19/10/2015 09h19
- Atualizado em
19/10/2015 09h19
Droga em teste busca tratar obesidade e ansiedade ao mesmo tempo
Cientistas veem ligação entre processos que controlam ambos os transtornos.
Conexão passa por molécula do organismo similar a substância da maconha.
Do G1, em São Paulo
Os processos bioquímicos do organismo que controlam a ansiedade têm
muito em comum com a obesidade, e uma droga em teste para tratar
problemas metabólicos pode ajudar também a evitar transtornos
psiquiátricos, indica um novo estudo.
A descoberta está relacionada à ação dos endocanabinoides, moléculas similares ao principio ativo da maconha, mas que existem naturalmente no organismo, afirmam os autores do trabalho, do Instituto de Pesquisas do Hospital de Ottawa, no Canadá.
Hsiao-Huei Chen, que liderou a pesquisa, estava estudando um gene – um segmento de DNA que controla a produção de proteínas ativas no organismo – quando notou que camundongos que não possuiam esse trecho de informação genética exibiam comportamento de ansiedade e ficavam obesos.
Esse gene, em animais saudáveis, é manipulado por uma enzima – uma proteína que promove reações químicas – chamada PTB1B, e cientistas descobriram que a manipulação desta molécula altera o estado de fome e ansiedade e fome das pessoas. A descoberta foi descrita em estudo publicado na revista “Neuron”.
Já se sabia, claro, que a maconha tem essa propriedade (é capaz de despertar a fome), mas a pesquisa mostra como interferir nos processos bioquímicos dos endocanabinoides para se obter o efeito inverso. Ao ingerir uma droga chamada trodusquemina, que interfere na produção de PTB1B, camundogos tiveram níveis de ansiedade e obesidade reduzidos.
Segundo Chen, a droga já está em testes clínicos para duas finalidades: combate ao câncer de mama e controle de apetite, mas é possível que ela se qualifique também como ansiolítico.
“Tratamentos atuais para transtornos de ansiedade tem problemas como vício e outros efeitos colaterais”, explicou o cientista, em comunicado à imprensa. “Nossa abordagem deixa o cérebro reparar a si próprio simplesmente restaurando o nível apropriado de PTB1B.”
Como a obesidade e a ansiedade coexistem em muitos pacientes, afirma o pesquisador, existe potencial para que esta droga e outras no futuro ajude a tratar os problemas simultaneamente.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/droga-em-teste-busca-tratar-obesidade-e-ansiedade-ao-mesmo-tempo.html
Brasil
está nutrindo gerações de obesos. É o que mostra o gráfico acima,
pertencente ao recém-divulgado relatório anual sobre saúde global da
Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo o
estudo, o Brasil é o sexto país com maior número de crianças acima do
peso ou obesas, entre 39 nações pesquisadas. Mais de uma entre cada três
crianças brasileiras mostra essa característica preocupante. A
tendência, como observa a OCDE, é mundial. Mas, enquanto nos países
ricos as taxas parecem estar se estabilizando - Dinamarca e Reino Unido,
por exemplo, conseguiram reduzir a porcentagem de obesos entre
adolescentes de quinze anos -, ainda não se pode dizer o mesmo sobre
países emergentes, entre os quais o Brasil se enquadra. "A infância é um
período importante na aquisição de hábitos saudáveis", diz o relatório.
"Estudos mostram que intervenções focadas em crianças até 12 anos podem
ser eficientes ao mudar comportamentos [alimentares]."
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/uma-nacao-de-jovens-obesos
A descoberta está relacionada à ação dos endocanabinoides, moléculas similares ao principio ativo da maconha, mas que existem naturalmente no organismo, afirmam os autores do trabalho, do Instituto de Pesquisas do Hospital de Ottawa, no Canadá.
Hsiao-Huei Chen, que liderou a pesquisa, estava estudando um gene – um segmento de DNA que controla a produção de proteínas ativas no organismo – quando notou que camundongos que não possuiam esse trecho de informação genética exibiam comportamento de ansiedade e ficavam obesos.
Esse gene, em animais saudáveis, é manipulado por uma enzima – uma proteína que promove reações químicas – chamada PTB1B, e cientistas descobriram que a manipulação desta molécula altera o estado de fome e ansiedade e fome das pessoas. A descoberta foi descrita em estudo publicado na revista “Neuron”.
Já se sabia, claro, que a maconha tem essa propriedade (é capaz de despertar a fome), mas a pesquisa mostra como interferir nos processos bioquímicos dos endocanabinoides para se obter o efeito inverso. Ao ingerir uma droga chamada trodusquemina, que interfere na produção de PTB1B, camundogos tiveram níveis de ansiedade e obesidade reduzidos.
Segundo Chen, a droga já está em testes clínicos para duas finalidades: combate ao câncer de mama e controle de apetite, mas é possível que ela se qualifique também como ansiolítico.
“Tratamentos atuais para transtornos de ansiedade tem problemas como vício e outros efeitos colaterais”, explicou o cientista, em comunicado à imprensa. “Nossa abordagem deixa o cérebro reparar a si próprio simplesmente restaurando o nível apropriado de PTB1B.”
Como a obesidade e a ansiedade coexistem em muitos pacientes, afirma o pesquisador, existe potencial para que esta droga e outras no futuro ajude a tratar os problemas simultaneamente.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/droga-em-teste-busca-tratar-obesidade-e-ansiedade-ao-mesmo-tempo.html
Brasil, uma nação de jovens obesos
Novo relatório mostra que mais de um entre três adolescentes brasileiros estão acima do peso
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Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/uma-nacao-de-jovens-obesos
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