Registrado pela primeira vez no Rio Grande do Sul, no município de Rolante, o Mormo é uma doença infecciosa que acomete, principalmente, os equinos. É uma enfermidade causada pela bactéria Burkholderia mallei e se manifesta por um corrimento viscoso nas narinas, com a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, nos gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre, fraqueza, secreção amarelada, que pode se tornar sanguinolenta, e dispneia. Não tem tratamento e o animal é sacrificado. O mormo é transmitido pelo contato com o material infectante, seja diretamente com secreções do doente ou indiretamente por meio de fômites, bebedouros, comedouros e equipamentos contaminados. Pode ser transmitida aos homens e a outros animais. Os principais hospedeiros são os equinos, muares e asininos. Já foi relatada em cães, gatos, ovinos, caprinos e camelos. Bovinos, suínos e aves são resistentes. Em animais pode se manifestar logo após a infecção ou tornar-se latente. Em humanos o período de incubação varia de poucos dias a meses, sendo usualmente de 1-14 dias. O ser humano normalmente se infecta pelo contato com animais doentes, fômites contaminados, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. Pode ser considerada uma doença ocupacional, visto acometer, principalmente, trabalhadores, tratadores, médicos veterinários, trabalhadores de frigoríficos, pesquisadores e laboratoristas. Porém, também pode acometer proprietários de animais e outras pessoas. A transmissão ocorre por meio de feridas e abrasões na pele. O indivíduo apresenta-se febril, com pústulas cutâneas, edema de septo nasal, pneumonia e abscessos em diversas partes do corpo. É uma zoonos e de difícil tratamento, sendo, quase sempre, fatal. A bactéria é rapidamente inativada pelo calor, raios solares diretos e é sensível aos desinfetantes comuns como hipoclorito de sódio. Porém, sua sobrevivência pode ser prolongada em ambientes molhados e úmidos. A doença não tem vacina e nem tratamento. Animais positivos são sacrificados. Uma das formas de prevenção é evitar o contato com outros animais doentes, mantendo os exames sempre em dia e evitando locais de aglomerações de animais onde não haja fiscalização e controle nas áreas de risco.
Fonte: http://www.crmvrs.gov.br/NT_06_2015_Mormo_no_RS.pdf
20/08/2015 16h53
- Atualizado em
20/08/2015 18h21
Hospital suspeita de caso de doença do mormo em humano no RS
Jovem foi internado após sofrer intoxicação em Santana do Livramento.
Segundo hospital, ele apresenta sintomas compatíveis com a enfermidade.
A Santa Casa de Santana do Livramento,
na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, aguarda o resultado de um
exame que pode constatar o primeiro caso de infecção pela bactéria
causadora da doença do mormo em um ser humano registrado no estado desde
o surgimento de um foco da enfermidade em junho deste ano. O paciente
com suspeita da doença, um trabalhador rural de 19 anos, está internado
na instituição em estado gravíssimo.
O jovem foi internado na última segunda-feira (17) após ter sofrido uma intoxicação por um pesticida. Segundo o diretor técnico do hospital, Antônio Cabrera, ele apresentou sintomas compatíveis com a doença do mormo. Cabrera não descarta que ele tenha sido infectado pela bactéria, e mas afirma que foi coletado sangue e que o resultado do exame que vai confirmar ou descartar a doença deve ficar pronto em até 96 horas.
"Ele tem 21,7 mil leucócitos, o que marca que ele tem uma infecção por bactéria. Isto é uma bactéria do grupo da pseudomona, a pseudomona mallei, exatamente a que dá essa doença. Existe a possibilidade do mormo, que eu não posso descartar", disse Cabrera.
O mormo provoca problemas respiratórios nos equinos e pode ser transmitido para seres humanos, podendo levar à morte. A doença era considerada erradicada do Estado, até o aparecimento do primeiro caso em junho em Rolante, no Vale do Paranhana. Por causa do mormo, pelo menos seis cidades do Rio Grande do Sul já cancelaram o desfile de 20 de Setembro. Pelo menos 11 casos suspeitos de contágio em equinos estão em análise no estado.
Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/08/hospital-suspeita-de-caso-de-doenca-do-mormo-em-humano-no-rs.html
O jovem foi internado na última segunda-feira (17) após ter sofrido uma intoxicação por um pesticida. Segundo o diretor técnico do hospital, Antônio Cabrera, ele apresentou sintomas compatíveis com a doença do mormo. Cabrera não descarta que ele tenha sido infectado pela bactéria, e mas afirma que foi coletado sangue e que o resultado do exame que vai confirmar ou descartar a doença deve ficar pronto em até 96 horas.
"Ele tem 21,7 mil leucócitos, o que marca que ele tem uma infecção por bactéria. Isto é uma bactéria do grupo da pseudomona, a pseudomona mallei, exatamente a que dá essa doença. Existe a possibilidade do mormo, que eu não posso descartar", disse Cabrera.
O mormo provoca problemas respiratórios nos equinos e pode ser transmitido para seres humanos, podendo levar à morte. A doença era considerada erradicada do Estado, até o aparecimento do primeiro caso em junho em Rolante, no Vale do Paranhana. Por causa do mormo, pelo menos seis cidades do Rio Grande do Sul já cancelaram o desfile de 20 de Setembro. Pelo menos 11 casos suspeitos de contágio em equinos estão em análise no estado.
Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/08/hospital-suspeita-de-caso-de-doenca-do-mormo-em-humano-no-rs.html
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