Portaria garante direito de amamentação em instituições federais de ensino
Regra determina que mãe tem direito de amamentar em áreas comuns das instituições. Se houver instalação voltada para amamentação, lactante pode escolher onde prefere amamentar.
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(Foto: Arquivo/AFP Photo/Thomas Coex)
Uma portaria do Ministério da Educação publicada nesta quinta-feira
(11) no Diário Oficial da União garante o direito de mães amamentarem
seus bebês em instituições do sistema federal de ensino, mesmo que não
haja uma estrutura ou espaço específico para isso. A portaria foi
assinada em uma cerimônia realizada na quarta-feira (10), em Brasília.
Segundo a Potaria 604, de 10 de maio de 2017, "é garantido o direito de
lactantes e lactentes à amamentação nas áreas de livre acesso ao
público ou de uso coletivo" em escolas e universidades federais.
A regra afirma, ainda, que esse direito deve ser assegurado
independentemente de existirem locais ou instalações reservadas
exclusivamente para a amamentação. Cabe à mãe decidir se quer utilizar
as instalações específicas para esse fim ou se prefere amamentar em
outras áreas de uso comum da instituição.
De acordo com a portaria, uma possível abordagem para informar à
lactante sobre a existência de instalações para amamentação "deve ser
feita com discrição e respeito, sem criar constrangimento ao sugerir o
uso desses recursos".
Segundo o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
(Consea), quatro estados do Brasil já têm leis que asseguram o direito
de amamentar em público: Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato
Grosso e Minas Gerais.
Em nota divulgada pelo Ministério da Educação, o ministro Mendonça
Filho afirmou que tem a "obrigação e o dever" de garantir "que dentro
dos espaços públicos vinculados ao MEC haja apoio às mulheres, a fim de
que tenham livre escolha para alimentar os seus filhos".
Ivana de Siqueira, secretária de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão (Secadi), afirmou que o documento é uma demanda
antiga de estudantes, professores e funcionários tanto de universitdades
quanto de escolas do ensino básico e autarquias vinculadas ao MEC.
Segundo a nota do ministério, ela ressaltou, ainda, que a portaria
reconhece direitos já assegurados em outras leis, como o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), e que atende a recomendações da
Organização Mundial de Saúde (OMS). "Estamos sinalizando para esse
direito da mulher de amamentar livremente. O uso de uma sala deve ser
uma decisão unicamente dela [a mãe], voluntária, e não uma questão
compulsória."
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