Ministério da Saúde reduz exigência de número mínimo de médicos em UPA
Segundo Ministério, 165 UPAs não estão funcionando porque municípios não conseguem custear exigências mínimas, por isso regras devem ser flexibilizadas
O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (29), que vai
reduzir as exigências mínimas para funcionamento das Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs). De acordo com a nova regra, o número mínimo de
médicos para cada unidade passa a ser dois. Antes, a exigência era de no
mínimo quatro por unidade. Segundo a pasta, ficará a cargo dos
prefeitos decidirem quantos profissionais atenderão em cada UPA.
O ministério também vai flexibilizar as exigências mínimas de
equipamentos necessários para o funcionamento das UPAs: a partir da nova
resolução, equipamentos de laboratório e máquinas de raio-x poderão ser
compartilhados entre unidades de saúde locais. A portaria que
regulariza a flexibilização será publicada nesta sexta-feira (30).
UPAs fechadas
Segundo o ministério, 165 UPAs estão fechadas atualmente porque os
municípios não conseguem custear exigências mínimas necessárias. Além
disso, há cerca de 275 em construção. O objetivo da nova regra seria
colocar essas unidades em funcionamento, ainda que reduzindo o padrão
antes exigido.
Segundo o ministro Ricardo Barros, muitas destas unidades estão
praticamente prontas, mas não estão funcionando porque os municípios não
têm verba para mantê-las. “Depois que elas ficam prontas, os prefeitos
têm um prazo de até 90 dias para inaugurá-las. Muitos preferem paralisar
as obras quando elas estão quase prontas porque não têm dinheiro”, diz.
Barros defende que a nova regra não comprometerá o atendimento à
população. “É melhor ter dois médicos do que nenhum”, disse o ministro
se referindo às UPAs que estão fechadas. A regra, entretando, vale tanto
para as UPAs que hoje não estão funcionando quanto para as UPAs que
estão ativas.
Atualmente, há três tipos de UPA: o tipo 1, que conta com quatro
médicos e atende cerca de 4.500 pacientes, o tipo 2, que conta com seis
médicos e atende 7.500 pacientes e o tipo 3, com nove médicos e que
atende 13.500 pacientes. Com a flexibilização, os municípios terão
acesso a 8 tipos de UPA, sendo que o tipo 1 atenderia o mínimo de 2.500
pacientes.
“Estamos avançando. Claro que elas [as Unidades de Pronto Atendimento]
vão atender proporcionalmente.
Não vai sobrecarregar os médicos”,
esclareceu.
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