9/11/2015 às 09h18 (Atualizado em 9/11/2015 às 09h18)
Nível de poluição no Norte da China supera em 50 vezes o recomendado pela OMS
Os altos níveis de poluição no país estão relacionada a milhares de mortes prematuras
Imagem mostra chinesa utilizando máscara contra poluição
Reuters
Parte do Norte da China encontra-se nesta segunda-feira (9) coberta por
uma nuvem cinzenta, após o nível de poluição superar em quase 50 vezes
os índices considerados aceitáveis pela OMS (Organização Mundial da
Saúde).
A densidade das pequenas partículas (2.5), as mais suscetíveis de se
infiltrarem nos pulmões e de atacarem o sistema respiratório, atingiu
860 microgramas por metro cúbico em Changchun, capital da província de
Jilin, no Nordeste do país. O nível supera amplamente os 25 microgramas
considerados aceitáveis pela OMS.
O governo municipal anunciou, entretanto, o nível 3 de alerta, que inclui a proibição de atividades ao ar livre nas escolas, a recomendação aos moradores para optar por transportes públicos e espaços fechados e a tomada de precauções.
A poluição tornou-se, nos últimos anos, uma das principais fontes de descontentamento popular na China e está relacionada a milhares de mortes prematuras.
As partículas PM 2.5 podem causar doenças cardíacas, enfarte e patologias do aparelho respiratório, como o enfisema e o câncer de pulmão.
A densidade das pequenas partículas atingiu 1.157 micrograma por metro cúbico em Shenyang, capital da província de Liaoning, segundo dados do Gabinete de Proteção Ambiental local.
"Ao sair de casa, o ar queima os olhos, a garganta fica irritada", disse um morador, citado pela agência oficial chinesa Xinhua.
Em 2014, o ar em quase 90% das principais cidades chinesas ficou aquém dos padrões de qualidade, segundo avaliação divulgada pelo Ministério chinês da Proteção Ambiental.
A poluição atmosférica mata cerca de 4 mil pessoas por dia na China, sendo responsável por uma em cada seis mortes prematuras registradas no país mais populoso do mundo, mostra estudo da Universidade da Califórnia, em Berkeley
O governo municipal anunciou, entretanto, o nível 3 de alerta, que inclui a proibição de atividades ao ar livre nas escolas, a recomendação aos moradores para optar por transportes públicos e espaços fechados e a tomada de precauções.
A poluição tornou-se, nos últimos anos, uma das principais fontes de descontentamento popular na China e está relacionada a milhares de mortes prematuras.
As partículas PM 2.5 podem causar doenças cardíacas, enfarte e patologias do aparelho respiratório, como o enfisema e o câncer de pulmão.
A densidade das pequenas partículas atingiu 1.157 micrograma por metro cúbico em Shenyang, capital da província de Liaoning, segundo dados do Gabinete de Proteção Ambiental local.
"Ao sair de casa, o ar queima os olhos, a garganta fica irritada", disse um morador, citado pela agência oficial chinesa Xinhua.
Em 2014, o ar em quase 90% das principais cidades chinesas ficou aquém dos padrões de qualidade, segundo avaliação divulgada pelo Ministério chinês da Proteção Ambiental.
A poluição atmosférica mata cerca de 4 mil pessoas por dia na China, sendo responsável por uma em cada seis mortes prematuras registradas no país mais populoso do mundo, mostra estudo da Universidade da Califórnia, em Berkeley
Especialistas estimam que 1,6 milhão de pessoas morrem anualmente na
China devido a problemas no coração, nos pulmões e a acidente vascular
cerebral (AVC), provocados pelo ar extremamente poluído.
Estudos anteriores estimavam o número anual de mortes devido à poluição
atmosférica entre 1 milhão e 2 milhões, mas esse levantamento utiliza
dados recentes de monitoramento do ar.
Publicado na revista científica Plos One, o estudo atribui o
problema às emissões resultantes da combustão de carvão – tanto para a
produção de energia elétrica quanto para o aquecimento das casas – pelos
elevados níveis de partículas registrados.
Foram feitas medições do ar em tempo real e, posteriormente, aplicados
cálculos para estimar as mortes por problemas do coração, dos pulmões e
por AVC, causadas por diferentes tipos de poluentes.
O principal autor da investigação, Robert Rohde, afirmou que 38% da
população chinesa viviam em uma área com média de qualidade do ar a
longo prazo insalubre, classificada pela Agência de Proteção Ambiental
dos Estados Unidos.
Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, a poluição atmosférica na China é mais grave no inverno, devido à combustão de carvão para aquecimento das moradias e às condições meteorológicas que mantêm o ar poluído mais próximo do chão, explicou Rohde.
Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, a poluição atmosférica na China é mais grave no inverno, devido à combustão de carvão para aquecimento das moradias e às condições meteorológicas que mantêm o ar poluído mais próximo do chão, explicou Rohde.
A capital da China, Pequim, foi escolhida recentemente para organizar os Jogos Olímpicos de inverno de 2022
(Na imagem, site especializado monitora a poluição na China)
(Na imagem, site especializado monitora a poluição na China)
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