Cientistas criam pele artificial com tato capaz de transmitir sinais para cérebro
Estudo pode originar, no futuro, próteses com tato para pessoas amputadas.
Material flexível é capaz de detectar pressão e transmitir sinal para cérebro.
Mão humana aperta mão robótica com mecanorreceptores artificiais (Foto: Bao Research Group/Stanford University)
Pesquisadores criaram uma pele artificial experimental capaz de sentir os objetos que poderia, no futuro, permitir às pessoas que usam próteses recuperar parte do tato.Esta tecnologia, que ainda nas primeiras etapas de desenvolvimento, poderia também melhorar o controle das próteses e minimizar ou eliminar a sensação de "membro fantasma" que afeta 80% dos amputados, segundo os cientistas.
A pesquisa, conduzida na Universidade de Stanford, na Califórnia, foi publicada nesta quinta-feira (15) pela revista especializada "Science".
Os autores explicaram que utilizaram circuitos orgânicos flexíveis e sensores de pressão para reproduzir a sensibilidade da pele. Explicaram que puderam transmitir estes sinais sensoriais para as células cerebrais de cerebrais por meio da optogenética.

Pele artificial flexíveis com mecanorreceptores (Foto: Bao Research Group/Stanford University)
Os autores conseguiram converter a pressão estática de um objeto sobre a pele, em sinais digitais comparáveis aos diferentes graus de resistência mecânica que a pele humana é capaz de detectar.
"Esta foi a primeira vez que um material flexível, similar à pele, foi capaz de detectar pressão e também transmitir um sinal para um componente do sistema nervoso", disse Zhenan Bao, pesquisadora que liderou o estudo.
Nanotubos de carbono
Para fabricar os sensores, utilizaram nanotubos de carbono de forma piramidal, que são particularmente eficazes para canalizar os sinais do campo elétrico dos objetos próximos. Estes últimos são captados por eletrodos.

Detalhe de modelo robótico com sensores artificiais (Foto: Bao Research Group/Stanford University)
Anikeeva e Koppes, que não participaram do estudo, destacaram a aceleração dos progressos no campo dos circuitos eletrônicos flexíveis e orgânicos que permitem desenvolver miniaturas de sensores epidérmicos.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/10/cientistas-criam-pele-artificial-com-tato-capaz-de-transmitir-sinais-para-cerebro.html
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