Dieta mediterrânea retarda o envelhecimento cerebral
Novo estudo reforça as evidências de que a dieta é extremamente saudável
- Atualizado em
A
ciência descobriu mais uma qualidade da dieta mediterrânea: ela retarda
o envelhecimento cerebral. É o que diz um estudo publicado recentemente
no periódico científico Neurology.
O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Columbia,
nos Estados Unidos, com 674 pessoas. A idade média dos voluntários era
de 80 anos. Eles viviam em Manhattan, nos Estados Unidos, e não sofriam
de demência.
Os resultados mostraram que os participantes que seguiam assiduamente
a dieta mediterrânea tinham um volume cerebral maior do que aqueles que
não a seguiam. O volume de massa cinzenta dos adeptos também era
superior. Os autores afirmam que essa diferença corresponde a cerca de
cinco anos de envelhecimento.
"Esses resultados são excitantes, pois eles sugerem que as pessoas
podem potencialmente impedir o encolhimento cerebral e retardar os
efeitos do envelhecimento sobre o cérebro simplesmente ao seguir uma
dieta saudável.", disse Yian Gu, um dos autores do estudo.
A dieta analisada pelo estudo incluiu a ingestão de uma grande
quantidade de vegetais, frutas, legumes, cereais, peixes e gordura
monoinsaturada, como azeite de oliva e um baixo consumo de gordura
saturada, laticínios, carne vermelha e aves; e quantidades leves ou
moderadas de álcool.
Ainda de acordo com os autores, o consumo frequente de peixe é
particularmente benéfico. "Comer entre 85g e 140g de peixe por semana (e
também não exceder o consumo de 100 gramas de carne vermelha
diariamente) pode fornecer proteção considerável contra a perda de
células cerebrais", disse Gu ao jornal britânico The Guardian.
26/10/2015 às 11h52 (Atualizado em 26/10/2015 às 11h53)
Estudo mostra que dieta mediterrânea reduz incidência de câncer de mama
Especialistas destacam o peso do azeite no cardápio "anti-câncer"
Azeite foi elogiado pelos especialistas
Reuters
Classificada como um dos modelos mais saudáveis de alimentação, a dieta
mediterrânea teve ação comprovada para a redução de incidência de câncer
de mama, segundo um estudo da Universidade de Navarra, na Espanha, que
avaliou 4.282 mulheres entre 60 e 80 anos.
Durante a avaliação, que durou seis anos, as mulheres foram divididas em
três grupos: o primeiro fez a dieta mediterrânea suplementada com
azeite de oliva extravirgem, o segundo fez a dieta mediterrânea
suplementada com oleaginosas e o terceiro recebeu uma dieta com
recomendação para reduzir o consumo de gorduras.
A pesquisa, intitulada Predimed (Prevención com Dieta Mediterránea), foi
publicada no mês passado na revista científica da área médica Jama.
A redução da incidência de câncer de mama foi de 62% no primeiro grupo.
Entre todas as participantes, foram diagnosticados 35 casos da doença no
período.
"Esse foi o primeiro estudo desenhado com tamanho adequado e que
conseguiu quantificar o benefício da dieta mediterrânea. Isso comprova
também a parte tradicional e recomendada de não fumar, ter baixo peso e
boa alimentação", explica o oncologista do Instituto do Câncer Mãe de
Deus, Stephen Stefani.
Stefani explica que o azeite foi o ingrediente de destaque dentro da pesquisa.
"O estudo mostrou que a dieta exclusiva não trouxe um impacto tão grande
quanto o da associada ao azeite de oliva. Ele é o protetor das
mutações, ajuda na correção e na prevenção primária de tumores e tem
efeito antioxidante."
Segundo o oncologista, a partir da pesquisa, é possível que
especialistas passem a recomendar o tipo de dieta para prevenir novos
casos. "A dieta mediterrânea é preventiva, mas não tem efeitos quando a
doença já está instalada", destaca.
Composição
Peixes, oleaginosas, como nozes e castanhas, azeite, vinho, leite e
derivados estão entre os ingredientes que fazem parte da dieta
mediterrânea. "É uma dieta mais natural, com ingredientes frescos e com
pouco consumo de carne vermelha e de carboidratos" diz a nutricionista
da clínica MAE Roseli Ueno.
Roseli diz que, para ter o efeito desejado, a dieta deve ser incluída no
dia a dia das mulheres e que o segredo para manter o cardápio é
organizar as compras com antecedência. Apesar dos benefícios, ela alerta
que a dieta deve ser adotada após a consulta com um profissional. "É
uma boa dieta, mas tem de se encaixar com o perfil calórico da pessoa." Fonte: http://noticias.r7.com/saude/estudo-mostra-que-dieta-mediterranea-reduz-incidencia-de-cancer-de-mama-26102015
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