenças crônicas não transmissíveis: doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares, as doenças crônicas, as demências etc. Se eu tiver atitudes preventivas, se eu tiver toda uma visão da medicina do estilo de vida, eu consigo reduzir até 80% dessas doenças, o que significa muito para esse mundo.
Para atingir estes objetivos, há uma dica bem fácil para se lembrar: o “GPS”.
— Em nenhum momento tira-se a importância da medicação e dos procedimentos cirúrgicos. [...] Há um sistema que eu chamo de GPS: o “G” é o que eu chamo de garfo. A pessoa vai ter cuidado com o que ele come. O “P” é dos pés. A pessoa vai ter que se movimentar. Hoje a gente sabe que o sedentarismo é o novo tabagismo. O “S” é do stress e do sono. É preciso ter um controle sobre isso.
O cardiologista Fábio César dos Santos, presidente da associação, defende profundas mudanças na concepção que as pessoas têm de saúde, para uma melhora na saúde da população em geral.
— Quero representar essa ponte entre o movimento mais fechado do médico, de só medicalizar, de usar apenas remédios e cirurgias, para sair para uma vertente mais de prevenção. Essa é a bandeira que eu estou levantando.
Atualmente, as doenças crônicas são as que mais matam em todo o mundo. Durante o evento, Santos destacou que grande parte destas doenças poderiam ser facilmente evitadas com simples mudanças no estilo de vida.
— O que mais mata no mundo são as doenças crônicas não transmissíveis: doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares, as doenças crônicas, as demências etc. Se eu tiver atitudes preventivas, se eu tiver toda uma visão da medicina do estilo de vida, eu consigo reduzir até 80% dessas doenças, o que significa muito para esse mundo.
Para atingir estes objetivos, há uma dica bem fácil para se lembrar: o “GPS”.
— Em nenhum momento tira-se a importância da medicação e dos procedimentos cirúrgicos. [...] Há um sistema que eu chamo de GPS: o “G” é o que eu chamo de garfo. A pessoa vai ter cuidado com o que ele come. O “P” é dos pés. A pessoa vai ter que se movimentar. Hoje a gente sabe que o sedentarismo é o novo tabagismo. O “S” é do stress e do sono. É preciso ter um controle sobre isso.
Fábio Santos recomenda a sigla "GPS" como forma de lembrar os cuidados com a saúde
Reprodução
Dificuldades
Apesar dos avanços médicos e da maior conscientização sobre a importância em se cuidar da saúde, Fábio Santos lembra que a luta contra as doenças crônicas continua.
— Não estamos conseguindo baixar as curvas de sobrepeso e obesidade, de diabetes, de doenças cardiovasculares. É preciso mudar muito a questão de nutrientes, de movimento, de exercícios, de estresse e sono, e entendimento do que é que o ambiente está trazendo para as pessoas. Quando todos esses pontos forem reunidos como uma grande frente de batalha, onde eu digo que cada profissional da saúde é um grande soldado, aí sim você vai conseguir fazer essa mudança.
A qualidade de vida com o avanço da expectativa de vida também é um dilema hoje em dia.
— Nós temos uma população que está mais envelhecida. Cada vez mais a população dos cabelos brancos e grisalhos está tomando conta da história, estão vivendo mais, mas estão adoecidos. Isso é um conflito muito grande para a saúde mundial. Na verdade, a saúde está doente. Se não tivermos uma mudança na forma de enxergar como tratar e colocar a prevenção como arma mais forte de tratamento, vai ser um caos para a saúde
A integração é uma das principais armas para atingir os objetivos da medicina do estilo de vida, lembra Santos.
— O médico precisa trabalhar mais próximo do nutricionista, trabalhar mais próximo do psicólogo etc. Todos de mão dadas tendo em vista o benefício do paciente. Essa coisa é fundamental para quebrar esses paradigmas do “eu sou dono desse pedaço, e outro é dono de outro pedaço”.
A associação
A Associação Brasileira de Saúde Funcional e Estilo de Vida foi fundada no dia 7 de abril deste ano, e tem como presidente o cardiologista Fábio César dos Santos e como vice-presidente a médica nutróloga Vania Assaly. Está entre seus principais objetivos demonstrar que certas escolhas no estilo de vida podem influenciar a saúde do corpo e da mente mais do que tomar remédio todos os dias para prevenir ou tratar doenças.
O grupo também caminha junto com uma aliança global de outras grandes associações, como a americana (na qual Fábio Santos é diretor do True Health Initiative), a europeia e a da Austrália e Ásia.
Vania destaca que, entre os próximos passos da associação, que realizou a abertura para a adesão de sócios.
— A associação vai integrar médicos, profissionais de saúde, educadores físicos, nutricionistas, e nós buscamos expandir esse conhecimento no Brasil associado à academia americana (American College) e à European Society que nos dão apoio e fundamentam esse nosso trabalho. Há muita seriedade, pois é um movimento ligado à OMS (Organização Mundial da Saúde) e aos movimentos de redução de obesidade e doenças crônicas.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/em-busca-da-prevencao-de-doencas-medicina-do-estilo-de-vida-ganha-forca-no-pais-09112015
Apesar dos avanços médicos e da maior conscientização sobre a importância em se cuidar da saúde, Fábio Santos lembra que a luta contra as doenças crônicas continua.
— Não estamos conseguindo baixar as curvas de sobrepeso e obesidade, de diabetes, de doenças cardiovasculares. É preciso mudar muito a questão de nutrientes, de movimento, de exercícios, de estresse e sono, e entendimento do que é que o ambiente está trazendo para as pessoas. Quando todos esses pontos forem reunidos como uma grande frente de batalha, onde eu digo que cada profissional da saúde é um grande soldado, aí sim você vai conseguir fazer essa mudança.
A qualidade de vida com o avanço da expectativa de vida também é um dilema hoje em dia.
— Nós temos uma população que está mais envelhecida. Cada vez mais a população dos cabelos brancos e grisalhos está tomando conta da história, estão vivendo mais, mas estão adoecidos. Isso é um conflito muito grande para a saúde mundial. Na verdade, a saúde está doente. Se não tivermos uma mudança na forma de enxergar como tratar e colocar a prevenção como arma mais forte de tratamento, vai ser um caos para a saúde
A integração é uma das principais armas para atingir os objetivos da medicina do estilo de vida, lembra Santos.
— O médico precisa trabalhar mais próximo do nutricionista, trabalhar mais próximo do psicólogo etc. Todos de mão dadas tendo em vista o benefício do paciente. Essa coisa é fundamental para quebrar esses paradigmas do “eu sou dono desse pedaço, e outro é dono de outro pedaço”.
A associação
A Associação Brasileira de Saúde Funcional e Estilo de Vida foi fundada no dia 7 de abril deste ano, e tem como presidente o cardiologista Fábio César dos Santos e como vice-presidente a médica nutróloga Vania Assaly. Está entre seus principais objetivos demonstrar que certas escolhas no estilo de vida podem influenciar a saúde do corpo e da mente mais do que tomar remédio todos os dias para prevenir ou tratar doenças.
O grupo também caminha junto com uma aliança global de outras grandes associações, como a americana (na qual Fábio Santos é diretor do True Health Initiative), a europeia e a da Austrália e Ásia.
Vania destaca que, entre os próximos passos da associação, que realizou a abertura para a adesão de sócios.
— A associação vai integrar médicos, profissionais de saúde, educadores físicos, nutricionistas, e nós buscamos expandir esse conhecimento no Brasil associado à academia americana (American College) e à European Society que nos dão apoio e fundamentam esse nosso trabalho. Há muita seriedade, pois é um movimento ligado à OMS (Organização Mundial da Saúde) e aos movimentos de redução de obesidade e doenças crônicas.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/em-busca-da-prevencao-de-doencas-medicina-do-estilo-de-vida-ganha-forca-no-pais-09112015
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