May diz que muitos dos feridos estão em estado crítico e atribui atentado ao extremismo
Premiê britânica fez pronunciamento após reunião com o comitê de segurança, em Londres. Capital britânica foi alvo de ataques terroristas na noite de sábado.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou neste domingo
(4) que "muitos" dos quase 50 feridos nos atentados da noite de sábado
em Londres estão em estado "crítico". No ataque, registrado na região da London Bridge, sete pessoas morreram e três terroristas suspeitos de realizar o ataque foram abatidos pela Polícia.
A premiê falou à imprensa após se reunir com o comitê de segurança na
manhã deste domingo e atribuiu o atentado ao "extremismo islamita".
May pediu união para conter o terrorismo extremista. "Temos que ter uma
estratégia robusta. Temos que revisar a estratégia contra-terrorista no
Reino Unido. Se tivermos que aumentar as penas, faremos isso.
Chegou a
hora de dizer: basta. Nossa sociedade precisa continuar com os nossos
valores".
May disse que o país enfrenta "uma nova forma de ameaça", na qual os
autores dos atentados "copiam uns aos outros" e se inspiram em "uma
ideologia do mal do extremismo islamita".
Durante o pronunciamento, a premiê lembrou que o atentado de sábado à noite foi o terceiro no Reino Unido nos últimos três meses.
"Nós não podemos permitir que eles continuem agindo, as coisas precisam
mudar, embora esses últimos ataques não estejam conectados, estão
unidos pelo extremismo do islã, é uma ideologia que ataca os valores de
liberdade ocidental", comentou.
Eleições gerais
May confirmou que as eleições gerais, programadas para quinta-feira
(8), estão mantidas e não deverão ser adiadas. Entretanto, afirmou que a
campanha de ao menos dois partidos, incluindo o Partido Conservador,
foram interrompidas neste domingo.
"O Partido Conservador não fará campanha nacional hoje. Vamos avaliar a
situação durante o dia", afirmou um porta-voz da formação. O líder do
opositor Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou em um comunicado
que seu partido também suspenderá todos os atos eleitorais a nível
nacional "como demonstração de respeito aos falecidos e aos feridos".
Também decidiram suspender a campanha o Partido Nacional Escocês (SNP) e
o Partido Liberal-Democrata. O líder do partido antieuropeu UKIP, Paul
Nuttall, foi o único que não suspendeu a campanha, porque, segundo ele,
"é exatamente o que os extremistas querem que façamos".
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