segunda-feira, 11 de julho de 2016

28/06/2016 16h17 - Atualizado em 28/06/2016 16h17

Casos confirmados de zika em PE quintuplicam em uma semana

Segundo SES, laboratórios divulgaram várias confirmações de uma só vez.
Secretaria também entende que a demanda excede capacidade de análise.

  Aedes aegypti, mosquito transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela, é visto sobre pele  humana em laboratório  (Foto: Luis Robayo/AFP) 

Aedes aegypti, mosquito transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela, é visto sobre pele humana em laboratório (Foto: Luis Robayo/AFP)

Em uma semana, o número de casos confirmados de zika em Pernambuco mais do que quintuplicou. De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta terça (28), o Estado já soma 120 casos da arbovirose. Nas últimas oito semanas, o número havia estacionado em 23 confirmações.

As notificações da doença também aumentaram, mas em menor proporção: atualmente, foram notificados 10.467 casos, 20 a mais do que na semana anterior. De acordo com o documento divulgado pela pasta, ainda foram feitos 272 descartes de possíveis casos da enfermidade.

De acordo com o diretor de controle de doenças e agravos da SES, George Dimeck, o aumento repentino no número de confirmações deve-se ao atraso no envio das informações pelos laboratórios responsáveis pelos exames. “A demanda é muito maior do que a capacidade de análise não só a nível estadual, mas também nacional. Muitos dos casos já foram processados pelos laboratórios, mas foram inseridos no sistema de uma única vez”, explica.

Em Pernambuco, os exames para a confirmação do vírus são feitos no Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen) e no Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. O Instituto Evandro Chagas, no Pará, também é responsável pela confirmação de casos. “Cada um desses laboratórios é responsável por um tipo específico de análise e, por isso, o número maior de casos em relação à semana passada foi confirmado em pacientes gestantes, crianças ou até mesmo em pessoas fora do grupo de risco”, comenta Dimeck.

Além da diversidade de pacientes, os casos também foram confirmados em diferentes períodos. “Alguns foram mais recentes e outros foram mais antigos”, esclarece o profissional. Ainda de acordo com o representante da SES, o possível aumento de confirmações nas próximas semanas demonstrará uma mobilização por parte dos laboratórios para entregar os resultados de forma mais célere.

Dengue e chikungunya
O boletim da SES também informou 1.551 novas notificações de chikungunya e 336 novas notificações de dengue em relação à semana anterior. Para a pasta, os casos notificados são ainda mais importantes do que os casos confirmados. Do ponto de vista epidemiológico, as notificações possibilitam o direcionamento do trabalho para combater o Aedes aegypti, segundo a secretaria.

Ainda de acordo com o documento, houve a confirmação de 1.598 casos de chikungunya a mais do que na semana anterior; em relação à dengue, foram confirmados 97 casos a mais do que no último boletim. Houve, ainda, o descarte de mais 1.007 casos de chikungunya, totalizando 9.948 casos que não se enquadram na doença. A SES ainda informou que os descartes de casos de dengue subiu de 22.313 para 22.448.

“Aparentemente há uma redução no número de casos, devido à sazonalidade e à demora do registros das doenças pelos municípios. Ainda assim, o alerta da população deve ser vitalício”, recomenda Dimeck, referindo-se à necessidade de continuidade das mobilizações contra o Aedes aegypti.

Microcefalia
No mesmo boletim, a SES também indicou que as notificações de microcefalia subiram de 2.008 para 2.014 em uma semana. Os prováveis casos da malformação congênita também aumentaram de 884 para 890. Em relação aos descartes, houve apenas dois a mais do que na semana anterior, totalizando 1.167.

Entre 2 de dezembro de 2015 e o último sábado (25), foram registradas 4367 gestantes com exantemas espalhados pelo corpo – sete a mais do que o último número divulgado pela pasta. Ainda dentro de uma semana, a SES também confirmou mais dois casos de microcefalia intra-útero, totalizando 29.

O número de óbitos de bebês com microcefalia permaneceu em 73, sendo 37 natimortos e 35 neomortos, cujos óbitos foram registrados logo após os nascimentos. A secretaria ainda esclarece que nenhum dos casos teve a malformação como causa básica da morte.

Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2016/06/casos-confirmados-de-zika-em-pe-quintuplicam-em-uma-semana.html

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