Megarrampa, bailarina biamputada e queda de ex-atleta trazem mensagens de superação nas Paralimpíadas
Dono de 13 medalhas paralímpicas, nadador Clodoaldo Silva acendeu a pira no Maracanã
Coube ao nadador Clodoaldo Silva, ícone do movimento paralímpico mundial, acender a pira no Maracanã
REUTERS
A cerimônia começou com uma performance de tirar o fôlego. O cadeirante Aaron Wheelz saltou de uma megarrampa (17 metros de altura) e executou uma manobra de 360º, antes de atravessar um círculo de fogo. Em três horas, a festa fugiu dos esteriótipos, que normalmente ligam os atletas paralímpicos a imagem de heróis e mostrou que a capacidade do ser humano não tem limites.
O gramado do Maracanã virou uma grande roda de samba. Artistas renomados da música brasileira, como Maria Rita, Xande de Pilares e Diogo Nogueira homenagearam os cadeirantes.
Durante a entrada dos atletas, ainda foi formada uma obra de arte gigante. As placas com os nomes dos países funcionaram como uma peça de quebra-cabeça. À medida em que as delegações entravam, a peça, que trazia impressa os rostos de todos os atletas paralimpícos, era depositada no centro do estádio. No final, um dos diretores artísticos da cerimônia, Vik Muniz, encaixou a última placa com o nome do Brasil. E num show de projeções, o grande quebra-cabeça se tornou um coração pulsante e emocionou a plateia.
Experiência multissensorial encantou o público
REUTERS/Ueslei Marcelino
Outro ponto alto da noite foi a experiência multissensorial oferecida ao
público, com a intenção de mostrar a realidade do atleta paralímpico.
Durante o show, a luz do Maracanã foi totalmente apagada e refletores
direcionados para a arquibancada. Nesse momento, bailarinos entraram com
guias luminosas no palco e, com uma coreografia, enquanto os
espectadores experimentavam falta de nitidez na visão.
O público foi à loucura com a apresentação da atriz e modelo Amy Purdy. Com duas próteses fabricadas em impressora 3D caseira, a norte-americana biamputada dançou com um robô de alta performance usado em segmentos industriais, representando a interação entre mulher e máquina. A apresentação mostrou o quanto a tecnoclogia é importante para o homem, mas que não é capaz de superá-lo.
Para fechar a noite, o último revezamento da tocha foi marcado por forte emoção. Com dificuldade, a ex-atleta Márcia Malsar carregou o fogo olímpico. Ela caiu durante o trajeto e deu um susto no público. Ao se levantar e seguir em frente, foi aplaudida de pé.
Apesar da chuva apertar no Maracanã, o brilho da festa não foi apagado.
Antes de acender a pira, o ícone do movimento paralímpico brasileiro, o
nadador Clodoaldo Silva se deparou com uma escadaria no palco.
A ideia era criticar a falta de acessibilidade dos espaços públicos. Contudo, ao contrário da vida real, a escada se transformou numa rampa, que possibilitou o nadador chegar até a pira e finalmente abrir os Jogos.
Com a participação de 2 mil voluntários, a cerimônia teve a direção criativa assinada pelo artista plástico Vik Muniz, o jornalista Marcelo Rubens Paiva e o designer Fred Gelli.
Atletas de 162 países disputam os Jogos Paralímpicos, que vão até o dia 18 de setembro.
O público foi à loucura com a apresentação da atriz e modelo Amy Purdy. Com duas próteses fabricadas em impressora 3D caseira, a norte-americana biamputada dançou com um robô de alta performance usado em segmentos industriais, representando a interação entre mulher e máquina. A apresentação mostrou o quanto a tecnoclogia é importante para o homem, mas que não é capaz de superá-lo.
Para fechar a noite, o último revezamento da tocha foi marcado por forte emoção. Com dificuldade, a ex-atleta Márcia Malsar carregou o fogo olímpico. Ela caiu durante o trajeto e deu um susto no público. Ao se levantar e seguir em frente, foi aplaudida de pé.
Com duas próteses fabricadas em um impressora 3D caseira, a norte-americana biamputada dançou com um robô
REUTERS/Sergio Moraes
A ideia era criticar a falta de acessibilidade dos espaços públicos. Contudo, ao contrário da vida real, a escada se transformou numa rampa, que possibilitou o nadador chegar até a pira e finalmente abrir os Jogos.
Com a participação de 2 mil voluntários, a cerimônia teve a direção criativa assinada pelo artista plástico Vik Muniz, o jornalista Marcelo Rubens Paiva e o designer Fred Gelli.
Atletas de 162 países disputam os Jogos Paralímpicos, que vão até o dia 18 de setembro.
Após o sucesso dos Jogos Olímpicos, chegou a vez dos atletas
paralímpicos agitarem o Rio de Janeiro. Na noite desta quarta-feira (7),
no estádio do Maracanã completamente lotado, aconteceu a cerimônia de
abertura da Paralimpíada Rio 2016.
Nenhum comentário :
Postar um comentário