Quase metade dos casos notificados de febre amarela foram descartados, diz ministério
Das 3.175 suspeitas recebidas pelos órgãos de saúde, 1.797 foram descartadas; desde o início do surto, 259 óbitos foram confirmados.
Quase metade dos casos notificados aos órgãos de saúde foram
descartados após análise laboratorial para febre amarela, de acordo com
boletim divulgado pelo ministério da saúde nesta sexta-feira (12). Das
3.175 suspeitas de pacientes com a doença, 1.787 não tinham relação com a
doença.
Os dados foram contabilizados até a última quarta-feira (10). Desde o
início do surto, em dezembro do ano passado, 259 mortes foram
confirmadas devido à febre amarela, em 116 municípios brasileiros.
Outros 47 óbitos estão sob investigação, e 115 tiveram a relação com a
doença descartada.
O número de casos confirmados, com comprovação laboratorial para o
vírus da febre amarela, chegou a 756. Outros 622 registros ainda estão
sendo investigados pelos órgãos de saúde.
De acordo com o ministério, o Brasil vive o maior surto de febre
amarela das últimas décadas. Os estados mais afetados são Minas Gerais e
Espírito Santo, com 488 e 234 casos confirmados, respectivamente.
Até então, o governo categoriza o surto como silvestre. Isso significa
que os pacientes estão sendo infectados em regiões de mata e/ou rurais,
com transmissão pelos mosquitos Sabethes e Haemagogus. A febre amarela
também pode ser transmitida pelo Aedes aegypti nas áreas urbanas,
conhecido devido a dengue, à zika e à chikungunya, mas, de acordo com os
órgão de saúde, a doença não chegou às cidades.
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