Hormônio do Crescimento
Sinônimos
GH ("growth hormone") / HC ("hormônio da juventude")
O que é?
É um hormônio existente em todas as pessoas
normais, que é produzido pela glândula hipófise, situada na base do
crânio. A sua estrutura de aminoácidos é conhecida há mais de 40 anos e
há mais de 10 anos foi sintetizado através de técnicas transgênicas,
estando disponível para uso em diversas situações.
Qual a sua função no organismo?
É importante para o crescimento desde os
primeiros anos de vida até o fechamento das cartilagens de crescimento
dos ossos (epífises), o que ocorre no final da puberdade, em geral,
entre os 15 e os 20 anos de idade.
Possui também importantes funções no metabolismo, principalmente:
aumento da síntese de proteínas (principalmente nos ossos e músculos) | |
diminui a deposição de gorduras em algumas regiões do organismo como o abdômen e o tronco | |
aumento das necessidades de insulina pelo organismo | |
retém sódio e eletrólitos | |
aumento da absorção intestinal e eliminação renal de cálcio |
A liberação normal ocorre durante o sono normal,
havendo 3 a 4 picos em cada noite de sono. Estes picos são maiores
durante a puberdade e tendem a diminuir com a idade em todas as pessoas.
O controle da secreção do GH por parte da
hipófise é regulado por uma região do cérebro denominada hipotálamo, que
produz dois hormônios. Um deles é estimulador da liberação do GH,
chamado de GHRH (do inglês: GH- releasing hormone) e o outro é inibidor,
denominado somatostatina.
Sua ação se faz diretamente em alguns tecidos
do organismo e, principalmente, através da produção de fatores de
crescimento, especialmente um fator semelhante à insulina, denominado
"IGF-1" (abreviatura da sigla inglesa: "insulin growth factor" número
1).
O que se sente na sua falta ou excesso?
A falta do GH provoca uma doença denominada
hipopituitarismo, e o excesso acromegalia, que estão descritos em itens
específicos deste site.
Quando está indicado tratamento com GH?
O tratamento de reposição hormonal com GH está indicado nas situações a seguir:
quando se demonstra a sua deficiência (hipopituitarismo), ou seja:
baixa estatura ou nanismo de causa hipofisária
(hipopituitarismo), usualmente associada com a reposição de outros
hormônios que também estão deficientes.
hipopituitarismo do adulto ou deficiência de
GH do adulto, normalmente decorrente de doença hipofisária ou após
cirurgia e/ou radioterapia sobre a hipófise.
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em doenças onde sua reposição pode provocar efeitos benéficos sobre o crescimento:
síndrome de Turner: baixa estatura em meninas
associada à falência de desenvolvimento da puberdade e alterações em
diversas partes do organismo, provocadas pela falta ou anomalia de um
dos cromossomos x (cariótipo 46 x0)
crianças e adolescentes com insuficiência renal crônica, associado ao manejo da doença renal e diversos tratamentos de suporte
algumas doenças genéticas onde ocorrem
defeitos de formação óssea (displasias ósseas), sendo nestes casos
indicado somente em algumas doenças específicas e com o cuidado de não
haver piora das proporções entre as diversas parte do corpo (membros
superiores e inferiores, tronco e abdômen)
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É importante registrar que, para reposição de GH,
devemos utilizar apenas o hormônio sintético. O hormônio humano, obtido a
partir de hipófise de cadáveres, não deve ser empregado devido ao risco
de contaminação com várias e graves doenças. O uso de hormônios
extraídos de animais é também totalmente contra-indicado, não só pelo
risco de contaminação, como também pela reação alérgica que pode
provocar em função do fato do hormônio animal ter uma estrutura
molecular diferente.
Questões atuais e relevantes acerca do GH
Nos pacientes adultos com deficiência de GH, a sua reposição provoca aumento da capacidade física, diminuição do peso corporal, redistribuição da gordura abdominal, aumento da massa muscular, melhora do humor e do desempenho intelectual, entre outros efeitos mais importantes. | |
Em função destes excelentes efeitos benéficos, seu uso passou a ser especulado em situações como a obesidade severa e, principalmente, no sentido de reduzir o processo de envelhecimento e para a melhoria do condicionamento físico. | |
Estes usos, no entanto, não são cientificamente recomendados e, até ao contrário, contra-indicados. Assim, no esporte em geral, a sua utilização é considerada ilícita, estando incluída entre as substâncias proibidas pelo Comitê Olímpico Internacional. | |
No que se refere ao efeito antienvelhecimento, o mesmo não está demonstrado. Até ao contrário, em pessoas normais e idosas, ocorre uma redução progressiva da produção de GH, sendo este processo considerado associado ao envelhecimento. Doenças crônicas associadas, alterações nutricionais, redução de atividade física, alterações de sono e uso de diversas medicações são situações em que pode haver piora desta produção hormonal. O emprego de GH em idosos pode apresentar graves efeitos colaterais, como o desencadeamento de diabete melito, aumento da pressão arterial, agravamento de dores articulares e artrose, inchumes (edemas) e piora de função cardíaca e renal. | |
Dependendo da dose empregada, podem surgir sinais e sintomas semelhantes à acromegalia, conforme descrito no artigo "Acromegalia" neste site. |
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