Uma em cada quatro crianças no mundo hoje está perdendo a infância, diz relatório
Estudo da ONG Save the Children foi divulgado nesta quinta-feira, Dia Internacional da Criança
Deslocamentos forçados, maus tratos, falta de alimentação e de
perspectivas. Pelo menos em uma destas situações se encontra alguma
criança nas regiões de conflitos pelo mundo, que neste momento são
muitas. As informações são do Independent.
Seja na África Subsaariana, incluindo Níger, Angola, Mali, República
Centro-Africano e na Somália. Ou nos estrondos assustadores das guerras
na Síria e no Iraque. Enquanto a insensatez humana prevalece ao lado da
miséria, as crianças são as que mais pagam.
Relatório da ONG Save the Children mostra que hoje há um grande risco
destas crianças formarem uma geração perdida. Isso está ligado à perda
da infância delas. A entidade revelou que, no mundo inteiro, uma em cada
quatro crianças é "privada de sua infância".
O caso de Ahlam (foto), de Baiji, no norte do Iraque, de apenas 12 anos,
é um deles. Deslocada mais de uma vez por causa do Estado Islâmico, ela
foi obrigada a crescer rapidamente. Para sobreviver.
— Eu deixei para trás meus brinquedos. Tudo. A minha escola.
Nem o fato de a batalha de Mosul estar chegando ao fim serve de alento
em um curto prazo. Sem quaisquer meios para se sustentar e sem casa para
retornar, a família de Ahlam corre risco de ficar presa no acampamento
durante os próximos anos. Onde entra a infância da menina?
A Save the Children fez um ranking para mapear os países que mais
impedem as crianças de desfrutarem da infância. O Iraque, por exemplo,
está no 123º lugar entre 172 países. Conclusão: há países piores do que o
Iraque...No levantamento, constatou-se que 28 milhões passaram por
deslocamentos forçados.
Pelo menos 700 milhões de crianças estão impossibilitadas de exercer o
direito de serem crianças, por causa dos efeitos dos conflitos, do
trabalho infantil, do casamento precoce e da falta de acesso à educação e
descuidados de saúde, de acordo com o relatório.
A cada ano, oito milhões de crianças morrem. E uma a cada seis não está
recebendo a educação adequada para ser a base de suas vidas. Sem
divertimento, sem educação, sem esperança. Até quando?
Kevin Watkins, diretor executivo da Save the Children, dá sua explicação:
— Em 2015, o mundo fez uma promessa de que, até 2030, todas as crianças estariam na escola, protegidas e saudáveis, independentemente de quem sejam e onde vivem. Embora esta seja uma meta ambiciosa, é alcançável se os governos investirem em todas as crianças para garantir que elas tenham a infância plena, que merecem.
— Em 2015, o mundo fez uma promessa de que, até 2030, todas as crianças estariam na escola, protegidas e saudáveis, independentemente de quem sejam e onde vivem. Embora esta seja uma meta ambiciosa, é alcançável se os governos investirem em todas as crianças para garantir que elas tenham a infância plena, que merecem.
Ele disse isso nesta quinta-feira, referindo-se também à data de 1 de
junho, o Dia Internacional da Criança.
Que, em outras palavras, deveria
ser a mesma coisa que "todo dia".
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