27.9.15
Depressão e suicídio em idosos
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Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia defende implantação de medidas que reduzam a prevalência da depressão e suicídio em idosos.
O Brasil possui atualmente mais de 20 milhões de idosos, representando 12% do total da população, de acordo com o IBGE.
Pesquisa publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria revela que 10% da população mundial idosa sofre de algum grau de depressão. O estudo internacional, conduzido pela Universidade de Sidney (Austrália), analisou idosos também no Rio de Janeiro, que apontou uma incidência de 15% de depressivos.
A depressão, geralmente associada a perdas acumuladas ao longo da vida, se tornou o principal fator da alta taxa de suicídio de homens e mulheres acima dos 70 anos.
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Nezilour Lobato Rodrigues, os sintomas ignorados são os definitivos.
Estatísticas do Ministério da Saúde mostram que as taxas de suicídio na população em geral no país passaram de 4 para 4,8 em 100 mil habitantes, de 1980 a 2008. O crescimento ocorreu principalmente na população masculina, na faixa acima dos 60 anos de idade.
Diversos fatores estão associados ao aumento do suicídio entre idosos de ambos os gêneros. Destacam-se as doenças degenerativas como Parkinson ou Alzheimer, a exposição prolongada à dor, luto pela perda de parentes referenciais, além de sentimento de isolamento e solidão.
Os idosos não comunicam sua intenção e planejamento suicida e eventualmente, quando comunicam, são menos ouvidos.
comenta a geriatra e presidente da SBGG. A falta de apoio familiar fortalece o empenho para tornar a tentativa de suicídio “bem-sucedida”. Enquanto em outras faixas etárias a relação fica na faixa de 100 a 200 tentativas para uma morte consumada, nos idosos ela é de 2 a 3, de acordo com os números oficiais.
Como o histórico de tentativas prévias de suicídio entre idosos é incomum, a SBGG destaca a importância da criação de medidas para a redução da prevalência da depressão. Entre elas, a busca de prevenção e tratamento das doenças crônicas; suporte social adequado e prevenção do isolamento social, além de meios de compensação para danos funcionais.
O Brasil possui atualmente mais de 20 milhões de idosos, representando 12% do total da população, de acordo com o IBGE.
idosos/foto |
Pesquisa publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria revela que 10% da população mundial idosa sofre de algum grau de depressão. O estudo internacional, conduzido pela Universidade de Sidney (Austrália), analisou idosos também no Rio de Janeiro, que apontou uma incidência de 15% de depressivos.
A depressão, geralmente associada a perdas acumuladas ao longo da vida, se tornou o principal fator da alta taxa de suicídio de homens e mulheres acima dos 70 anos.
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Nezilour Lobato Rodrigues, os sintomas ignorados são os definitivos.
“Comparado com outras faixas etárias, os idosos tendem a se queixar mais de sintomas somáticos e cognitivos do que de humor deprimido, sintomas afetivos ou culpa”, afirma.
Estatísticas do Ministério da Saúde mostram que as taxas de suicídio na população em geral no país passaram de 4 para 4,8 em 100 mil habitantes, de 1980 a 2008. O crescimento ocorreu principalmente na população masculina, na faixa acima dos 60 anos de idade.
Diversos fatores estão associados ao aumento do suicídio entre idosos de ambos os gêneros. Destacam-se as doenças degenerativas como Parkinson ou Alzheimer, a exposição prolongada à dor, luto pela perda de parentes referenciais, além de sentimento de isolamento e solidão.
Os idosos não comunicam sua intenção e planejamento suicida e eventualmente, quando comunicam, são menos ouvidos.
"Os idosos com depressão e seus familiares devem ser interrogados rotineiramente sobre pensamentos de morte e ideação suicida, já que o maior índice de suicídios registrados ocorre na população idosa, principalmente entre homens acima de 70 anos",
comenta a geriatra e presidente da SBGG. A falta de apoio familiar fortalece o empenho para tornar a tentativa de suicídio “bem-sucedida”. Enquanto em outras faixas etárias a relação fica na faixa de 100 a 200 tentativas para uma morte consumada, nos idosos ela é de 2 a 3, de acordo com os números oficiais.
Como o histórico de tentativas prévias de suicídio entre idosos é incomum, a SBGG destaca a importância da criação de medidas para a redução da prevalência da depressão. Entre elas, a busca de prevenção e tratamento das doenças crônicas; suporte social adequado e prevenção do isolamento social, além de meios de compensação para danos funcionais.
Fonte: http://www.saudecomciencia.com/2013/02/depressao-e-suicidio-em-idosos.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+saudecomciencia+%28saudecomciencia%29
Alimento com muita gordura está associado à depressão e ansiedade
As consequências da alimentação com muita
gordura sobre as condições metabólicas estão bem estabelecidas.
Obesidade, diabete tipo 2 e aterosclerose são desfechos bem conhecidos
deste tipo de padrão alimentar, tão comum nos dias de hoje.
Pesquisas recentes, utilizando tanto estudos
clínicos como modelos animais, demonstram uma associação entre estas
desordens metabólicas com alterações do humor, principalmente ansiedade e
depressão, levantando a possibilidade que ocorra uma ligação
bidirecional entre estes dois grupos de patologias. Um mecanismo de
conexão pode estar associado ao sistema regulador de serotonina, que é o
neurotransmissor cerebral alterado na depressão e ansiedade. Tanto a
diabete como alterações de insulina são fatores que modificam o sistema
serotoninérgico.
Um estudo recente, publicado online na revista científica British Journal of Pharmacology
investigou, em camundongos, a relação entre os distúrbios metabólicos
produzidos por uma dieta rica em gorduras com possíveis alterações
cerebrais que ocorrem na ansiedade e depressão. Para isso, os
pesquisadores administraram uma dieta rica em gorduras aos animais e
avaliaram tanto os parâmetros metabólicos quanto os comportamentos que
caracterizam ansiedade e depressão. No seguimento, foi testado, em
outros grupos de animais, se um fármaco antidepressivo ou a retirada da
dieta rica em gordura revertiam os efeitos metabólicos e as alterações
comportamentais.
Como era esperado, a dieta rica em gorduras
produziu um aumento no peso, aumentou o açúcar no sangue (glicemia) e
diminuiu a tolerância à glicose. Estas alterações metabólicas foram
associadas a comportamentos que caracterizam ansiedade e depressão. Os
animais apresentaram também uma redução nas concentrações de serotonina
em uma região do cérebro chamada hipocampo, onde níveis maiores estão
ligadas a um melhor humor.
Curiosamente, o uso de antidepressivo não
reverteu a ansiedade e depressão, ao passo que a retirada da dieta rica
em gorduras aboliu completamente as alterações metabólicas e reverteu a
depressão e ansiedade, mesmo que parcialmente.
Estes resultados poderiam explicar porque o
tratamento antidepressivo não tem efeito em alguns casos de pacientes
diabéticos ou obesos. Os resultados evidenciam também uma alteração
cerebral (redução da serotonina) que poderia ser o ponto de ligação
entre os dois tipos de doença.
Enquanto mais estudos estão sendo conduzidos
para tentar esclarecer completamente esta ligação seria prudente
reduzirmos nossa ingestão de gorduras, tão facilmente presente hoje na
nossa alimentação.
Autor: Equipe ABC da Saúde
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