Crianças aprendem na sala de aula a fazer armadilhas para Aedes aegypti
Armadilha é feita com garrafa pet cortada ao meio com uma rede.
'Projeto serve para crianças verem o risco de água parada', diz professor.
Para incentivar o combate ao Aedes aegypti, o professor de biologia Valter José Almeida ensinou seus alunos de 11 anos, de uma escola em Itapetininga (SP), a criarem armadilhas para o mosquito usando uma garrafa pet cortada ao meio com água e, em seu interior, uma rede.
De acordo com o professor, as armadilhas são como um funil, onde o mosquito vai despejar a larva na água parada. Porém, devido à rede colocada, a larva não vai conseguir crescer e sair da garrafa. “O mosquito pode despejar as larvas na água, mas essas larvas não conseguem crescer e sair. Esse projeto serve para mostrar às crianças o risco de manter água parada, já que em poucos dias a fêmea do mosquito já deposita os filhotes”, afirma o professor.
Crianças aprendem a fazer armadilhas e
repelentes (Foto: Divulgação/Objetivo)
repelentes (Foto: Divulgação/Objetivo)
As garrafas foram colocadas no Colégio Objetivo, que é rodeado por uma mata nativa do Parque Ecológico da Vila Nastri. A aluna Sofia Andrade, de 11 anos, foi uma das estudantes que aprendeu a fazer as armadilhas e o repelente. Para ela, o ensinamento foi importante para ser aplicado dentro e fora da sala.
"Gostei muito desta aula porque ela nos ensinou como pegar as larvas do mosquito da dengue. Já testamos as armadilhas e elas realmente funcionam”, relata.
Ainda segundo a estudante, toda a sala se uniu para aprender e o mais interessante é que o conhecimento também pode ser levado para fora da escola. "Todos os meus colegas participaram e, quando contei aos meus pais sobre as armadilhas, eles acharam muito legal. Agora, nós pretendemos fazer em casa”, completa Sofia.
De acordo o professor, os alunos também aprenderam a fazer repelente natural feito com óleo, álcool e cravo e, nas próximas aulas, vão receber mudas de citronelas que podem ser plantadas em vasos para afastar os mosquitos. “Com essa ferramenta, mostramos aos estudantes a importância de conhecer o ciclo de vida desse inseto", ressalta Valter.
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