Pesquisadores corrigem doença rara com nova técnica de edição do DNA
Mecanismo chamado de Crispr é nova promessa para facilitar terapias genéticas e corrigir mutações.
Desde sua descoberta, a nova técnica de edição de DNA, o Crispr, é uma
esperança para prevenção de doenças. Os pesquisadores a utilizaram para
corrigir as mutações que causam uma doença de imunodeficiência rara - a
doença granulomatosa crônica (CGD, sigla em inglês). O artigo foi
publicado nesta quarta-feira (11), na revista científica "Science
Translational Medicine".
Essa condição é uma aflição genética que mina a capacidade das crianças
de combater as infecções causadas por fungos ou bactérias e que se
manifesta na forma de abscessos supurativos (granulomas) na pele e nos
pulmões.
Já a edição de DNA com o Crispr é tida como um dos maiores avanços
científicos recentes. Após cientistas conseguirem aprimorá-la para uso
prático em 2012, em 2015 sua popularidade explodiu e seus usos são
incontáveis. Já foi usada para alterar o genoma de embriões humanos,
criar cães extramusculosos, porcos que não contraem viroses, amendoins
antialérgicos e trigo resistente a pragas.
Usando tal mecanismo, Suk See De Ravin e seus colegas aplicaram o novo
método para a correção da mutação. A CGD é causada por defeitos na
proteína NOX2, molécula chave do sistema imunológico. Os pesquisadores
repararam a mutação da NOX2 em células de pacientes e as implantaram em
camundongos, o que não causou efeitos colaterais.
De acordo com os estudiosos, com o tempo, a terapia genética baseada na
técnica Crispr pode oferecer uma nova estratégia para a CGD, assim como
para outras doenças do sangue.
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