Crack avança e treze cidades têm sinal de alerta contra a droga na região
Mapa da Confederação Nacional de Municípios aponta ainda que 12 cidades têm nível médio de problemas relacionados ao uso de crack.
Treze cidades do Vale e região têm índice considerado alto de problemas
relacionados ao uso de crack. Isso é o que aponta o 'Mapa do Crack',
elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e que traz
informações de municípios de todo país.
O órgão traça a classificação com base em dados fornecidos pelos
próprios municípios em um questionário - entre as informações fornecidas
estão estimativa de usuários, apreensões da droga, uso em escolas e
aglomerações urbanas de usuários.
Aparecida, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista,
Caraguatatuba, Caçapava, Cunha, Guaratinguetá, Ilhabela, Lorena,
Pindamonhangaba, Santa Branca e Taubaté figuram no mapa com
classificação de alta incidência. A escala varia de alta a sem
problemas.
Com nível médio de alerta estão Bananal, Cachoeira Paulista, Igaratá,
Lavrinhas, Natividade da Serra, Nazaré Paulista, Potim, Queluz,
Silveiras, São José do Barreiro, São Sebastião e Tremembé.
Na região, não forneceram dados para o estudo apenas Canas, Cruzeiro,
Jacareí, Joanópolis, Piquete, Jambeiro, Lagoinha, Roseira, São Bento do
Sapucaí, Ubatuba e Vargem.
O objetivo do mapa é trazer ao debate a necessidade de medidas públicas para o atendimento ao usuário e combate ao tráfico.
“Com a alimentação da base de dados as cidades podem identificar os
problemas e fazer uma análise do impacto disso no município. Isso traz
para o debate o uso do crack. Muito se fala em cracolândias agora, mas
esse é um problema antigo e que precisa da atenção pública. E não está
restrito apenas às capitais“, explica Pauli Zilcoski, presidente da
confederação.
São José dos Campos
Na última semana, a prefeitura de São José dos Campos e a PM fizeram uma ofensiva contra as cracolândias na cidade
– são pelo menos seis pontos considerados críticos e que foram alvo de
ação na última terça (30). A cidade, no entanto, foi avaliada com baixo
índice de alerta para a droga.
Um dos principais pontos de aglomeração de usuários de pedra é na
antiga área do Pinheirinho e no casarão abandonado da avenida Nelson
D’Ávila.
Por nota, a prefeitura afirmou sobre o indicador que o questionário que
embasou a classificação foi preenchido pela gestão anterior e que usa
dados de um levantamento nacional para nortear as ações sobre o problema
de uso de drogas no município.
Outro lado
O G1
procurou as 13 prefeituras com índice de alerta alto, segundo o mapa.
Quatro informaram as ações que têm adotado para enfrentar o avanço do
crack.
Segundo a prefeitura de Taubaté, foram cadastrados pela prefeitura 325
usuários de drogas neste ano. Destes, em torno de 40% são usuários de
crack.
O governo informou que tem feito o atendimento aos usuários pelo Caps
AD (Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e outras Drogas) e trabalho
preventivo com a orientação sobre drogas em escolas e ampliação de
programas aos jovens e adolescentes com a Secretaria de Esportes.
A Prefeitura de Aparecida informou que vem adotando medidas de
conscientização, atenção e apoio aos dependentes químicos, em especial
aos dependentes de crack por meio do CREAS (Centro de Referência
Especializado de Assistência Social) e do CAPS (Centro de Atenção
Psicossocial). Informou ainda que atua nas escolas com orientação para o
combate ao uso de drogas.
Apesar do mapa ser alimentado com informações fornecidas pela
prefeitura, Cunha informou que não há casos na cidade. Disse que há 19
dependentes químicos em atendimento pela Assistência Social da cidade, mas
nenhum deles é usuário de crack.
A prefeitura de Lorena informou que tem desenvolvido ações junto às
secretarias de Assistência Social, Saúde e Segurança. A ação faz
abordagens na rua e acolhe os usuários que optem pelo tratamento para a
Casa da Acolhida ou Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Informou
ainda que tem feito orientação contra o uso de entorpecentes nas
escolas.
Atibaia informou que criou, em março, um gabinete para gestão integrada
da segurança pública e que tem discutido ações de combate e
conscientização contra as drogas. Sobre o combate nas ruas, o município
informou que faz ações pontuais e que elas estão sendo intensificadas em
locais considerados estratégicos, como praças. Disse ainda que faz
ações em escolas com orientação sobre drogas para adolescentes.
O G1
procurou, por mail e telefone, entre segunda (29) e quarta-feira (31)
as prefeituras de Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista,
Caraguatatuba, Caçapava, Guaratinguetá, Ilhabela, Pindamonhangaba e
Santa Branca. As administrações não retornaram o pedido de informações
sobre as ações anticrack.
Fonte: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/crack-avanca-e-treze-cidades-tem-sinal-de-alerta-contra-droga-na-regiao.ghtml
Fonte: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/crack-avanca-e-treze-cidades-tem-sinal-de-alerta-contra-droga-na-regiao.ghtml
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