Testes em humanos comprovam eficiência de nova vacina contra a malária
Pesquisadores modificaram geneticamente o parasita e fizeram versão enfraquecida para estimular resposta imunológica.
Um estudo com voluntários demonstrou a eficiência e segurança de uma
nova vacina contra a malária - até hoje não existe uma opção homologada
contra a doença. De acordo com o artigo, publicado na revista “Science
Translational Medicine”, a vacina estimula uma resposta imunológica
apropriada e apresenta uma boa tolerância em seres humanos.
A malária é causada por um parasita do gênero Plasmodium, transmitida
pela picada de mosquitos. A infecção ocorre primeiro no fígado e depois
no sangue - são mais de 200 milhões de casos ao ano e 500 mil mortes, de
acordo com os dados de 2015.
A nova vacina usa o parasita geneticamente modificado e enfraquecido.
Três genes específicos são removidos - justamente aqueles que são
necessários para que a infecção tenha sucesso em humanos. Com isso, os
parasitas ficam impossibilitados de se reproduzir no fígado, mas estão
vivos para estimular uma resposta do sistema imunológico.
Tal vacina é de vírus atenuado, nome dado à técnica já usada por
cientistas desde uma criação de Edward Jenner contra a varíola em 1796.
No entanto, as vacinas anteriores de mesmo tipo eram em maioria feitas
com o cultivo de vírus e bactérias em cultura durante longos períodos.
Essa nova contra a malária se diferencia por usar engenharia genética em
sua criação.
Outra vacina
Em junho de 2016, um estudo publicado pela revista "The New England Journal of Medicine" concluiu que a vacina experimental RTS,S, a mais avançada contra a malária até o momento, perdia grande parte da sua eficácia após alguns anos.
Os pesquisadores também apontaram que a proteção diminuía mais
rapidamente em pessoas que vivem em zonas onde os índices de malária são
maiores que a média.
Durante o primeiro ano, a taxa de proteção das crianças vacinadas
contra a malária foi de 35,9%. Porém, quatro anos depois, essa taxa caiu
para 2,5%. Em média, ao longo de sete anos, a vacina foi considerada
apenas 4,4% efetiva contra a doença.
Nenhum comentário :
Postar um comentário