'Ele amava a farda', lembra irmão de militar gaúcho morto durante treinamento de mata no Pará
Daniel Dedablio Poczwardowski tinha 29 anos e servia ao Exército desde 2009. Ele foi velado e sepultado em sua cidade natal, Guarani das Missões, no Norte do Rio Grande do Sul.
Foi sepultado na manhã desta quarta-feira (17) em Guarani das Missões, na Região Norte do Rio Grande do Sul, o corpo do militar gaúcho que morreu durante um treinamento de selva em Altamira, interior do Pará.
Daniel Dedablio Poczwardowski, de 29 anos, servia o Exército há oito
anos e fazia cinco meses que tinha sido transferido para o Norte do
país.
O corpo do militar chegou na noite de terça-feira (16) à cidade onde
ele nasceu. Muitas pessoas passaram pelo salão paroquial do município
para se despedir do militar desde a madrugada.
O 3º sargento fazia parte do 51º Batalhão De Infantaria de Selva, em
Altamira, no Pará. Durante o sepultamento, foram feitas homenagens pelos
colegas de batalhão de Santa Cruz do Sul, onde ele morava com a esposa.
Sobre o caixão do jovem, foi estendida a bandeira do Brasil.
"Ele amava a farda e ele queria fazer todos os cursos possíveis. E ele foi fazer esse", comentou o irmão Diogo Poczwardowski.
O militar morreu na segunda-feira (15) durante um treinamento de selva.
De acordo com a Associação dos Oficiais do Exército de Belém ele passou
mal, recebeu os primeiros socorros na mata e foi levado ao Hospital de
Guarnição de Marabá, mas não resistiu.
Ainda não se sabe o que pode ter causado a morte de Daniel. Além dele,
outros quatro militares passaram mal durante a atividade e foram
encaminhados ao hospital.
O Exército informou que abriu um inquérito policial militar pra
investigar o caso. "Vamos apurar o que ocorreu na instrução que levou ao
óbito do 3° sargento. O IPM segue o prazo legal, então acredito que
dentro de um mês, dois meses, ele já deve chegar à conclusão após seguir
todos os trâmites legais", explicou o major Flávio Prazeres, chefe da
comunicação do Exército Paraense.
O treinamento de selva acontece uma vez por ano e começou na semana
passada. A duração seria de 14 dias. Além do Pará, militares do Maranhão
também participavam da atividade.
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