segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Segunda-feira, 10/10/2016, às 07:42,

Brincar deixa as crianças mais inteligentes?

Qual pai ou mãe que não deseja o melhor para seu filho? Qual pai ou mãe que não pensa em prover um  futuro promissor para o próprio filho?

A busca incansável dos pais por aquilo que consideram “o melhor” começa já nos primeiros anos de vida das crianças. A primeira escolinha é uma das inúmeras dúvidas, entre tantas outras que ainda virão.  

Há uma variedade enorme de linhas educacionais à disposição dos papais e mamães que não hesitam em pesquisar e escolher o modelo que consideram mais perfeito para seu filho. Uns optam por uma escola bilíngue. Outros pensam em um  modelo Construtivista, ou Montessoriano, Waldorf ou tradicional. Não é fácil decidir. Há também aqueles que escolhem a mais perto de casa para não expor o filho às agruras do trânsito. Tudo isso está certo e as razões das escolhas de cada família não se discutem. Respeitam-se.

Só que além da “melhor” escola, pais prestimosos querem que seus filhos expandam os horizontes cognitivos e os colocam nas mais variadas atividades paralelas, que incluem uma fantástica gama de opções que vão desde o balé, judô ou  natação até aulas de música, chinês, inglês ou artes, por exemplo.

Fato é que muitas crianças pequenas, dos 2 aos 10 anos, não têm tempo para mais nada. Nem para fazer o que é essencial para o desenvolvimento na infância: BRINCAR.

Isso mesmo:  brincar livremente, sem nenhuma ordem predeterminada, ou pré-definida por um adulto, tendo apenas a imaginação mágica como limite é absolutamente fundamental para o desenvolvimento cerebral dos pequenos. 

Trata-se daquele momento, que todos já presenciamos alguma vez, em que nos deparamos com crianças  como que absorvidas no cenário de sua brincadeira, rodeadas por super-heróis, princesas, aviões, carrinhos, vilões, carruagens, bonecas, castelos e tantos outros objetos que ganham contornos da realidade mais “real” que existe. O exercício da imaginação solta estimula a formação de  conexões cerebrais, fortalecendo a rede neuronal que dá suporte à cognição. Resultado: crianças que brincam mais, raciocinam melhor.

Importante salientar que na vida profissional futura, muitas vezes a pessoa que consegue se sair melhor em uma situação de crise é aquela que tem a melhor capacidade para imaginar soluções diferentes e inovadoras, e não necessariamente aquela que sabe falar mandarim. 

Não há sombra de dúvida e nem se discute  que  a escola e algumas aulas extras são importantíssimas e essenciais para o aprendizado e formação das crianças. Mas cumpre aos pais fazer a “dosagem” entre a escola, as aulas extracurriculares e o tempo livre para brincar. Sem exageros. Nem para um lado nem para o outro.

Brincar deixa, sim, crianças mais inteligentes e, portanto, mais preparadas para a vida. Mas talvez o mais importante de tudo é que brincar as deixa seguramente mais felizes.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/blog/doutora-ana-responde/post/brincar-deixa-criancas-mais-inteligentes.html

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