segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Pólio ressurge na Nigéria com dois novos casos

Doença atinge crianças no Nordeste do país, tomado por grupo extremista islâmico Boko Haram


Criança em região da Nigéria controlada pelo Boko Haram. Campanhas de vacinação suspensas pelo extremismo favorecem a volta da poliomielte
Foto: Jane Hahn/WP / Jane Hahn/WP 
Criança em região da Nigéria controlada pelo Boko Haram. Campanhas de vacinação suspensas pelo extremismo favorecem a volta da poliomielte - Jane Hahn/WP / Jane Hahn/WP

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Dois novos casos de poliomielite foram registrados na Nigéria pela primeira vez desde 2014, anunciou nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) — um sério revés para um país que acreditava ter erradicado a doença. Em setembro de 2015, a OMS retirou a Nigéria da lista de países onde a poliomelite era considerada uma doença endêmica.

O país mais populoso da África esperava ser declarado livre da pólio em 2017, mas a OMS disse em um comunicado que se tratam de duas crianças no Nordeste do país, região tomada pelo grupo extremista islâmico Boko Haram.

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— A prioridade agora é imunizar rapidamente todas as crianças da zona afetada — declarou a diretora da OMS para a África, Matshidiso Moeti. 
 A poliomelite, provocada por um vírus que prolifera em condições sanitárias precárias, destrói o sistema nervoso e provoca paralisia e morte. É uma doença para a qual não há tratamento e que só pode ser evitada por meio de vacinação.

Na Nigéria, as campanhas de vacinação foram prejudicadas pela presença do Boko Haram no nordeste do país e por rumores de que a vacina deixaria os pacientes estéreis. Alguns estados do norte muçulmano do país chegaram a deter a vacinação em 2003.
 

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