sexta-feira, 2 de outubro de 2015

01/10/2015 05h00 - Atualizado em 01/10/2015 14h17

Idade da menopausa tem impacto em risco de câncer de mama, diz estudo

Mulheres que tem menopausa antes dos 40 tem menos risco de câncer.
Pesquisa avaliou o genoma completo de 70 mil mulheres.

Exames de mamografia serão realizados até domingo  (Foto: Giliardy Freitas/ TV TEM) 

Mulher se submete a exame de mamografia: estudo concluiu que existe relação entre idade da menopausa e risco para câncer de mama (Foto: Giliardy Freitas/ TV TEM)

Um grupo de pesquisadores das Universidades de Cambridge e Exeter estabeleceu uma conexão entre a idade com que uma mulher entra na menopausa e o câncer de mama, mostrou um estudo divulgado nesta segunda-feira (28) pela revista "Nature Genetics".
A pesquisa indicou que as mulheres que têm menopausa antes dos 40 anos são menos propensas a desenvolver este tipo de câncer; no entanto, têm mais probabilidades de sofrer de outras doenças, como a osteoporose e o diabetes tipo dois.
Além disso, os pesquisadores descobriram que, a cada ano que a menopausa demora a aparecer, o risco de câncer de mama sobe 6%.
A co-autora do estudo Deborah Thompson, do departamento de Saúde Pública e Atenção Primária da Universidade de Cambridge, indicou que isto é porque as mulheres que tiveram menopausa mais cedo "estiveram menos expostas ao estrogênio durante sua vida".
A investigação concluiu que a idade natural da menopausa, que marca o final da vida reprodutiva da mulher, é geneticamente determinada, porém ainda não é possível saber a totalidade dos genes envolvidos e como eles impactam nos riscos de doença.
Os autores realizaram um estudo de associação do genoma completo de 70 mil mulheres de ascendência europeia e identificaram no total 56 variantes genéticas associadas com a idade da menopausa.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/10/idade-da-menopausa-tem-impacto-em-risco-de-cancer-de-mama-diz-estudo.html

Mais da metade das brasileiras na pós-menopausa têm carência de vitamina D

Um novo estudo mostrou que a deficiência da substância entre as brasileiras é 15% maior em locais com menor intensidade solar, como na região Sul do país

Por: Giulia Vidale - Atualizado em



Para evitar a carência de vitamina D recomenda-se a exposição diária do tronco, braços e pernas ao sol, sem filtro solar, por apenas 10 minutos, entre às 10h00 e às 15 horas(VEJA.com/Thinkstock)
Mais da metade das brasileiras na pós-menopausa sofrem com a carência de vitamina D. Esse quadro é ainda mais grave em locais com menor intensidade solar, como na região Sul do país. É o que diz um estudo realizado em conjunto por pesquisadores da Unifesp e da Associação Brasileira de Avaliação e Osteometabolismo (Abrasso).
Para a pesquisa, foram analisados dados de 1.933 brasileiras com idades entre 60 e 85 anos que eram portadoras de osteopenia (redução da massa óssea) e osteoporose. As participantes residiam nas cidades de Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba ou Porto Alegre. De acordo com os autores, a escolha das cidades foi proposital para analisar se havia uma associação entre latitude e concentração de vitamina D.
"O problema é mais acentuado nas regiões onde o sol é menos intenso. Isso porque mais de 90% da vitamina D presente em nosso corpo é produzida por um processo bioquímico desencadeado quando os raios solares incidem sobre a pele.", explicou Henrique Pierotti Arantes, endocrinologista da Abrasso e principal autor do estudo. "Quanto maior a latitude, menor o impacto dos raios sobre a pele da população e vice-versa", disse o endocrinologista.
Os resultados do exame 25 hidroxivitamina D, que mede a concentração de vitamina D no organismo, mostrou que 51,3% das participantes tinham níveis inadequados (menor que 30 ng/mL) da substância. Em relação ao déficit por regiões, a carência de vitamina D (menor que 20 ng/mL) foi encontrada em 10% das mulheres nas cidades do Nordeste e chegou a 25% nas cidades do Sul do país.
"Para cada grau de latitude ao sul do país, há uma queda na concentração de vitamina D, de, em média, 0,3 ng/mL. Esses dados são importantes para a prevenção e controle da osteoporose no país. A carência de vitamina D pode diminuir o efeito do tratamento da doença, facilitar a ocorrência de fraturas em casos mais graves e até dificultar a absorção de cálcio intestinal, fundamental para que um indivíduo mantenha uma boa saúde óssea", explica Arantes.
Silenciosa e assintomática, a osteoporose provoca o desgaste progressivo dos ossos e atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, principalmente idosos e mulheres na pós-menopausa. Dados da International Osteoporosis Foundation (IOF) apontam que a doença é responsável por mais de nove milhões de fraturas por ano no país.
Embora a falta de vitamina D no organismo seja um problema crônico no país, ela pode ser combatida por meio de uma medida bastante simples: tomar sol. "O ideal é expor o tronco, os braços e as pernas, sem filtro solar, por apenas 10 minutos, das 10 horas e às 15 horas", afirma a endocrinologista Marise Lazaretti Castro, diretora científica da Abrasso e coordenadora do estudo. A especialista ressalta, contudo, que pessoas com contraindicação ao sol, como aquelas que já tiveram câncer de pele ou com predisposição a ele, não devem fazer essa exposição. Nesse caso, é preciso procurar um médico para obter a vitamina por meio de suplementos.
"Pessoas do grupo de risco como idosos, obesos, doentes crônicos, pessoas com doenças inflamatórias, má absorção intestinal ou que foram submetidas à cirurgia bariátrica também devem procurar um médico para analisar a necessidade de suplementação de vitamina D", explica Marise.
Ação da vitamina D - A substância é produzida pelo organismo quando os raios ultravioletas B (UVB) incidem sobre a pele e, internamente, desprendem partículas que dão origem à vitamina. Quando a substância é absorvida pela corrente sanguínea, passando pelo fígado e pelo rim, ela é transformada no calcitriol, um poderoso hormônio que aumenta a absorção de cálcio pela via intestinal.

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