quarta-feira, 30 de setembro de 2015

30/9/2015 às 11h14 (Atualizado em 30/9/2015 às 11h52)

OMS defende que todos os portadores de HIV devem receber antirretrovirais o mais rapidamente possível

De acordo com a organização, 37 milhões de pessoas no mundo inteiro precisariam estar em tratamento

Todas as pessoas com HIV deveriam receber medicamentos antirretrovirais o mais rapidamente possível após o diagnóstico, o que significa que 37 milhões de pessoas no mundo inteiro precisariam estar em tratamento, disse a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quarta-feira (30).
Ensaios clínicos recentes confirmaram que o uso precoce de medicamentes prolonga a vida das pessoas com o vírus da Aids e reduz o risco de transmissão da doença para parceiros, disse a OMS em um comunicado que estabelece um novo objetivo para seus 194 Estados membros.
Sob as diretrizes anteriores da OMS, que limitavam o tratamento às pessoas cuja contagem de células imunes tivesse caído abaixo de um determinado limiar, 28 milhões de pessoas eram consideradas elegíveis para a terapia antirretroviral.
Todas as pessoas em situação de risco "substancial" de contrair o HIV também devem receber a terapia preventiva, e não apenas os homens que fazem sexo com homens, disse a OMS.
"Todo mundo vivendo com HIV tem o direito a um tratamento para salvar vidas. As novas diretrizes são um passo muito importante no sentido de garantir que todas as pessoas que vivem com HIV tenham acesso imediato a tratamento antirretroviral", disse Michel Sidibe, diretor executivo da Unaids.
A medida levará a um aumento acentuado na demanda por medicamentos antirretrovirais que normalmente são dados como um coquetel de três drogas para evitar o risco de o vírus desenvolver resistência.
Os principais fornecedores de medicamentos para o HIV incluem a Gilead Sciences, a ViiV Healthcare, que é maioritariamente propriedade da GlaxoSmithKline, e vários fabricantes indianos de medicamentos genéricos.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/oms-defende-que-todos-os-portadores-de-hiv-devem-receber-antirretrovirais-o-mais-rapidamente-possivel-30092015

por






Fotomicrografia mostrando partículas de HIV infectando célula T H9 humana - National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID) / Flickr - CC 2.0 - https://goo.gl/K5mT9C
RIO - Um coquetel anti-HIV misturando um composto da Johnson & Johnson e uma droga experimental da ViiV Healthcare manteve níveis virais mínimos de HIV em estudos preliminares.
Segundo a “Reuters”, o chairman da J&J, Paul Stoffels, disse que a empresa espera ter a combinação no mercado em 2020.
ADVERTISEMENT
A combinação de rilpivirina, da J&J, e cabotegravir, da ViiV, mostrou-se capaz de reduzir os níveis virais de pacientes com apenas três comprimidos diários a cada quatro ou oito semanas. As duas empresas fizeram um teste clínico de 96 semanas envolvendo 309 pacientes, e o resultado das primeiras 32 semanas foram encorajadores, diz o “Tech Times”.
A rilpivirina é vendida com o nome Edurant pela unidade Janssen, da Johnson & Johnson's.
Já a cabotegravir é similar à dolutegravir, aprovada para tratamento de HIV sob o nome Tivicay, pela GlaxoSmithKline.
O especialista em AIDS, Dr. Daniel Kuritzkes, professor de medicina em Harvard, disse que os relatórios iniciais “provêm uma prova de conceito extremamente importante de que essa abordagem é factível”.
A J&J está codesenvolvendo esta combinação com a ViiV, que foi criada em 2009 e tem a GlaxoSmithKline, a Pfizer e a Shionogi entre seus acionistas.
Um estudo mais avançado de uma segunda combinação — rilpivirina e dolutegravir (da ViiV) — já começou. As empresas estão planejando desenvolver outras combinações.
Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/revolucionario-tratamento-anti-hiv-combina-duas-drogas-17958820

27/11/2015 às 07h46 (Atualizado em 27/11/2015 às 09h04)

Morte de adolescentes com Aids triplicou nos últimos 15 anos, diz Unicef

Doença é a “principal causa de morte de adolescentes na África e a segunda no mundo”
 
“Entre as populações afetadas pelo HIV, a faixa formada por adolescentes e a única na qual os números da mortalidade não estão diminuindo”, diz o documento Divulgação / GDF 
O número de mortes de adolescentes devido àAids triplicou nos últimos 15 anos, segundo um relatório da Unicef (Fundo da ONU para a Infância), divulgado nesta sexta-feira (27) na África do Sul.
O documento, intitulado Atualização das Estatísticas sobre Crianças Adolescentes e Aids, diz que a doença é a “principal causa de morte de adolescentes na África e a segunda no mundo”.
“Entre as populações afetadas pelo HIV, a faixa formada por adolescentes e a única na qual os números da mortalidade não estão diminuindo”.
O relatório mostra também que a África Subsaariana é a “região com maior prevalência” e que as “jovens são de longe as mais afetadas, representando sete em cada dez novas infeções na faixa que tem entre 15 e 19 anos”.
“É crucial que os jovens soropositivos tenham acesso a tratamento, cuidados e apoio”, afirmou Craig McClure, responsável pelos programas globais da Unicef para HIV/Aids.
O levantamento indica que dos “2,6 milhões de crianças menores de 15 anos que vivem com HIV, apenas uma em cada três está a receber tratamento”.
As novas estatísticas demonstram que a maior parte dos adolescentes que morrem de doenças relacionadas com a Aids foi infetada há 10 ou 15 anos.
“Essas crianças sobreviveram até a adolescência, por vezes sem conhecer o seu estado em termos de HIV”, diz o documento.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/morte-de-adolescentes-com-aids-triplicou-nos-ultimos-15-anos-diz-unicef-27112015

26/11/2015 às 18h18 (Atualizado em 26/11/2015 às 20h23)

Taxa de HIV entre adolescentes do sexo masculino triplica na capital paulista

Número geral de novos casos caiu 22% nos últimos dez anos
 
Taxa de detecção na cidade é maior entre negros e na região central da cidade BBC/Thinkstock 
Embora o número geral de novos casos de HIV tenha caído 22% nos últimos dez anos na cidade de São Paulo, a taxa de detecção do vírus quase dobrou entre homens jovens e triplicou entre adolescentes do sexo masculino, segundo dados apresentados pela Secretaria Municipal da Saúde nesta quinta-feira (26). Os dados são similares ao cenário observado no País.
O balanço municipal mostra que, entre 2004 e 2014, o índice de casos detectados por 100 mil homens passou de 2,6 para 8,5 na faixa etária entre 15 e 19 anos e de 22,2 para 43,3 no grupo com idade entre 20 e 24 anos. Já entre a população geral, o número de novos casos caiu de 2.926 para 2.278 no mesmo período.
"São Paulo enfrenta hoje uma epidemia concentrada, com a maioria dos novos casos entre jovens do sexo masculino. Uma das causas é que as pessoas estão fazendo testes mais precocemente, mas há também entre essa população uma menor sensibilização aos riscos da aids", disse o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, que afirmou ainda que as novas infecções ocorrem principalmente entre jovens gays.
Pesquisa da secretaria com 4.000 moradores da cidade mostrou que 97% dos entrevistados sabem que a camisinha é o meio mais eficiente de prevenção da aids, mas apenas 39% deles utilizaram o preservativo em sua primeira relação sexual.
— A impressão que temos é que a população está mais informada, mas que ainda não tem uma atitude de prevenção adequada.
O balanço da secretaria mostra ainda que a taxa de detecção na cidade é maior entre negros e na região central da cidade.
Medidas
Publicidade
Fechar anúncio
Para tentar frear o aumento de infecções entre jovens, a secretaria anunciou que vai ampliar as ações de prevenção e detecção. A pasta afirmou que o número de camisinhas distribuídas passará de 45 milhões para 120 milhões ao ano e que serão feitas ações de oferta do item fora das unidades de saúde, como nos 28 terminais de ônibus da cidade e até por meio de triciclos que circularão na região da cracolândia - os usuários de drogas são um dos grupos mais vulneráveis para a infecção.
Padilha afirmou ainda que a pasta está ampliando o número de pacientes com acesso à profilaxia pós-exposição (PEP) - medicamentos indicados para quem teve relação sexual desprotegida sem saber se o parceiro é HIV positivo.
— A indicação anterior era para pessoas que foram abusadas sexualmente. Estamos sensibilizando profissionais para que a PEP seja oferecida também quando houve relação consentida, mas sem proteção.
A secretaria disse ainda que vai ampliar o número de testes oferecidos por meio de uma unidade móvel de testagem.
Para o público jovem, criou um aplicativo de celular em que é possível calcular o risco de contrair o vírus de acordo com as características da relação. Batizado de Tá na Mão, o aplicativo traz os endereços de onde fazer o teste, retirar camisinhas e ter acesso à PEP.
"É um aplicativo que todos podem utilizar, mas criamos pensando sobretudo no público gay, que costuma marcar encontros por aplicativos", diz Eliana Battaggia Gutierrez, coordenadora do programa municipal de DST/Aids.
As ações foram anunciadas no contexto do Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no dia 1º de dezembro.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/taxa-de-hiv-entre-adolescentes-do-sexo-masculino-triplica-na-capital-paulista-26112015   

1/12/2015 às 10h25 (Atualizado em 1/12/2015 às 10h48)

Transmissão de HIV de mãe para filho é eliminada em 17 países das Américas, diz ONU

Brasil fez progressos em relação ao vírus, mas ainda não eliminou a transmissão
 
Número de novas infecções caiu pela metade desde 2010 Getty Images

Por Anastasia Moloney
BOGOTÁ (Thomson Reuters Foundation) — Dados de 17 países e territórios nas Américas, incluindo os Estados Unidos, Canadá e Chile, mostram que essas nações podem ter eliminado a transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilis, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esses países foram capazes de cortar a transmissão de mãe para filho do HIV ao melhorar o acesso das mulheres grávidas ao pré-natal, testes de HIV e tratamento antirretroviral, disseram a OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da agência da ONU nas Américas.
O Brasil não faz parte dos países com dados que indicam a erradicação da transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilis, segundo as organizações de saúde. O país aparece nos grupos de nações que fizeram progresso e estão próximas de eliminar, mas ainda não eliminaram a transmissão.
Os 17 países e territórios que possivelmente atingiram a eliminação, incluindo várias ilhas do Caribe, informaram "dados consistentes com a dupla eliminação" de HIV e sífilis. De acordo com os dados da Opas e da OMS, os nascimentos nesses países representam cerca de um terço de todos os nascimentos na região.
"Os países das Américas têm feito enormes esforços para reduzir a transmissão do HIV de mãe para filho, o que reduziu o número de novas infecções pela metade desde 2010", disse Carissa Etienne, chefe da Opas/OMS, em um comunicado.
As organizações de saúde consideram que um país eliminou a transmissão das duas doenças de mãe para filho após um processo de validação que verifica se essas metas foram efetivamente alcançadas.
Em junho, Cuba se tornou o primeiro país do mundo a receber a validação da OMS de eliminação da transmissão do HIV e da sífilis de mãe para filho.
Ainda nas Américas, 2.500 crianças nasceram no ano passado com o HIV, o vírus que causa a Aids, de acordo com a Opas/OMS.
Garantir que as mulheres grávidas obtenham testes de HIV e tratamento antirretroviral, caso sejam soropositivas, é fundamental para prevenir a transmissão de mãe para filho.
Se não forem tratadas, as mulheres HIV positivas têm um risco de 15 a 45 por cento de transmitir o vírus para seus bebês durante a gravidez, parto ou amamentação, observam as entidades.
Estima-se que 2 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe estejam vivendo com o HIV, e que houve cerca de 100 mil novas infecções por HIV na região no ano passado.
Segundo a Opas/OMS, a maioria dessas infecções se deu em adultos, principalmente homens homossexuais, homens transgêneros e prostitutas e seus clientes.
Cerca de 30 por cento das pessoas que vivem com HIV na América Latina e no Caribe não sabem que são HIV positivas.
"Se queremos acabar com o HIV em 2030, precisamos acelerar as ações de prevenção e acesso ao tratamento, com foco em populações-chave, e aumentar o investimento e recursos", disse Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças transmissíveis da Opas/OMS.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/transmissao-de-hiv-de-mae-para-filho-e-eliminada-em-17-paises-das-americas-diz-onu-01122015 

1/12/2015 às 13h24 (Atualizado em 1/12/2015 às 16h53)

Aids caiu 5,5% no Brasil em 2014

Segundo ministério, País alcançou meta de diminuir quantidade de vírus no sangue dos pacientes
 
Os dados demonstram que em 2014 foram realizados 7,8 milhões de testes e neste ano, 9,6 milhões Thinkstock
 
A taxa de detecção de Aids no Brasil caiu 5,5% na passagem de 2013 para 2014, de acordo com boletim divulgado nesta terça-feira (1º), pelo Ministério da Saúde. Ano passado, foram identificados 19,7 casos por 100 mil habitantes. No ano anterior, a marca era de 20,8 por 100 mil. Em valores absolutos, foram constatados 39.951 casos de aids em 2014 e, em 2013, 41.814. Os números foram comemorados pelo diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.
— Nunca testamos tanto e mesmo assim, as taxas foram mais baixas.
Os dados demonstram que em 2014 foram realizados 7,8 milhões de testes e neste ano, 9,6 milhões. De acordo com o diretor, o Brasil já alcançou, entre a população adulta, a meta de suprimir a quantidade de vírus circulante no organismo em pacientes testados. O objetivo é alcançar a supressão viral (níveis de HIV equivalentes a zero) em 90% dos pacientes tratados.
— Precisamos ainda melhorar os números entre crianças. No momento, estamos a 2 pontos porcentuais para alcançar a meta geral.
Na avaliação do Ministro da Saúde, Marcelo Castro, o comportamento da epidemia, revelado pelo boletim epidemiológico indica que o País vai conseguir alcançar a meta de 90/90/90 até 2020 - 90% da população portadora do vírus com diagnóstico da sua condição, 90% em tratamento e 90% carga viral suprimida.
Jovens
O ministro afirmou ser necessário sobretudo melhorar os indicadores de aids entre jovens. Os indicadores nessa população ainda preocupam de forma significativa.
— Esse é um problema que não é exclusivo no Brasil, é um fenômeno mundial e é resultado de vários fatores.
A faixa etária que mais preocupa, de acordo com Mesquita, é que está entre 15 a 24 anos.
— Não é comparativamente a população que tem os maiores indicadores. Em números absolutos, os números são mais relevantes entre maiores de 24 anos. Mas é no grupo entre 15 e 24 que a velocidade de expansão é mais alta.
Em 2014, a taxa de detecção por 100 mil habitantes era de 6,7 por 100 mil na população de homens de 15 a 19 anos. Um indicador muito mais expressivo do que o apresentado, por exemplo, em 2007, quando eram identificados 2,8 casos a cada 100 mil habitantes.
Na faixa etária de homens entre 20 a 24, o avanço também foi muito significativo: saltou de 5,2 para 30,3 por 100 mil.
Entre mulheres, o comportamento não foi o mesmo. Entre 15 a 19 anos, o indicador passou no período de 3,7 para 4,2 por 100 mil. Na faixa etária de 20 a 24 anos, o comportamento foi oposto: uma queda de 14,5 para 12 por 100 mil habitantes.
Um dos pontos considerados essenciais pelo governo é a disponibilização, prevista para o próximo ano, de autotestes de HIV.
— É uma ferramenta útil, sobretudo para pessoas que se sentem constrangidas de pedir o exame para o médico.
A estimativa é a de que atualmente 781 mil pessoas vivam no Brasil com HIV. Deste total, 649 mil sabem desta condição.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/aids-caiu-55-no-brasil-em-2014-01122015

Nenhum comentário :

Postar um comentário