segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Itália sofre 700 réplicas de terremoto em um dia

Quarto terremoto atingiu a zona central e devastou o país europeu 
 
Terremoto que atingiu Marcas e Umbria neste domingo foi o quarto de grande magnitude que sacudiu a Itália nos últimos dois meses REUTERS/Remo Casilli
A Itália não para de tremer. Mais de 700 réplicas foram registradas desde o terremoto de 6,5 graus de magnitude que atingiu ontem (30) a região central do país, informou o INGV (Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia).

As principais réplicas ocorreram entre as regiões de Marcas e Umbria. Apesar de constantes, apenas um tremor ultrapassou os 5 graus na escala Richter, disse à Ansa o sismólogo Alberto Michelini, do INGV.

Os especialistas calculam que 18 réplicas tiveram intensidade de 4 a 5 graus, enquanto 301 tremores de terra foram enquadrados na categoria de 3 a 4 graus. Outros 403 sismos ficaram abaixo dos 3 graus de magnitude na escala Richter.

O terremoto que atingiu Marcas e Umbria neste domingo foi o quarto de grande magnitude que sacudiu a Itália nos últimos dois meses.

No dia 24 de agosto, um terremoto de 6 gaus devastou cidades inteiras da região do Lazio. Várias réplicas foram sentidas nos dias posteriores, mas nenhuma tinha passado de 5 graus. Porém, na última semana, outros dois terremotos assustaram a população. E, ontem, a terra voltou a tremer de novo.

A Defesa Civil italiana estima que entre 25 mil e 40 mil pessoas estejam desabrigadas. Os danos ainda não foram calculados, mas centenas de construções, inclusive igrejas, ruíram com os terremotos.

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse que não houve mortos neste último terremoto, mas que o tremor de terra "devastou o coração" do país, com danos "impressionantes".

— A alma da Itália está inquieta. O terremoto mais forte desde 1980 devastou o coração da nossa península. Não há mortos desta vez, e isto nos dá um grande alívio. Mas os danos ao patrimônio doméstico, econômico, cultural e religioso são impressionantes. Estas cidades são a identidade da Itália, devemos reconstruí-las por completo e rapidamente.

Na noite após o terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu a região central da Itália neste domingo (30), milhares de italianos tiveram que dormir em seus carros ou em centros de acolhimento de suas cidades.

Durante a madrugada, a população da Úmbria, Marcas e Lazio também sentiu réplicas dos tremores do dia anterior, a maior delas foi a de 4,2 graus de magnitude registrada às 4h27 (1h27 no horário de Brasília) ainda na área de Norcia.

Até o momento, de acordo com comunicado da Defesa Civil, são mais de 15 mil as pessoas que estão recebendo assistência do órgão após os sismos de ontem e os dos dias 24 de agosto e 26 de outubro.

Mais de 500 pessoas foram acolhidas em hotéis na área de Trasimeno, na província de Perugia, cerca de 4 mil estão em estruturas hoteleiras na costa adriática, outras 3 mil estão na Úmbria em centros de acolhimento e mais de 7 mil estão nas Marcas na mesma condição.

Esses dados, referentes aos tremores deste domingo, continuam a ser atualizados.

Dos italianos assistidos pela Defesa Civil, cerca de 1,1 mil deles estão sem casa devido ao terremoto de 24 de agosto, no qual 298 pessoas morreram. Desde então, eles estão vivendo em hotéis ou em centros de acolhimento principalmente em San Benedetto del Tronto, perto das habitações dos projetos Complessi Antisismici Sostenibili e Ecocompatibili (C.a.s.e, Complexos Antissísmicos Sustentáveis e Eco-compatíveis), em Áquila, e Moduli Abitativi Provvisori (M.a.p, Módulos de Habitação Provisórios), em Abruzzo.

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