Pequenas caminhadas também ajudam a reduzir mortalidade, diz pesquisa
Estudo mostrou que mesmo caminhadas abaixo do recomendado pode ajudar na redução de até 20% da mortalidade geral.
Por G1
Mesmo pequenas caminhadas estão associadas a menor mortalidade, informa
pesquisa publicada no “American Journal of Preventive Medicine” nesta
quinta-feira (19). Segundo o estudo, quem não puder fazer o que é
exigido por diretrizes de saúde pública, pode colher algum benefício.
Atualmente, diretrizes recomendam pelo menos 150 minutos de atividade
física moderada por semana (ou 75 minutos de atividades intensas), mas
poucos são os adultos que seguem a recomendação. Por isso, cientistas
estão testando se recomendações menores poderiam surtir algum efeito.
Segundo o estudo, se o indivíduo conseguir atingir o mínimo recomendado
duas vezes no mês (ou seja, conseguir caminhar cerca de duas horas
semanais em pelo menos duas semanas no mês), ele atinge uma redução da
mortalidade em 20%.
Para chegar a esse número, pesquisadores analisaram dados de cerca de
140 mil participantes de um estudo de prevenção do câncer. Após corrigir
dados para outros fatores de risco (como obesidade e cigarro), eles
encontraram que mesmo uma caminhada de menos de duas horas semanais
contribuiu para uma redução na mortalidade geral por todas as causas.
Caminhadas foram mais fortemente associadas com uma redução de
mortalidade por doenças respiratórias, com um risco de morte
aproximadamente 35% menor.
Em segundo lugar, estão mortes por doenças cardiovasculares (com um risco 20% menor). Em terceiro, está o risco de câncer, que contou com
uma redução de 9%.
A pesquisa foi liderada pela pesquisadora Alpa Patel, epidemiologista
associada à American Cancer Society, nos Estados Unidos. Alpa realiza
pesquisas sobre como o estilo de vida pode impactar a prevenção do
câncer.
Ela encoraja que médicos recomendem que pacientes façam o que for possível de atividade física.
"Em 2030, o mundo vai ter o dobro de adultos com 65 anos ou mais", diz
Alva Patel. "Médicos devem encorajar pacientes a caminhar, mesmo que em
quantidades menores à recomendada", diz.
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