20/05/2016 21h05
- Atualizado em
20/05/2016 21h17
Ministério da Saúde anuncia testes da vacina para Zika, em novembro
Vacina estará disponível para os testes em animais.
Substância poderá estar disponível para produção em dois anos.
A pesquisa do Instituto Evandro Chagas e da
universidade americana adiantaram o processo de
produção da vacina. (Foto: Reuters)
A vacina contra vírus Zika entrará em fase de testes no mês de novembro,
de acordo com o Ministério da Saúde. O diretor do Instituto Evandro
Chagas, no Pará, Pedro Vasconcelos, anunciou a novidade ao ministro da
Saúde, Ricardo Barros, nesta sexta-feira (20). A substância está sendo produzida no instituto em parceria com uma universidade do Texas, nos Estados Unidos.
A vacina estará disponível para os testes pré-clínicos, ou seja, testes
em primatas e camundongos. O acordo internacional entra as instituições
foi divulgado no último mês de fevereiro, quando o prazo para que esses
testes começassem era de um ano.
“As novas tecnologias são fundamentais para conseguirmos acelerar o
processo de desenvolvimento da vacina. Se as fases correrem dentro do
esperado, em dois anos poderemos ter a vacina pronta para produção”,
observou Pedro Vasconcelos, do Evandro Chagas.
A universidade norte-americana é um dos centros mundiais de pesquisas de
arbovírus, especializado no desenvolvimento de vacinas e o Instituto
Evandro Chagas é referência mundial de excelência em pesquisas
científicas. A parceria conta com um investimento de aproximadamente R$
10 milhões do ministério da Saúde para realização da pesquisa.
“O prazo inicial, de 12 meses, está sendo antecipado para nove meses.
Isso mostra a importância do Instituto Evandro Chagas como uma célula
fundamental de desenvolvimento de tecnologia em saúde no Brasil”,
avaliou o ministro Ricardo Barros.
A previsão é que em fevereiro de 2017 sejam iniciados os testes em
humanos, etapa que será executada pelo Instituto de Tecnologia em
Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz). A vacina deverá ser
administrada em dose única, inicialmente, o público-alvo da imunização
serão mulheres em idade fértil.
Grávidas
Para o MS, a vacina será fundamental para ajudar a diminuir a
incidência dos casos de microcefalia em bebês no Brasil. No entanto, ela
não poderá ser aplicada em gestantes, por isso o instituto também
desenvolve outra tecnologia, a partir do DNA recombinante do vírus para
ser utilizado em grávidas.
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