quinta-feira, 18 de agosto de 2016

luva congelante 
Cientistas Inventam Luva Congelante Melhor Que Anabolizantes

Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criaram uma luva congelante que promete trazer resultados iguais ou até melhores que os esteroides anabolizantes, em relação à rapidez da recuperação muscular.

Tudo isso sem que o praticante tenha problemas com a justiça por usar substâncias ilegais ou sofra efeitos colaterais como o aumento da mama para os homens, acne, elevação do colesterol ruim (LDL) e redução do colesterol bom (HDL), aumento da incidência de tumores e mudança de comportamento, com aumento da agressividade.

A luva causa esse efeito ao esfriar a temperatura do corpo logo depois de uma sessão de treinamento, o que permite que a recuperação dos atletas aconteça de uma maneira mais rápida e que, por consequência, eles possam treinar mais, foi criada meio sem querer. Quem afirmou isso foi o pesquisador da área de biologia da Universidade de Stanford, Dennis Grahn, e um dos idealizadores do projeto, em entrevista dada ao próprio site da instituição.

De acordo com o cientista, a intenção inicial dele e de seus colegas de trabalho era encontrar um modelo para estudar a dissipação do calor.

Segundo o site ZD Net, o acessório já foi usado pelo time de futebol inglês Manchester United, por equipes esportivas de universidades e pelos times de futebol americano San Francisco 49ers e Oakland Raiders.

A trajetória dos pesquisadores até a criação da luva

Há mais de uma década, Grahn e seu colega, o professor de biologia H. Craig Heller já vinham procurando um modo de utilizar as veias das palmas das mãos ,que atuam na transferência de calor, para esfriar rapidamente a temperatura corporal de atletas e assim melhor o processo de recuperação e a performance deles.

Mas foram necessários muitos estudos e pesquisas para que eles chegassem até a invenção da luva. Tudo começou com uma discussão acerca dos ursos negros, animais que possuem bastante pelo e também carregam uma grande camada de gordura debaixo de sua pele, que os ajuda a manter a temperatura corporal desses animais, de modo que eles possam hibernar durante o inverno.

Ao analisar o que acontece no organismo desses ursos quando o inverno acaba e as temperaturas aumentam, os cientistas descobriram que eles possuem uma espécie de radiadores embutidos em seu corpo, assim como ocorre com a maioria dos mamíferos.

Conforme explicou a Universidade de Stanford, esses radiadores são áreas do corpo que não possuem pelos e que são compostas por uma vasta rede de veias. Eles ficam localizados perto da superfície da pele e possuem a função de controlar a temperatura corporal de maneira rápida.

Essas veias são encontradas em muitos animais, inclusive no ser humano. Nos coelhos elas estão presentes nas orelhas, nos cachorros na língua e nos ursos nos pés e na ponta do nariz. Já em nós, humanos, as AVAs estão localizadas no rosto e nos pés, mas principalmente nas mãos. E foi justamente daí que saiu a ideia para a invenção de Grahn e Heller.

Eles optaram pela luva, que pode controlar como acontece o resfriamento na mão, e não por simplesmente colocar a mão dos atletas em um balde de gelo porque ao ter contato com temperaturas extremamente baixas, as veias de que estamos falando aqui seriam paralisadas e não conseguiriam exercer a função que se espera delas.

Por sua vez, a luva quando colocada cria um leve vácuo na mão do usuário. Esse vácuo absorve o sangue até a superfície da pele, que resulta no resfriamento controlado da mão da pessoa.

E será que essa luva funciona de verdade?

Para verificar se a luva congelante realmente poderia beneficiar o desempenho atlético, os pesquisadores fizeram um teste com um dos coautores do experimento, Vinh Cao, que é um frequentador assíduo de academia, entre sessões de exercícios na barra fixa.

O resultado observado por eles foi que a luva praticamente eliminou a fadiga muscular de Cao e que mesmo depois de diversas séries na barra, ele conseguia fazer a mesma quantidade de repetições que havia realizado no início. “Então, nas seis semanas seguintes ele deixou de fazer 180 repetições na barra fixa para mais de 620. Essa taxa de melhoria de performance física não tem precedentes”, afirmou o professor H. Craig Heller.

Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)

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