20/10/2015 às 13h02 (Atualizado em 20/10/2015 às 13h02)
Novos medicamentos para hepatite C começam a ser distribuídos na rede pública em novembro
Terapia aumenta as chances de cura e diminui o tempo de tratamento da doença
Hepatite C acomete atualmente cerca de 1,4 milhão de brasileiros.
Ainda segundo a pasta, os dois medicamentos atendem cerca de 80% dos pacientes que farão uso da nova terapia, composta também pelo simeprevir, com distribuição prevista para dezembro.
Os remédios vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos oferecidos anteriormente – entre eles, pessoas com HIV, cirrose descompensada, em situação de pré e pós transplante e pacientes com má resposta à terapia com interferon. Ao todo, 30 mil pessoas serão beneficiadas no período de um ano.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, avaliou a disponibilização dos medicamentos como um momento singular na história da saúde pública brasileira e equiparável ao início da distribuição de medicamentos antirretrovirais no país. Ele lembrou que a hepatite C acomete atualmente cerca de 1,4 milhão de brasileiros.
"Temos agora drogas revolucionárias e inovadoras, que colocam o Brasil numa posição de vanguarda no tratamento", disse. "Podemos dizer, com segurança, que nenhum brasileiro que preencha o protocolo preconizado pela Organização Mundial da Saúde deixará de receber seu tratamento", completou.
O secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Carlos Nardi, disse que o novo protocolo de tratamento para hepatite C foi anunciado em julho deste ano. Segundo ele, as doses já chegaram ao almoxarifado do ministério e começam a ser distribuídas ainda hoje.
"Posteriormente, serão encaminhadas a todos os 25 estados da federação" disse, ao descartar que a chegada aos municípios vai depender da redistribuição por parte das secretarias estaduais de saúde.
O investimento total para a oferecer os três medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o ministério, é de quase R$ 1 bilhão. O custo por tratamento é de cerca de US$ 9 mil.
O tratamento para hepatite C oferecido na rede pública desde 2012 é composto por dois esquemas terapêuticos – as terapias dupla e tripla com o interferon peguilado – e têm duração de 48 semanas.
Dados da pasta mostram que, nos últimos 13 anos, foram confirmados 120 mil casos de hepatite C no Brasil e realizados mais de 100 mil tratamentos. Atualmente, 10 mil casos são notificados todos os anos no país.
A estimativa é que a doença seja responsável por 350 a 700 mil mortes ao ano em todo o mundo, sendo 3 mil delas no Brasil.
Ainda de acordo com o ministério, a hepatite C é uma doença de poucos sintomas. As causas mais comuns de infecção na década de 80 eram as transfusões de sangue e as infecções hospitalar, mas a contaminação também pode acontecer por meio do compartilhamento de objetos de uso pessoal e para uso de drogas.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/novos-medicamentos-para-hepatite-c-comecam-a-ser-distribuidos-na-rede-publica-em-novembro-20102015
Uma terceira droga que também integra a terapia, o simeprevir, deverá chegar ao País nas próximas semanas. A expectativa é a de que ela esteja disponível para pacientes em dezembro.
O anúncio da chegada dos remédios foi feito nesta terça-feira, 20, pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro. "A incorporação desse medicamento terá um impacto semelhante aos exercido pelos antirretrovirais para pacientes com a aids", disse.
A nova terapia tem eficácia de 90%, um índice bem superior aos medicamentos usados até agora (50% e 70%). A duração do tratamento também é menor: das 48 semanas atuais para 12 semanas. Foram adquiridos remédios suficientes para 30 mil pacientes, durante um ano.
Para a compra, o governo desembolsou R$ 1 bilhão. O valor é 90% menor do que o praticado no mercado internacional. As negociações foram feitas pelo antecessor de Castro, Arthur Chioro. Durante a cerimônia, o ministro fez elogios à atuação da equipe anterior.
Por ser mais eficaz e seguro, o tratamento poderá ser usado também por pacientes que até agora eram excluídos da terapia, como os com HIV, os transplantados ou que estão na fila de transplante. Atualmente, cerca de 10% dos pacientes com hepatite C também são portadores do vírus da aids.
O diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, avalia que a mudança no protocolo vai possibilitar a inclusão de novos pacientes ao tratamento. "A expectativa é dobrar o número de pessoas em terapia."
Até agora, 11 mil pacientes estão cadastrados para receber o novo tratamento. "Fizemos uma compra com folga, não deve faltar medicamento para pacientes que preencham o protocolo preconizado", disse o ministro.
Estima-se que 1,4 milhão de brasileiros sejam portadores do vírus da hepatite C. A transmissão acontece por meio de uso de drogas injetáveis, transfusões, sexo desprotegido e tatuagens. Os sintomas da doença somente aparecem quando a doença está em estágio avançado.
Estreia
O anúncio é o primeiro evento liderado pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, desde que assumiu o cargo, há 15 dias. Para a cerimônia, além de representantes do Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde e do representante da Organização Pan-Americana de Saúde, foram convidados o secretário de Saúde do Distrito Federal, Fábio Gondim, e uma paciente com hepatite C, a primeira que será medicada no País com os novos remédios: Helenisar Camos Cabral Salomão.
Ao anunciar os presentes, o ministro provocou constrangimento ao se referir a Helenisar como "presidente" do SUS. Corrigido por assessores, que não escondiam certo desconforto, o ministro emendou: "Paciente. Claro, o SUS não tem presidente."
Esta é a terceira vez que o novo tratamento para hepatite C é anunciado pelo governo. A primeira vez foi em junho, logo que a adoção das drogas foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia do Sistema Único de Saúde (Conite). Pouco tempo depois, foi a vez de ser anunciada a campanha para identificação do vírus e agora, a chegada do remédio no País.
A inclusão de Gondim na cerimônia não foi à toa: ela atende a um pedido do Governo do Distrito Federal que, diante de um cenário de greves de seu funcionalismo, buscava um fato positivo para a sua agenda.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/sus-oferecera-dois-novos-medicamentos-para-tratamento-de-hepatite-c-20102015
Após a incorporação do SUS (Sistema Único de Saúde) de dois novos medicamentos para hepatite C — sofosbuvir e daclatasvir,
as ONGs (Organizações Não Governamentais), que lutam para melhorar o
tratamento e prevenção da doença, comemoraram. A nova terapia aumenta as
chances de cura e diminui o tempo de tratamento da doença.
Segundo o presidente da ONG C Tem Que Saber C Tem Que Curar, Chico Martucci, "a luta das ONGs de hepatites foi fundamental para essa conquista que vai salvar muitas vidas".
— A disponibilização dos novos medicamentos representa um momento muito importante na história da saúde pública brasileira, equiparável ao início da distribuição de medicamentos antirretrovirais para o HIV no País. Temos agora drogas revolucionárias e inovadoras, que colocam o Brasil numa posição de vanguarda no tratamento da hepatite C.
De acordo com a ONG, foram dois anos de luta social das organizações para que o Governo Federal incorporasse as novas drogas ao SUS.
Segundo o Ministério da Saúde, os dois medicamentos atendem cerca de 80% dos pacientes que farão uso da nova terapia, composta também pelo simeprevir, com distribuição prevista para dezembro.
Os remédios vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos oferecidos anteriormente – entre eles, pessoas com HIV, cirrose descompensada, em situação de pré e pós transplante e pacientes com má resposta à terapia com interferon. Ao todo, 30 mil pessoas serão beneficiadas no período de um ano.
Hepatite C
A hepatite C é uma doença assintomática que atinge cerca de 3 milhões de brasileiros e que mata cerca de 12 pessoas ao dia no Brasil.
As causas mais comuns de infecção na década de 80 eram as transfusões de sangue e as infecções hospitalar, mas a contaminação também pode acontecer por meio do compartilhamento de objetos de uso pessoal e para uso de drogas.
20/10/2015 às 13h21 (Atualizado em 20/10/2015 às 14h40)
SUS oferecerá dois novos medicamentos para tratamento de hepatite C
O Ministério da Saúde começa a distribuir para Estados dois medicamentos que serão incorporados ao tratamento da hepatite C, considerados muito mais potentes e com menos efeitos colaterais. As drogas sofosbuvir e daclatasvir, usadas em associação, devem estar disponíveis nos pontos de distribuição de medicamentos excepcionais a partir de novembro.Uma terceira droga que também integra a terapia, o simeprevir, deverá chegar ao País nas próximas semanas. A expectativa é a de que ela esteja disponível para pacientes em dezembro.
O anúncio da chegada dos remédios foi feito nesta terça-feira, 20, pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro. "A incorporação desse medicamento terá um impacto semelhante aos exercido pelos antirretrovirais para pacientes com a aids", disse.
A nova terapia tem eficácia de 90%, um índice bem superior aos medicamentos usados até agora (50% e 70%). A duração do tratamento também é menor: das 48 semanas atuais para 12 semanas. Foram adquiridos remédios suficientes para 30 mil pacientes, durante um ano.
Para a compra, o governo desembolsou R$ 1 bilhão. O valor é 90% menor do que o praticado no mercado internacional. As negociações foram feitas pelo antecessor de Castro, Arthur Chioro. Durante a cerimônia, o ministro fez elogios à atuação da equipe anterior.
Por ser mais eficaz e seguro, o tratamento poderá ser usado também por pacientes que até agora eram excluídos da terapia, como os com HIV, os transplantados ou que estão na fila de transplante. Atualmente, cerca de 10% dos pacientes com hepatite C também são portadores do vírus da aids.
O diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, avalia que a mudança no protocolo vai possibilitar a inclusão de novos pacientes ao tratamento. "A expectativa é dobrar o número de pessoas em terapia."
Até agora, 11 mil pacientes estão cadastrados para receber o novo tratamento. "Fizemos uma compra com folga, não deve faltar medicamento para pacientes que preencham o protocolo preconizado", disse o ministro.
Estima-se que 1,4 milhão de brasileiros sejam portadores do vírus da hepatite C. A transmissão acontece por meio de uso de drogas injetáveis, transfusões, sexo desprotegido e tatuagens. Os sintomas da doença somente aparecem quando a doença está em estágio avançado.
Estreia
O anúncio é o primeiro evento liderado pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, desde que assumiu o cargo, há 15 dias. Para a cerimônia, além de representantes do Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde e do representante da Organização Pan-Americana de Saúde, foram convidados o secretário de Saúde do Distrito Federal, Fábio Gondim, e uma paciente com hepatite C, a primeira que será medicada no País com os novos remédios: Helenisar Camos Cabral Salomão.
Ao anunciar os presentes, o ministro provocou constrangimento ao se referir a Helenisar como "presidente" do SUS. Corrigido por assessores, que não escondiam certo desconforto, o ministro emendou: "Paciente. Claro, o SUS não tem presidente."
Esta é a terceira vez que o novo tratamento para hepatite C é anunciado pelo governo. A primeira vez foi em junho, logo que a adoção das drogas foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia do Sistema Único de Saúde (Conite). Pouco tempo depois, foi a vez de ser anunciada a campanha para identificação do vírus e agora, a chegada do remédio no País.
A inclusão de Gondim na cerimônia não foi à toa: ela atende a um pedido do Governo do Distrito Federal que, diante de um cenário de greves de seu funcionalismo, buscava um fato positivo para a sua agenda.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/sus-oferecera-dois-novos-medicamentos-para-tratamento-de-hepatite-c-20102015
21/10/2015 às 12h46 (Atualizado em 21/10/2015 às 12h51)
ONGs comemoram nova terapia contra hepatite C no SUS
Novas drogas aumentam as chances de cura e reduz tempo de tratamento da doença
Segundo ONG, a disponibilização dos novos medicamentos representa um momento importante na história da saúde pública brasileira
Thinkstock
Segundo o presidente da ONG C Tem Que Saber C Tem Que Curar, Chico Martucci, "a luta das ONGs de hepatites foi fundamental para essa conquista que vai salvar muitas vidas".
— A disponibilização dos novos medicamentos representa um momento muito importante na história da saúde pública brasileira, equiparável ao início da distribuição de medicamentos antirretrovirais para o HIV no País. Temos agora drogas revolucionárias e inovadoras, que colocam o Brasil numa posição de vanguarda no tratamento da hepatite C.
De acordo com a ONG, foram dois anos de luta social das organizações para que o Governo Federal incorporasse as novas drogas ao SUS.
Segundo o Ministério da Saúde, os dois medicamentos atendem cerca de 80% dos pacientes que farão uso da nova terapia, composta também pelo simeprevir, com distribuição prevista para dezembro.
Os remédios vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos oferecidos anteriormente – entre eles, pessoas com HIV, cirrose descompensada, em situação de pré e pós transplante e pacientes com má resposta à terapia com interferon. Ao todo, 30 mil pessoas serão beneficiadas no período de um ano.
Hepatite C
A hepatite C é uma doença assintomática que atinge cerca de 3 milhões de brasileiros e que mata cerca de 12 pessoas ao dia no Brasil.
As causas mais comuns de infecção na década de 80 eram as transfusões de sangue e as infecções hospitalar, mas a contaminação também pode acontecer por meio do compartilhamento de objetos de uso pessoal e para uso de drogas.
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