domingo, 4 de junho de 2017

Crack avança e treze cidades têm sinal de alerta contra a droga na região

Mapa da Confederação Nacional de Municípios aponta ainda que 12 cidades têm nível médio de problemas relacionados ao uso de crack. 

Usuários de crack moram em ruas do centro de Goiânia Goiás (Foto: Reprodução) 
Usuários de crack moram em ruas do centro de Goiânia Goiás (Foto: Reprodução) 
 
Treze cidades do Vale e região têm índice considerado alto de problemas relacionados ao uso de crack. Isso é o que aponta o 'Mapa do Crack', elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e que traz informações de municípios de todo país. 

O órgão traça a classificação com base em dados fornecidos pelos próprios municípios em um questionário - entre as informações fornecidas estão estimativa de usuários, apreensões da droga, uso em escolas e aglomerações urbanas de usuários. 

Aparecida, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Caraguatatuba, Caçapava, Cunha, Guaratinguetá, Ilhabela, Lorena, Pindamonhangaba, Santa Branca e Taubaté figuram no mapa com classificação de alta incidência. A escala varia de alta a sem problemas. 

Com nível médio de alerta estão Bananal, Cachoeira Paulista, Igaratá, Lavrinhas, Natividade da Serra, Nazaré Paulista, Potim, Queluz, Silveiras, São José do Barreiro, São Sebastião e Tremembé. 

Na região, não forneceram dados para o estudo apenas Canas, Cruzeiro, Jacareí, Joanópolis, Piquete, Jambeiro, Lagoinha, Roseira, São Bento do Sapucaí, Ubatuba e Vargem. 

O objetivo do mapa é trazer ao debate a necessidade de medidas públicas para o atendimento ao usuário e combate ao tráfico. 

“Com a alimentação da base de dados as cidades podem identificar os problemas e fazer uma análise do impacto disso no município. Isso traz para o debate o uso do crack. Muito se fala em cracolândias agora, mas esse é um problema antigo e que precisa da atenção pública. E não está restrito apenas às capitais“, explica Pauli Zilcoski, presidente da confederação.

São José dos Campos

Na última semana, a prefeitura de São José dos Campos e a PM fizeram uma ofensiva contra as cracolândias na cidade – são pelo menos seis pontos considerados críticos e que foram alvo de ação na última terça (30). A cidade, no entanto, foi avaliada com baixo índice de alerta para a droga. 

Um dos principais pontos de aglomeração de usuários de pedra é na antiga área do Pinheirinho e no casarão abandonado da avenida Nelson D’Ávila. 

Por nota, a prefeitura afirmou sobre o indicador que o questionário que embasou a classificação foi preenchido pela gestão anterior e que usa dados de um levantamento nacional para nortear as ações sobre o problema de uso de drogas no município.

Outro lado

O G1 procurou as 13 prefeituras com índice de alerta alto, segundo o mapa. Quatro informaram as ações que têm adotado para enfrentar o avanço do crack. 

Segundo a prefeitura de Taubaté, foram cadastrados pela prefeitura 325 usuários de drogas neste ano. Destes, em torno de 40% são usuários de crack. 

O governo informou que tem feito o atendimento aos usuários pelo Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e outras Drogas) e trabalho preventivo com a orientação sobre drogas em escolas e ampliação de programas aos jovens e adolescentes com a Secretaria de Esportes. 

A Prefeitura de Aparecida informou que vem adotando medidas de conscientização, atenção e apoio aos dependentes químicos, em especial aos dependentes de crack por meio do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Informou ainda que atua nas escolas com orientação para o combate ao uso de drogas.
Apesar do mapa ser alimentado com informações fornecidas pela prefeitura, Cunha informou que não há casos na cidade. Disse que há 19 dependentes químicos em atendimento pela Assistência Social da cidade, mas nenhum deles é usuário de crack.
A prefeitura de Lorena informou que tem desenvolvido ações junto às secretarias de Assistência Social, Saúde e Segurança. A ação faz abordagens na rua e acolhe os usuários que optem pelo tratamento para a Casa da Acolhida ou Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Informou ainda que tem feito orientação contra o uso de entorpecentes nas escolas.
Atibaia informou que criou, em março, um gabinete para gestão integrada da segurança pública e que tem discutido ações de combate e conscientização contra as drogas. Sobre o combate nas ruas, o município informou que faz ações pontuais e que elas estão sendo intensificadas em locais considerados estratégicos, como praças. Disse ainda que faz ações em escolas com orientação sobre drogas para adolescentes.
O G1 procurou, por mail e telefone, entre segunda (29) e quarta-feira (31) as prefeituras de Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Caraguatatuba, Caçapava, Guaratinguetá, Ilhabela, Pindamonhangaba e Santa Branca. As administrações não retornaram o pedido de informações sobre as ações anticrack.

Fonte: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/crack-avanca-e-treze-cidades-tem-sinal-de-alerta-contra-droga-na-regiao.ghtml
 

 

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