Sobreviventes do Holocausto têm risco elevado de câncer, diz estudo
Resultados de pesquisa mostram como tragédias extremas podem ter um impacto na saúde.
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Mulher observa Memorial do Holocausto em Berlim, na Alemanha. (Foto: AP )
Os sobreviventes do Holocausto têm um consistente risco de desenvolver
câncer, de acordo com pesquisa publicada nesta segunda-feira (10),
revisada pela Sociedade Americana do Câncer e publicada pela revista
"Cancer".
O pesquisador Siegal Sadetzki, do Centro Médico Chaim Sheba, em Israel,
se reuniu com seus colegas em um estudo que queria responder se a fome,
a superlotação, as doenças infecciosas e o estresse psicológico dos
sobreviventes ao Holocausto teria contribuído para o surgimento de algum
tipo de câncer.
Para a investigação, o grupo estudou 152.622 sobreviventes que foram
analisados por mais de 45 anos. O câncer foi diagnosticado em 22%
daqueles que receberam uma compensação pelos sofrimento causado, e de
16% daqueles que não receberam qualquer tipo de compensação.
"Os dados enfatizam a importância de aprender sobre o efeito combinado
de várias exposições que ocorrem intensamente e ao mesmo tempo para o
risco de câncer, como as que ocorreram, infelizmente, na Segunda
Guerra", disse Sadetzki.
Junto ao estudo, um editorial foi escrito pelos autores e diz que as
associações relatadas entre a extrema privação vivida pelos sobrevivente
e o risco de câncer também podem ser paralelas com outros eventos
extremos, como o preconceito sofrido por grupos minoritários raciais e
étnicos.
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