quinta-feira, 22 de setembro de 2016


21/09/2016 05h00 - Atualizado em 21/09/2016 05h00

Estudo traz esperança para pacientes com ictiose, doença de pele rara

Cientistas descobriram via do sistema imune envolvida na doença.
Descoberta levará a ensaio clínico com droga já usada em psoríase.

Do G1, em São Paulo
Pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, desvendaram o mecanismo por trás de uma doença de pele rara que causa um grande impacto na vida do paciente.

A ictiose é provocada por uma mutação genética, que deixa a pele muito seca. Por causa desse ressecamento, a pele descama e fica com crostas parecidas com escamas.

A cientista Amy Paller, que estuda há 30 anos o distúrbio, descobriu que uma via (forma de reação) do sistema imunológico, chamada Th17, é muito ativa nesses pacientes e, quanto maior a atividade dessa via, maior a gravidade da doença.

A pesquisa, que foi feita em conjunto com a pesquisadora Emma Guttman-Yassky, da Escola de Medicina Monte Sinai, teve os resultados publicados este mês na revista "Journal of Allergy and Clinical Immunology".

Ensaio clínico com droga
Ao descobrir o caminho exato pelo qual os sintomas são produzidos, os pesquisadores selecionaram uma droga que já existe, o secuquinumabe, usado em outra doença de pele que também está relacionada à via Th17 do sistema imunológico: a psoríase.

A expectativa é que o medicamento seja ainda mais eficaz para ictiose, por isso a pesquisadora Amy Paller deve lançar um estudo clínico para testar a droga para pacientes com a doença.

"Esses pacientes ficam muito desfigurados por essa doença de pele", diz Amy. "Pode ser doloroso, causar coceira e infeccionar facilmente. Eles podem ter dificuldade de usar as mãos e andar."

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/09/estudo-traz-esperanca-para-pacientes-com-ictiose-doenca-de-pele-rara.html

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