26/05/2016 14h54
- Atualizado em
26/05/2016 14h54
Maioria das mortes por H1N1 em MS era de pessoas com doença crônica
Segundo Secretaria de Saúde, foram confirmadas 24 mortes por gripe A.
Pessoas que fazem parte do grupo de risco não conseguiram vacina.
A maioria das mortes por H1N1 eram de pessoas com doença crônica. Em Mato Grosso do Sul
já foram confirmadas 24 mortes por H1N1 em 2016. Mesmo assim, pacientes
que fazem parte do grupo de risco não conseguiram se imunizar por falta
de vacinas. O Ministério Público do Estado (MP-MS) instaurou inquérito
para apurar a distribuição das doses em Campo Grande.Isabel Amendola tem diabetes e pressão alta, toma vários remédios por dia. Ela é uma das pessoas que faz parte do grupo de risco que tem direito a imunização, mas ela não conseguiu a vacina na rede pública.
“Fui no posto do Vila Almeida e falaram que as doses que tinham eram para as pessoas que estavam na fila.
Falara que ia chegar mais, mas quando eu voltei à tarde, tinha acabado”, disse Isabel.
As pessoas com doenças crônicas normalmente tem baixa imunidade o que facilita desenvolver a gripe H1N1. Os dois últimos casos de morte pela doença em Campo Grande tinham doenças crônicas. O professor Edevaldo Souza Prado, de 57 anos, que morreu na última semana, era hipertenso e Marlene Hashimoto, que morreu na quarta-feira (25) era renal crônica.
“A mesma doença para uma pessoa saudável e uma que tem enfisema, por exemplo, podem receber a mesma quantidade de vírus com a mesma importância de gravidade. Mas uma pessoa saudável vai conseguir combater e passar como se tivesse tido um resfriado, já uma pessoa que tem a imunidade comprometida, o vírus vai conseguir se alastrar, daí por atingir a corrente sanguínea, os pulmões e dar as complicações”, explicou a médica pneumologista, Andrea Cunha.
A médica explica ainda que a doença pode se desenvolver rápido, agravando o estado de saúde e levar até a morte. Por isso, a prevenção é fundamental.
Para isso, o Ministério Público fez uma recomendação ao município para que se desenvolva campanhas de conscientização em escolas, creches e abrigos de idosos, sobre a gripe e as medidas de prevenção. O prazo estipulado foi de 10 dias.
“Afim de orientar as medidas de prevenção para a defesa pessoal em relação ao vírus H1N1”, afirmou a promotora de Justiça Filomena Fluminhan.
Fonte: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/05/maioria-das-mortes-por-h1n1-em-ms-era-de-pessoas-com-doenca-cronica.html
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