28/10/2016 20h02
- Atualizado em
28/10/2016 20h09
Com UPA Centro fechada, conselho prevê sobrecarga no Mário Gatti
Para evitar fim das atividades, entidade procurou Ministério Público.
Unidade de Campinas vai parar de funcionar no dia 3 de novembro.
"A história já mostrou que quando o antigo PS Centro foi fechado a
demanda toda recaiu sobre o Mário Gatti. A pergunta é alguém imagina que
o morador do Centro e da região Leste vai para o São José? Não, ele vai
vir pro Mário Gatti. É o Mário Gatti que vai ser sobrecarregado e que
hoje praticamente já opera acima do limite", afirma.
Para o presidente, trazer os pacientes da UPA Centro vai gerar uma situação precária de atendimento. "Com certeza, a gente vai ter uma dificuldade maior. São os trabalhadores do Mário Gatti que vão arcar com essa dificuldade e os usuários que vão ter uma situação de atenção piorada", pontua.
Para o conselho, a UPA não deveria ser fechada, por isso, a entidade procurou o Ministério Público.
"Vamos continuar lutando. Fomos ao MP pedir uma ajuda para garantir que o serviço não seja fechado", afirma Mariante.
Opções
Com o fim das atividades, nos casos mais simples, os pacientes deverão procurar o centro de saúde da rua Padre Vieira. Já nas situações mais complexas, eles deverão procurar o Hospital Mário Gatti, que fica a 3 km de distância da UPA Centro.
Em setembro, mais de 15,8 mil pessoas procuraram atendimento na instituição. Outra opção é procurar a UPA São José, que fica a 9 km do Centro.
Em nota, a Prefeitura afirmou que o Mário Gatti e a UPA São José vão dar conta de atender uma demanda maior de pacientes. A administração disse ainda que o prédio da UPA Centro não tem condições de ser reformado.
Indignação
A auxiliar de limpeza Francisca Silva tem problema no joelho e por isso, ia com frequência até a UPA Centro para fazer o tratamento. Ela assustou ao saber do fechamento. "Eu acho que não pode fechar, tem que dar um jeito de fazer com que a Prefeitura não feche", afirma.
Já a desempregada Patrícia Moreira ficou revoltada ao descobrir o fechamento da unidade. "O que vai sobrar? Vai piorar, já tá ruim, vai ficar pior ainda", reclama.
Fechamento
Na quinta-feira (27), a Prefeitura de Campinas confirmou o fechamento da UPA Centro a partir de 3 de novembro. Nesta semana, quatro áreas do complexo já tinham sido interditadas pela Vigilância em Saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que vai manter equipes com médicos e enfermeiros na UPA por 15 dias, das 7h às 19h, a partir da data do fechamento e que esses profissionais darão orientações às pessoas que procurarem atendimento.
Depois, a administração afirmou que os servidores serão transferidos para o centro de saúde Mário de Campos Bueno Júnior, que fica na rua Padre Vieira.
A unidade funciona 24 horas e faz cerca de 400 atendimentos por dia, entre urgências, emergências, além de também acolher pessoas que buscam informações.
Imagens feitas pela EPTV, afiliada TV Globo, mostraram
que o chão da UPA estava com remendos, que na área de descanso havia
várias placas do teto soltas e pontos em que elas não existiam mais.
Já os pacientes tinham que se sentar em cadeiras rasgadas e quebradas.
Nos fundos do prédio, no que seria uma possível saída de emergência em caso de incêndio, as paredes estavam tomadas pelo mofo e ao redor da escada, móveis, cadeiras e vários materiais estavam amontoados.
Um relatório de temperatura da sala de medicamentos também deixou claro o quanto a situação era ruim na unidade. Em pelo menos seis dias, o espaço ficou acima de 30ºC, o que poderia prejudicar o efeito dos remédios.
Os banheiros também estavam em péssimo estado. No masculino havia pichações por todos os lados. "Esse prédio tá todo irregular. Pra você atender urgência e emergência, vários tipos de contaminantes, você tem que ter um tipo de piso que seja lavável, um teto onde não tenha infiltrações, fios aparentes. Só que tem pia com mofo, infiltrações e vazamentos. A impressão quando fala isso é que tô falando de uma casa.
abandonada, mas não, é a UPA Centro", afirma Afonso Basílio Jr., diretor da área de saúde do sindicato.
Para o presidente, trazer os pacientes da UPA Centro vai gerar uma situação precária de atendimento. "Com certeza, a gente vai ter uma dificuldade maior. São os trabalhadores do Mário Gatti que vão arcar com essa dificuldade e os usuários que vão ter uma situação de atenção piorada", pontua.
Para o conselho, a UPA não deveria ser fechada, por isso, a entidade procurou o Ministério Público.
"Vamos continuar lutando. Fomos ao MP pedir uma ajuda para garantir que o serviço não seja fechado", afirma Mariante.
Opções
Com o fim das atividades, nos casos mais simples, os pacientes deverão procurar o centro de saúde da rua Padre Vieira. Já nas situações mais complexas, eles deverão procurar o Hospital Mário Gatti, que fica a 3 km de distância da UPA Centro.
Em setembro, mais de 15,8 mil pessoas procuraram atendimento na instituição. Outra opção é procurar a UPA São José, que fica a 9 km do Centro.
Em nota, a Prefeitura afirmou que o Mário Gatti e a UPA São José vão dar conta de atender uma demanda maior de pacientes. A administração disse ainda que o prédio da UPA Centro não tem condições de ser reformado.
Indignação
A auxiliar de limpeza Francisca Silva tem problema no joelho e por isso, ia com frequência até a UPA Centro para fazer o tratamento. Ela assustou ao saber do fechamento. "Eu acho que não pode fechar, tem que dar um jeito de fazer com que a Prefeitura não feche", afirma.
Já a desempregada Patrícia Moreira ficou revoltada ao descobrir o fechamento da unidade. "O que vai sobrar? Vai piorar, já tá ruim, vai ficar pior ainda", reclama.
Fechamento
Na quinta-feira (27), a Prefeitura de Campinas confirmou o fechamento da UPA Centro a partir de 3 de novembro. Nesta semana, quatro áreas do complexo já tinham sido interditadas pela Vigilância em Saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que vai manter equipes com médicos e enfermeiros na UPA por 15 dias, das 7h às 19h, a partir da data do fechamento e que esses profissionais darão orientações às pessoas que procurarem atendimento.
Depois, a administração afirmou que os servidores serão transferidos para o centro de saúde Mário de Campos Bueno Júnior, que fica na rua Padre Vieira.
A unidade funciona 24 horas e faz cerca de 400 atendimentos por dia, entre urgências, emergências, além de também acolher pessoas que buscam informações.
Remédios ficam armazenados em local com temperatura não ideal na UPA (Foto: Reprodução/ EPTV)
Interdição
Na segunda-feira (24), as salas de descanso de enfermagem, medicação, esterilização e a revelação dos exames de raio-x foram desativadas pela vigilância por falta de condições higiênico-sanitárias.
Na segunda-feira (24), as salas de descanso de enfermagem, medicação, esterilização e a revelação dos exames de raio-x foram desativadas pela vigilância por falta de condições higiênico-sanitárias.
Já os pacientes tinham que se sentar em cadeiras rasgadas e quebradas.
Nos fundos do prédio, no que seria uma possível saída de emergência em caso de incêndio, as paredes estavam tomadas pelo mofo e ao redor da escada, móveis, cadeiras e vários materiais estavam amontoados.
Um relatório de temperatura da sala de medicamentos também deixou claro o quanto a situação era ruim na unidade. Em pelo menos seis dias, o espaço ficou acima de 30ºC, o que poderia prejudicar o efeito dos remédios.
Os banheiros também estavam em péssimo estado. No masculino havia pichações por todos os lados. "Esse prédio tá todo irregular. Pra você atender urgência e emergência, vários tipos de contaminantes, você tem que ter um tipo de piso que seja lavável, um teto onde não tenha infiltrações, fios aparentes. Só que tem pia com mofo, infiltrações e vazamentos. A impressão quando fala isso é que tô falando de uma casa.
abandonada, mas não, é a UPA Centro", afirma Afonso Basílio Jr., diretor da área de saúde do sindicato.
Banheiro pichado na UPA Centro, em Campinas (Foto: Murillo Gomes / G1)
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