quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Trabalhar demais aumenta o risco de derrame e doença cardíaca | ABC da Saúde 
Trabalhar demais aumenta o risco de derrame e doença cardíaca
O trabalho, além de ser uma necessidade indispensável para o sustento da maior parte das pessoas, para muitos é uma fonte de prazer e para alguns chega a ser um vício. O estilo de vida contemporâneo, com a crescente urbanização, tem mudado tanto as formas como os locais de trabalho.
A associação entre longos períodos de trabalho e maior risco de doenças, principalmente de natureza cardiovascular, tem sido alvo de pesquisas já faz algum tempo. Porém, evidências baseadas em estudos prospectivos, que são mais robustos do ponto de vista metodológico, são escassas e limitadas a doenças coronarianas. Em uma pesquisa recentemente publicada na revista médica The Lancet este tema volta a ser abordado utilizando a metodologia de meta-análise, onde é feita uma compilação de vários trabalhos publicados sobre o tema, sendo os dados agrupados e analisados em conjunto, o que proporciona uma maior eficácia estatística.
A pesquisa analisou dados de 25 trabalhos, somando mais de 600.000 participantes em 11 países, o que compõe o maior estudo já realizado sobre o assunto. Os resultados demonstram claramente uma associação entre longos períodos de trabalho (definidos como mais de 55 horas por semana) e maior risco da ocorrência de acidente vascular cerebral (também chamado de AVC ou derrame).
Além disso, o conjunto de dados apresenta uma relação de dose-resposta. Partindo de períodos de trabalho padrão (definidos como 35 a 40 horas por semana), o aumento da carga horária semanal produz um aumento proporcional no risco de AVC. Esta curva dose-resposta é um indicativo da consistência do resultado. Esta relação também foi observada com doenças cardiovasculares, porém, com menor intensidade.
São muitos os mecanismos que poderiam explicar esta relação, sendo o estresse o principal deles, além do comportamento sedentário e do tempo em que a pessoa permanece sentada durante o dia. No entanto, este tipo de estudo não permite que se tire nenhuma conclusão sobre as causas que levam um maior tempo de trabalho ao aumento do risco de derrame e doença cardíaca.
Estes resultados alertam para um novo fator de prevenção de doenças que deve ser considerado, o tempo dispendido com o trabalho. Talvez trabalhar um pouco menos (para quem têm esta opção), mesmo tendo como consequência um padrão de vida aparentemente mais modesto, pode trazer um grande benefício à saúde e evitar uma invalidez ou morte precoce.
Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/

21/11/2015 às 19h47 (Atualizado em 21/11/2015 às 20h01)

Falar mais de uma língua pode evitar sequelas de AVC, sugere estudo

40,5% dos bilíngues ficaram sem sequelas; entre os que falavam apenas uma língua, só 19,6%
 
De acordo com a pesquisa, ser bilíngue teria um papel "protetor" no desenvolvimento de qualquer disfunção cognitiva após um AVC Getty Images 
 
Falar mais de uma língua não traz apenas benefícios culturais. Segundo um estudo recente feito na Universidade de Edimburgo, na Escócia, ser bilíngue pode ajudar pacientes a se recuperarem melhor de um AVC (acidente vascular cerebral).
A pesquisa foi feita com 600 pessoas que foram vítimas de AVC – o resultado mostrou que 40,5% das que falavam mais de uma língua ficaram sem sequelas mentais; entre as que falavam apenas uma língua, só 19,6% ficaram sem sequelas.
Os pesquisadores acreditam que o estudo, que foi financiado pelo Conselho Indiano de Pesquisa Médica, sugere que o desafio mental de falar vários idiomas pode aumentar nossa reserva cognitiva – habilidade que o cérebro tem para lidar com influências prejudiciais, como AVC ou demência.
O estudo – divulgado na publicação científica American Heart Association - também levou em consideração idade dos pacientes, se eles eram fumantes ou não, se tinham pressão alta e se eram diabéticos.
Resultados
De acordo com os resultados da pesquisa, a habilidade bilíngue teria um papel "protetor" no desenvolvimento de qualquer disfunção cognitiva após um AVC.
É a primeira vez que se faz um estudo estabelecendo uma relação entre o número de línguas que um paciente fala e as consequências de um AVC para as funções cognitivas.
"A porcentagem de pacientes com funções cognitivas intactas depois de um AVC representava mais que o dobro em pessoas bilíngues em comparação com aquelas que só falam uma língua", diz a pesquisa. "Em contraste, pacientes com disfunções cognitivas eram muito mais comuns entre os que só falavam uma língua."
Aprender outras línguas é algo que exige uma "ginástica" do cérebro, e vários estudos científicos já mostraram que falar muitos idiomas pode melhorar a atenção e a memória, formando uma "reserva cognitiva" que atrasa o desenvolvimento da demência, por exemplo.
"O bilinguismo faz com que as pessoas mudem de uma língua para outra, então quando eles inativam uma língua, eles precisam ativar a outra para poderem se comunicar", explicou Thomas Bak, um dos autores do estudo na Universidade de Edimburgo.
— Essa troca oferece um treinamento cerebral praticamente constante , o que pode ser um fator relevante para ajudar na recuperação de um paciente que teve um AVC.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/falar-mais-de-uma-lingua-pode-evitar-sequelas-de-avc-sugere-estudo-21112015  

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