Semana Internacional da Tireóide – de 23 a 29 de maio de 2016
Maio é o mês de conscientização das doenças da tireóide. Todos os anos, a SBEM (Sociedade Brasileira
de Endocrinologia e Metabologia) trabalha promovendo a divulgação da
campanha do dia internacional, cuja a data é o dia 25 de maio.
De acordo com a SBEM, o foco da campanha neste ano é o uso incorreto dos hormônios tireoideanos, mas o alerta para a detecção precoce das doenças da tireóide também não fica de fora da campanha.
As atividades de conscientização sobre esta glândula tão importante estão acontecendo em todo o país, sendo realizadas por colaboradores, funcionários, médicos, acadêmicos e demais profissionais e voluntários dos serviços de endocrinologia espalhados pelo país.
Capa para facebook (abaixo):
CONFIRA ABAIXO OS MITOS E VERDADES SOBRE A TIREÓIDE:
VERDADES:
VERDADES:
- A tireoide é uma glândula que fica no pescoço, logo abaixo daquela saliência popularmente conhecida como “pomo de adão”.
- A tiroxina produz dois hormônios: a TRIIODOTIROXINA (T3) e a TIROXINA (T4).
- Esses hormônios são muito importantes em todas as fases da vida, como na formação dos órgãos fetais (principalmente o cérebro), crescimento, desenvolvimento, fertilidade e reprodução.
- Os hormônios da tireóide exercem ainda importante atuação nos batimentos cardíacos, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo, funcionamento intestinal e no metabolismo.
- A produção hormonal da glândula tireóide é 80% do T4 e apenas 20% do T3. O próprio organismo converte o T4 em T3 conforme necessário.
- O hipotireoidismo é uma doença comum que afeta 8% a 12% dos brasileiros, incluindo todas as suas formas de apresentação (desde as formas mais leves até as mais graves).
- A forma mais grave de hipotireoidismo é o congênito, que ocorre no recém – nascido. Se não diagnosticado e tratado pode causar retardo mental irreversível.
- O diagnóstico do hipotireoidismo congênito é realizado através do TESTE DO PEZINHO nos primeiros dias de vida.
- Durante a gravidez, o hipotireoidismo não diagnosticado e não tratado pode se associar com complicações gestacionais, bem como também ao feto.
- O diagnóstico do hipotireoidismo é realizado mediante solicitação de exames em casos suspeitos ou de risco. Na gestação, o diagnóstico deve ser feito no primeiro trimestre.
- Os principais sintomas do hipotireoidismo são:
- Sonolência em excesso
- Sono não reparador (a pessoa acorda cansada)
- Cansaço não habitual durante o dia
- Preguiça
- São consideradas pessoas de risco de hipotireoidismo: mulheres no período pós-menopausa, idosos, pessoas com antecedentes de doenças da tireoide na família, diabetes tipo I ou outras doenças autoimunes (exemplo: lúpus, vitiligo, artrite reumatoide), pessoas com antecedentes de radioterapia no pescoço ou que utilizam medicamentos como amiodarona ou lítio.
- Os exames para diagnóstico do hipotireoidismo são as dosagens do TSH e do T4 livre. O médico pode ainda solicitar outros exames se necessário.
- O tratamento do hipotireodismo deve ser feito, exclusivamente, com o uso da levotiroxina (T4).
- O T3, ou triiodotironina, não deve ser utilizado no tratamento do hipotireoidismo, exceto em raras circunstâncias.
- Nunca use hormônios tireoidianos em formulações. Não é seguro e pode causar danos à sua saúde.
- Nunca altere a dose e nunca mude a marca de sua levotiroxina sem antes consultar seu médico.
- O hipotireoidismo é a causa da obesidade. FALSO! – O hipotireoidismo não tratado associa-se apenas a um ganho leve de peso, em geral por retenção de líquidos.
- As dosagens do T3 total (ou T3 livres) e do T3 reverso (T3R) são importantes no diagnóstico do hipotireoidismo ou para avaliação nutricional – FALSO! – esses exames não tem utilidade nenhuma no diagnóstico do hipotireoidismo nem na avaliação nutricional.
- O T3 (triiodotiroxina) deve ser usado no tratamento do hipotireoidismo. FALSO! – O T3 não deve ser utilizado no tratamento do hipotireoidismo, exceto em situações raras e especiais.
- O T3 (triiodotiroxina) é útil no tratamento do emagrecimento. FALSO! – embora o T3 em doses elevadas possa associar-se a perda de peso, o seu uso não é recomendado porque pode causar efeitos indesejáveis, como hipertensão arterial, arritimia cardíaca e morte.
- O T3 (triiodotiroxina) é útil no tratamento de estresse, cansaço ou desânimo. FALSO! – não há indicação de uso de T3 nessas situações e pode causar riscos a sua saúde.
- O T3 (triiodotiroxina) pode ser formulado com segurança. FALSO! – a maioria das farmácias de manipulação não tem alta precisão para formular o hormônio em microgramas. Os hormônios formulados não estão sujeitos aos mesmos controles de qualidade dos medicamentos industrializados e não estão sujeitos ao monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Fonte: http://www.combateaocancer.com/semana-internacional-da-tireoide-de-23-29-de-maio-de-2016/
Força muscular, controle do metabolismo e regulação do peso corporal (através de complexos mecanismos envolvendo a queima de gordura) são apenas algumas das funções da tireoide. Para poder participar de todos esses processos, a glândula conta com os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
Em algumas situações, o médico poderá solicitar um exame de tireoide para medir a concentração de tiroxina no sangue, a fim de avaliar o funcionamento da glândula.
Entenda o que é, como funciona e para que serve a tiroxina T4 livre, um exame de sangue bastante comum e que é utilizado para diagnosticar o hipo ou hipertireoidismo.
A principal função da tireoide é regular nosso metabolismo, que pode ser definido como a capacidade do corpo de transformar aquilo que comemos em energia (combustível para nossas células).
Assim como diferentes carros consomem distintas quantidades de combustível (há veículos mais ou menos eficientes), cada organismo tem uma eficiência energética característica.
Em grande parte, esse controle da eficiência energética é determinado pelos hormônios da tireoide. Por isso, aliás, dizemos que algumas pessoas têm metabolismo mais lento ou mais acelerado.
Como determina o metabolismo, a tireoide também interfere no:
Para que possa ser efetivamente utilizada, a tiroxina precisa ser convertida em triiodotironina (essa conversão é feita pelo fígado ou pelos órgãos e tecidos que são alvos do hormônio). Ela se faz necessária porque, embora o hormônio tireoidiano mais abundante no sangue seja o T4, o T3 possui quatro vezes mais atividade fisiológica.
O hormônio T2, por sua vez, ainda é pouco compreendido pela ciência, de maneira que para fins médicos o que realmente conta são os níveis de T3 e T4.
E quem determina isso?
Duas outras glândulas, que estão situadas no cérebro. São elas a hipófise e o hipotálamo, que atuam em conjunto para regular a tireoide.
Como funciona:
Em uma situação oposta – em que a concentração de T3 e T4 está muito elevada no sangue -, a hipófise libera menos TSH, e como resultado há uma menor produção de tiroxina e triiodotironina.
Apenas uma fração destes hormônios se encontra de fato livre no sangue. A estes hormônios dá-se o nome de T3 livre e T4 livre. Portanto, o exame de tiroxina T4 livre mede a concentração de tiroxina que está disponível para ser utilizada nas funções metabólicas.
Já o exame de tiroxina T4 total avalia tanto os níveis de T4 livre como a concentração do hormônio que está ligada à proteína TBG.
Alguns das disfunções da tireoide que podem ser diagnosticadas com o exame de tiroxina T4 livre:
– Tiroxina livre baixa:
Os valores de TSH se elevam no sangue sempre que a hipófise percebe que há uma redução nas taxas de hormônios tireoidianos. Assim, quando a tireoide se torna menos “eficiente” (como nos casos de hipotireoidismo), a hipófise aumenta a produção de TSH como uma resposta à queda de T3 e T4 no sangue.
Por outro lado, se os níveis de TSH não se alteram mesmo quando há uma queda na concentração dos hormônios tireoidianos, isso pode significar um problema na hipófise.
De maneira semelhante, níveis elevados de TSH, acompanhados de valores altos de tiroxina T4 livre, também indicam alguma alteração no funcionamento da hipófise (que continua a secretar TSH mesmo com uma concentração elevada de T3 e T4).
Nessa situação, como há um excesso de T4 na circulação, a pessoa pode apresentar sintomas de hipertireoidismo.
E o que significa TSH baixo?
De maneira simplificada, se há muito hormônio tireoidiano na circulação, a hipófise acaba por naturalmente reduzir o estímulo à tireoide. Essa situação pode ser indicativa de hipertireoidismo.
Veja na tabela abaixo um resumo dos possíveis significados por trás do exame de sangue da tireoide:
Também orientamos a não fazer o uso de medicamentos para a tireoide sem conhecimento do endocrinologista, a fim de evitar possíveis danos irreversíveis à glândula.
Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)
25/5/2016 às 00h30
Criança também sofre de distúrbio na tireoide. Saiba identificar sintomas
Pesquisa mostra que falta de comunicação com médicos pode afetar diagnóstico
Para confirmar a suspeita, um exame específico deve ser realizado
Getty Images
Diarreia, cansaço, irritabilidade, falta de concentração. Qualquer pai
ou mãe perceberia que estes são indicativos de que algo não vai bem no
organismo do seu filho, mas quantos cogitariam que o problema poderia
estar ligado a um distúrbio na tireoide?
De acordo com uma pesquisa realizada com 1.600 mães de 16 países, com filhos entre zero e 15 anos, a taxa de brasileiras entrevistadas que dizem que fariam a conexão entre os sintomas e o mal funcionamento da glândula variou entre apenas 17% e 26%. No entanto, 90% delas têm conhecimento de que problemas na tireoide podem afetar a saúde dos pequenos.
“O conhecimento a respeito dos distúrbios da tireoide no Brasil é acima da média, mas, sobre os sintomas, o quadro ainda precisa ser melhorado”, avalia o gastroenterologista Edson Arakaki, diretor médico do laboratório que coordenou a pesquisa mundial. “A falta de comunicação com mães e médicos pode afetar o diagnóstico”.
A tireoide é uma glândula endócrina localizada na frente da laringe, responsável por liberar hormônios importantes para diversas funções do corpo. Quando ela produz pouco hormônio, acontece o hipotireoidismo, e, quando ela produz mais do que deveria, gera o hipertireoidismo.
“A glândula é fundamental desde o desenvolvimento fetal e no crescimento infantil até a fase adulta, especificamente no metabolismo. Ela tem importância também no sistema piloso, que coordena o crescimento de cabelos e unhas, na atividade muscular, no aparelho reprodutor e na libido, e no sistema gastrointestinal”, explica a endocrinologista Laura Sterian Ward, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
O hipotireoidismo congênito, quando o bebê nasce com o problema, afeta um a cada 2.000 a 4.000 crianças no Brasil. Ele é detectado através do teste do pezinho, realizado ainda na maternidade. “Ele é a causa mais frequente de debilidade mental, e pode ser prevenida”, reforça Laura.
Mães que seguem dietas com déficit de iodo durante a gestação, por exemplo, podem levar a esta situação — no Brasil, levantamentos recentes dão conta de que 40% das grávidas têm esta deficiência. Além disso, medicamentos e uma condição autoimune chamada tireoidite de Hashimoto também podem levar ao hipotireoidismo congênito da criança.
De acordo com uma pesquisa realizada com 1.600 mães de 16 países, com filhos entre zero e 15 anos, a taxa de brasileiras entrevistadas que dizem que fariam a conexão entre os sintomas e o mal funcionamento da glândula variou entre apenas 17% e 26%. No entanto, 90% delas têm conhecimento de que problemas na tireoide podem afetar a saúde dos pequenos.
“O conhecimento a respeito dos distúrbios da tireoide no Brasil é acima da média, mas, sobre os sintomas, o quadro ainda precisa ser melhorado”, avalia o gastroenterologista Edson Arakaki, diretor médico do laboratório que coordenou a pesquisa mundial. “A falta de comunicação com mães e médicos pode afetar o diagnóstico”.
A tireoide é uma glândula endócrina localizada na frente da laringe, responsável por liberar hormônios importantes para diversas funções do corpo. Quando ela produz pouco hormônio, acontece o hipotireoidismo, e, quando ela produz mais do que deveria, gera o hipertireoidismo.
“A glândula é fundamental desde o desenvolvimento fetal e no crescimento infantil até a fase adulta, especificamente no metabolismo. Ela tem importância também no sistema piloso, que coordena o crescimento de cabelos e unhas, na atividade muscular, no aparelho reprodutor e na libido, e no sistema gastrointestinal”, explica a endocrinologista Laura Sterian Ward, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
O hipotireoidismo congênito, quando o bebê nasce com o problema, afeta um a cada 2.000 a 4.000 crianças no Brasil. Ele é detectado através do teste do pezinho, realizado ainda na maternidade. “Ele é a causa mais frequente de debilidade mental, e pode ser prevenida”, reforça Laura.
Mães que seguem dietas com déficit de iodo durante a gestação, por exemplo, podem levar a esta situação — no Brasil, levantamentos recentes dão conta de que 40% das grávidas têm esta deficiência. Além disso, medicamentos e uma condição autoimune chamada tireoidite de Hashimoto também podem levar ao hipotireoidismo congênito da criança.
A avaliação clínica dos sintomas pode despertar a desconfiança dos pais,
que devem reportar aos médicos sua suspeita. Cansaço e sonolência,
dificuldade de aprendizagem, pele seca, queda de cabelo, sensibilidade
ao frio e ganho de peso podem indicar que a criança sofre de
hipotireoidismo. Irritabilidade, falta de concentração, mãos trêmulas e
diarreia, por sua vez, levantariam a possibilidade de que o paciente
sofra de hipertireoidismo.
“A quantidade dos sintomas é muito individual”, esclarece Laura. “Por isso, o exame clínico deve ser sempre comprovado com o exame específico de dosagem de TSH”.
“A quantidade dos sintomas é muito individual”, esclarece Laura. “Por isso, o exame clínico deve ser sempre comprovado com o exame específico de dosagem de TSH”.
Tiroxina T4 Livre – O Que é, Função e Exame
A tireoide, uma das maiores glândulas do corpo humano, influencia de maneira direta ou indireta no funcionamento de quase todas as nossas células.Força muscular, controle do metabolismo e regulação do peso corporal (através de complexos mecanismos envolvendo a queima de gordura) são apenas algumas das funções da tireoide. Para poder participar de todos esses processos, a glândula conta com os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
Em algumas situações, o médico poderá solicitar um exame de tireoide para medir a concentração de tiroxina no sangue, a fim de avaliar o funcionamento da glândula.
Entenda o que é, como funciona e para que serve a tiroxina T4 livre, um exame de sangue bastante comum e que é utilizado para diagnosticar o hipo ou hipertireoidismo.
Tireoide
Situada na parte anterior do pescoço, a tireoide faz parte do sistema endócrino, um conjunto de glândulas que produzem hormônios.
A principal função da tireoide é regular nosso metabolismo, que pode ser definido como a capacidade do corpo de transformar aquilo que comemos em energia (combustível para nossas células).
Assim como diferentes carros consomem distintas quantidades de combustível (há veículos mais ou menos eficientes), cada organismo tem uma eficiência energética característica.
Em grande parte, esse controle da eficiência energética é determinado pelos hormônios da tireoide. Por isso, aliás, dizemos que algumas pessoas têm metabolismo mais lento ou mais acelerado.
Como determina o metabolismo, a tireoide também interfere no:
- sistema nervoso;
- crescimento infantil;
- ciclo menstrual;
- temperatura corporal;
- níveis de colesterol;
- e muitas outras funções.
Hormônios da tireoide
A tireoide produz três hormônios:- T2 (diiodotironina);
- T3 (triiodotironina);
- T4 (tiroxina).
Para que possa ser efetivamente utilizada, a tiroxina precisa ser convertida em triiodotironina (essa conversão é feita pelo fígado ou pelos órgãos e tecidos que são alvos do hormônio). Ela se faz necessária porque, embora o hormônio tireoidiano mais abundante no sangue seja o T4, o T3 possui quatro vezes mais atividade fisiológica.
O hormônio T2, por sua vez, ainda é pouco compreendido pela ciência, de maneira que para fins médicos o que realmente conta são os níveis de T3 e T4.
TSH
Para a manutenção do equilíbrio corporal (ou seja, para termos saúde) é importante que estes níveis de T3 e T4 estejam dentro de uma determinada faixa (cujos valores veremos mais adiante).E quem determina isso?
Duas outras glândulas, que estão situadas no cérebro. São elas a hipófise e o hipotálamo, que atuam em conjunto para regular a tireoide.
Como funciona:
- O hipotálamo produz TRH (do inglês thyrotropin-releasing hormone), ou hormônio liberador de tireotrofina;
- O TRH sinaliza para hipófise, que, através do TSH (thyroid-stimulating hormone, ou hormônio estimulante da tireoide) enviará um sinal à tireoide;
- Sob estímulo do TSH, a tireoide sintetiza mais ou menos T3 e T4.
Em uma situação oposta – em que a concentração de T3 e T4 está muito elevada no sangue -, a hipófise libera menos TSH, e como resultado há uma menor produção de tiroxina e triiodotironina.
Exame de Tiroxina T4 livre
Quando estão circulando na corrente sanguínea, o T3 e o T4 estão ligados a uma proteína conhecida como TBG (do inglês thyroxine-binding globulin), ou globulina ligadora de tiroxina. Nesta forma, ambos hormônios são inócuos, isto é, eles não podem ser utilizados pelos órgãos e tecidos.Apenas uma fração destes hormônios se encontra de fato livre no sangue. A estes hormônios dá-se o nome de T3 livre e T4 livre. Portanto, o exame de tiroxina T4 livre mede a concentração de tiroxina que está disponível para ser utilizada nas funções metabólicas.
Já o exame de tiroxina T4 total avalia tanto os níveis de T4 livre como a concentração do hormônio que está ligada à proteína TBG.
Indicações para o exame
O endocrinologista poderá solicitar uma análise do T4 livre quando o exame de sangue TSH apresentar resultados que poderiam ser indicativos de alterações na tireoide.Alguns das disfunções da tireoide que podem ser diagnosticadas com o exame de tiroxina T4 livre:
- Hipotireoidismo (baixa concentração de hormônios da tireoide);
- Hipertireoidismo (excesso dos hormônios T3 e T4 na circulação);
- Nódulos na tireoide;
- Hipopituitarismo (alteração no funcionamento da hipófise);
- Paralisia periódica tireotóxica (fraqueza muscular atípica causada por excesso de T3 e T4).
- Aceleração dos batimentos cardíacos;
- Problemas oculares: irritação, coceira, secura e exoftalmia (olhos “saltados”);
- Tremores nas mãos;
- Pele seca;
- Queda de cabelo.
Resultado
Os valores de referência para tiroxina T4 livre e o TSH podem variar de um laboratório para outro, mas no geral estão próximos dos intervalos citados abaixo:- Valores normais de T4 livre: 0,7 a 1,8 ng/dL;
- Valores normais de TSH: 0,4 a 4,5 um/L (aferidos pelo exame de TSH ultra sensível, uma técnica que consegue detectar níveis de TSH tão baixos quanto 0,1 mU/L).
O que significa
Veja o que alterações nos valores normais de tiroxina T4 livre podem indicar:– Tiroxina livre baixa:
- Hipotireoidismo;
- Deficiências nutricionais (decorrentes de jejum prolongado, má alimentação ou baixa ingestão de iodo);
- Uso de medicamentos que alteram os níveis de proteína na circulação.
- Hipertireoidismo;
- Tireoidite (inflamação da tireoide);
- Bócio multinodular tóxico;
- Níveis elevados de proteína no sangue;
- Ingestão excessiva de medicamentos para estimular os hormônios da tireoide;
- Tumores;
- Uso de anticoncepcionais ou gestação;
- Alterações no funcionamento do fígado;
- Excesso de iodo na alimentação.
Entendendo o resultado do exame TSH ultra sensível
O equilíbrio entre os níveis de TSH e tiroxina T4 livre é indispensável para nossa saúde. Precisamos que a hipófise mantenha uma concentração ideal de TSH, ao mesmo tempo em que impede a tireoide de produzir pouco ou muito T3 e T4.Os valores de TSH se elevam no sangue sempre que a hipófise percebe que há uma redução nas taxas de hormônios tireoidianos. Assim, quando a tireoide se torna menos “eficiente” (como nos casos de hipotireoidismo), a hipófise aumenta a produção de TSH como uma resposta à queda de T3 e T4 no sangue.
Por outro lado, se os níveis de TSH não se alteram mesmo quando há uma queda na concentração dos hormônios tireoidianos, isso pode significar um problema na hipófise.
De maneira semelhante, níveis elevados de TSH, acompanhados de valores altos de tiroxina T4 livre, também indicam alguma alteração no funcionamento da hipófise (que continua a secretar TSH mesmo com uma concentração elevada de T3 e T4).
Nessa situação, como há um excesso de T4 na circulação, a pessoa pode apresentar sintomas de hipertireoidismo.
E o que significa TSH baixo?
De maneira simplificada, se há muito hormônio tireoidiano na circulação, a hipófise acaba por naturalmente reduzir o estímulo à tireoide. Essa situação pode ser indicativa de hipertireoidismo.
Veja na tabela abaixo um resumo dos possíveis significados por trás do exame de sangue da tireoide:
TSH | T4 livre | T3 livre ou total | Possível interpretação |
Alto | Normal | Normal | Hipotireoidismo subclínico (forma mais branda da doença) |
Alto | Baixo | Baixo ou normal | Hipotireoidismo |
Baixo | Normal | Normal | Hipertireoidismo subclínico |
Baixo | Alto ou Normal | Alto ou Normal | Hipertireoidismo |
Baixo | Baixo ou Normal | Baixo ou Normal | Problema não tireoidiano (possivelmente hipotireoidismo secundário, resultante de disfunção na tireoide) |
Normal | Alto | Alto | Síndrome de resistência ao hormônio tireoidiano (uma causa rara de hipotireoidismo) |
Cuidado com o autodiagnóstico
Apesar dos esclarecimentos acima, o exame de T4 alterado deverá ser interpretado pelo médico que solicitou o teste de sangue.Também orientamos a não fazer o uso de medicamentos para a tireoide sem conhecimento do endocrinologista, a fim de evitar possíveis danos irreversíveis à glândula.
Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)
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