3/9/2015 às 00h15
Governo quer aplicação de vacina de HPV nas escolas para reverter baixa procura de adolescentes
Até agosto deste ano, apenas 50% do público-alvo foi imunizado contra vírus que causa câncer
Diretora do PNI diz que há resistência das escolas em ofertarem vacina
Daia Oliver/R7
Após a queda no número de adolescentes vacinadas contra o HPV, o
Governo Federal reforçará em campanha a importância de as escolas
voltarem a oferecer a vacina. No ano passado, quando começou a
imunização contra o vírus, a adesão na primeira dose foi total, já na
segunda, o número de meninas imunizadas foi de apenas 60%. Em 2015,
apenas 49% do público-alvo tomaram a primeira dose até agosto.
De acordo com a coordenadora geral do PNI (Programa Nacional de Imunizações), Carla Domigues, uma das explicações para essa baixa procura é a falta de adesão das escolas, que deixaram de ofertar a vacina, com o passar do tempo.
— Há uma resistência nas escolas em aceitar a vacinação, pois acreditam que vai atrapalha a rotina delas, que elas não têm infraestrutura, que tem que perder um dia de aula. Precisamos levar a vacinação de volta para as escolas para ampliar a vacinação, lembrando que adolescentes agem em conjunto. Se um amigo toma, a adolescente não vai deixar de tomar. Outra coisa, não dá para esperar que a mãe leve sua filha adolescente até o posto.
Carla explica que o Ministério da Saúde apenas recomenda que aos municípios o oferecimento do imunizante nas escolas, mas a decisão é de como será feira a distribuição é da gestão municipal.
O Estado de São Paulo reflete a mesma situação nacional. A diretora técnica da divisão de imunização da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, Helena Sato, disse que a “prática de vacinação nas escolas foi se perdendo” com o tempo.
Segundo a diretora, de março a abril do ano passado, a vacinação atingiu 100% do público-alvo em São Paulo. Em setembro de 2014, apenas 68% tomaram a segunda dose. Em março de 2015, houve apenas 54% de adesão.
Além da falta de adesão das escolas, Helena também atribuiu a baixa procura, após a divulgação nas redes sociais de supostos malefícios da vacinação, como a repercussão do caso de adolescentes do litoral paulista que desmaiaram e tiveram as pernas paralisadas após tomarem a vacina em setembro de 2014.
— Elas não tiveram nenhuma alteração orgânica, inclusive neurológica. Nós fizemos toda investigação, inclusive com ajuda de psiquiatras. O que elas tiveram é estresse pós-vacinação comum em adolescentes e podem ocorrer com qualquer vacina.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, houve 2.195 efeitos adversos notificados. Dos 71 considerados graves, 40 tiveram a relação com a vacina descartada. Os outros casos foram relacionados à síndrome dolorosa complexa regional, alergia e reações de ansiedade.
Neste ano, a secretária explica que a campanha será realizada em “setembro, outubro e se precisar novembro”.
— Estamos em contato com as escolas e com as diretorias regionais de ensino para tentar aumentar a adesão das escolas que oferecerão a vacinação. Não podemos ficar com baixa cobertura.
A infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas Rosana Richtmann afirma que estudos internacionais mostram que levar a vacina à escola melhora a cobertura vacinal.
— Países que melhor conseguiram a cobertura levaram a vacina para as escolas. Lembrando que é muito difícil vacinar adolescentes, porque é próprio da idade.
De acordo com a especialista, quanto maior a cobertura, maior a eficácia da vacina.
— Países com mais de 50% de cobertura tem efetividade mais rápida. Já é possível ver resultado um ou dois anos depois.
As vacinas tanto da primeira como a segunda dose estão disponíveis nos postos de saúde do País para durante todo o ano para meninas entre 9 e 13 anos. O esquema padrão é de três doses. A segunda deve ser tomada seis meses após a primeira e a terceira depois de 60 meses. Além delas, podem receber gratuitamente todas as mulheres que tenham HIV entre nove e 26 anos.
Veja o que causa o HPV
O vírus do HPV é transmitido por meio do contato sexual e responsável pela quase totalidade dos casos de câncer de colo do útero. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama, e a segunda causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. No País, 15 mil novos casos e 5.000 mortes devem ocorrer por causa do câncer de colo de útero até o fim de 2015.
A vacina disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) é quadrivalente, ou seja, ela protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18. Os tipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos cânceres de colo de útero e 90% das verrugas genitais, explica Gabriel Oselka, professor da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
— O ideal é que as meninas sejam vacinadas o mais precocemente possível, antes da atividade sexual. Quanto mais novo, melhor a resposta imune.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/governo-quer-aplicacao-de-vacina-de-hpv-nas-escolas-para-reverter-baixa-procura-de-adolescentes-03092015
Você tem medo de injeção? Será que existe explicação?
De acordo com a coordenadora geral do PNI (Programa Nacional de Imunizações), Carla Domigues, uma das explicações para essa baixa procura é a falta de adesão das escolas, que deixaram de ofertar a vacina, com o passar do tempo.
— Há uma resistência nas escolas em aceitar a vacinação, pois acreditam que vai atrapalha a rotina delas, que elas não têm infraestrutura, que tem que perder um dia de aula. Precisamos levar a vacinação de volta para as escolas para ampliar a vacinação, lembrando que adolescentes agem em conjunto. Se um amigo toma, a adolescente não vai deixar de tomar. Outra coisa, não dá para esperar que a mãe leve sua filha adolescente até o posto.
Carla explica que o Ministério da Saúde apenas recomenda que aos municípios o oferecimento do imunizante nas escolas, mas a decisão é de como será feira a distribuição é da gestão municipal.
O Estado de São Paulo reflete a mesma situação nacional. A diretora técnica da divisão de imunização da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, Helena Sato, disse que a “prática de vacinação nas escolas foi se perdendo” com o tempo.
Segundo a diretora, de março a abril do ano passado, a vacinação atingiu 100% do público-alvo em São Paulo. Em setembro de 2014, apenas 68% tomaram a segunda dose. Em março de 2015, houve apenas 54% de adesão.
Além da falta de adesão das escolas, Helena também atribuiu a baixa procura, após a divulgação nas redes sociais de supostos malefícios da vacinação, como a repercussão do caso de adolescentes do litoral paulista que desmaiaram e tiveram as pernas paralisadas após tomarem a vacina em setembro de 2014.
— Elas não tiveram nenhuma alteração orgânica, inclusive neurológica. Nós fizemos toda investigação, inclusive com ajuda de psiquiatras. O que elas tiveram é estresse pós-vacinação comum em adolescentes e podem ocorrer com qualquer vacina.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, houve 2.195 efeitos adversos notificados. Dos 71 considerados graves, 40 tiveram a relação com a vacina descartada. Os outros casos foram relacionados à síndrome dolorosa complexa regional, alergia e reações de ansiedade.
Neste ano, a secretária explica que a campanha será realizada em “setembro, outubro e se precisar novembro”.
— Estamos em contato com as escolas e com as diretorias regionais de ensino para tentar aumentar a adesão das escolas que oferecerão a vacinação. Não podemos ficar com baixa cobertura.
A infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas Rosana Richtmann afirma que estudos internacionais mostram que levar a vacina à escola melhora a cobertura vacinal.
— Países que melhor conseguiram a cobertura levaram a vacina para as escolas. Lembrando que é muito difícil vacinar adolescentes, porque é próprio da idade.
De acordo com a especialista, quanto maior a cobertura, maior a eficácia da vacina.
— Países com mais de 50% de cobertura tem efetividade mais rápida. Já é possível ver resultado um ou dois anos depois.
As vacinas tanto da primeira como a segunda dose estão disponíveis nos postos de saúde do País para durante todo o ano para meninas entre 9 e 13 anos. O esquema padrão é de três doses. A segunda deve ser tomada seis meses após a primeira e a terceira depois de 60 meses. Além delas, podem receber gratuitamente todas as mulheres que tenham HIV entre nove e 26 anos.
Veja o que causa o HPV
O vírus do HPV é transmitido por meio do contato sexual e responsável pela quase totalidade dos casos de câncer de colo do útero. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), esse é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama, e a segunda causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. No País, 15 mil novos casos e 5.000 mortes devem ocorrer por causa do câncer de colo de útero até o fim de 2015.
A vacina disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) é quadrivalente, ou seja, ela protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18. Os tipos 16 e 18 são responsáveis por 70% dos cânceres de colo de útero e 90% das verrugas genitais, explica Gabriel Oselka, professor da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
— O ideal é que as meninas sejam vacinadas o mais precocemente possível, antes da atividade sexual. Quanto mais novo, melhor a resposta imune.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/governo-quer-aplicacao-de-vacina-de-hpv-nas-escolas-para-reverter-baixa-procura-de-adolescentes-03092015
26/10/2015 10h45
- Atualizado em
26/10/2015 11h51
Especialistas falam sobre o medo de injeção e a vacina contra o HPV
Você tem medo de injeção? Será que existe explicação?
10% da população em todo o mundo tem algum tipo de fobia.
Fobia de injeção: você tem? Saiba que não é o(a) único(a), pois 10% da população tem fobia de agulhas.
Ninguém gosta de tomar injeção, mas as vacinas são muito importantes
para combater doenças como gripe, varíola, febre amarela. Mas por que
tanta gente tem medo de injeção? Como vencer o medo? O Bem Estar desta segunda-feira (26) falou sobre esse medo com dois especialistas: o consultor e infectologista Caio Rosenthal e a pediatra Isabella Ballalai.
A picada da agulha não dura mais do que dez segundos. Para quem tem medo, isso parece uma eternidade. É comum as crianças sentirem medo, mas 10% da população em todo o mundo tem algum tipo de fobia quando o assunto é injeção.
E por que existem agulhas de diferentes espessuras? A pediatra explica que a vacina precisa atingir o músculo. Quem escolhe o tipo de agulha é o profissional.
E na hora de aplicar, onde é melhor? Braço ou bumbum? Quando aplicada no bumbum, a vacina pode se perder no tecido adiposo e toda vacina precisa atingir o músculo para ser absorvida e gerar a resposta que o corpo precisa. O melhor lugar para aplicar a vacina é o braço.
HPV
O Sistema Único de Saúde disponibilizou uma vacina muito importante – contra o vírus HPV. Meninas de 9 a 13 anos precisam tomar a vacina. São três doses: a primeira, a segunda seis meses depois e a terceira cinco anos depois. Ela protege contra quatro tipos mais comuns do vírus.
Cerca de 80% das pessoas sexualmente ativas já entraram ou vão entrar em contato com o vírus do HPV. Nem sempre ele causa doença, mas quando acontece, pode levar ao câncer de boca, vulva, vagina, colo de útero, pênis e ânus.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/especialistas-falam-sobre-medo-de-injecao-e-vacina-contra-o-hpv.html
A
pediatra Isabella Ballelai explica que foi isso o que aconteceu em
Bertioga (SP), quando nove meninas sentiram as pernas paralisadas após
tomar a vacina contra
A picada da agulha não dura mais do que dez segundos. Para quem tem medo, isso parece uma eternidade. É comum as crianças sentirem medo, mas 10% da população em todo o mundo tem algum tipo de fobia quando o assunto é injeção.
E por que existem agulhas de diferentes espessuras? A pediatra explica que a vacina precisa atingir o músculo. Quem escolhe o tipo de agulha é o profissional.
E na hora de aplicar, onde é melhor? Braço ou bumbum? Quando aplicada no bumbum, a vacina pode se perder no tecido adiposo e toda vacina precisa atingir o músculo para ser absorvida e gerar a resposta que o corpo precisa. O melhor lugar para aplicar a vacina é o braço.
HPV
O Sistema Único de Saúde disponibilizou uma vacina muito importante – contra o vírus HPV. Meninas de 9 a 13 anos precisam tomar a vacina. São três doses: a primeira, a segunda seis meses depois e a terceira cinco anos depois. Ela protege contra quatro tipos mais comuns do vírus.
Cerca de 80% das pessoas sexualmente ativas já entraram ou vão entrar em contato com o vírus do HPV. Nem sempre ele causa doença, mas quando acontece, pode levar ao câncer de boca, vulva, vagina, colo de útero, pênis e ânus.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/especialistas-falam-sobre-medo-de-injecao-e-vacina-contra-o-hpv.html
Bem Estar - Edição de segunda-feira, 26/10/2015
A vacina contra o HPV é necessária, pois ela evitará diversos tipos de Câncer, como por exemplo, o de Colo de Útero.
Cai o número de pessoas que tomam vacina contra HPV. É um risco para a saúde: a vacina evita vários tipos de câncer
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/videos/t/edicoes/v/bem-estar-edicao-de-segunda-feira-26102015/4563968/
A ansiedade após a imunização é normal e não deixa sequelas.
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