segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Pequenas caminhadas também ajudam a reduzir mortalidade, diz pesquisa

Estudo mostrou que mesmo caminhadas abaixo do recomendado pode ajudar na redução de até 20% da mortalidade geral. 

Por G1
 
Dezenas participaram da caminhada ecológica, em julho de 2017, em São Paulo.  (Foto: Divulgação) 
Dezenas participaram da caminhada ecológica, em julho de 2017, em São Paulo. (Foto: Divulgação) 
 
Mesmo pequenas caminhadas estão associadas a menor mortalidade, informa pesquisa publicada no “American Journal of Preventive Medicine” nesta quinta-feira (19). Segundo o estudo, quem não puder fazer o que é exigido por diretrizes de saúde pública, pode colher algum benefício. 

Atualmente, diretrizes recomendam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana (ou 75 minutos de atividades intensas), mas poucos são os adultos que seguem a recomendação. Por isso, cientistas estão testando se recomendações menores poderiam surtir algum efeito. 

Segundo o estudo, se o indivíduo conseguir atingir o mínimo recomendado duas vezes no mês (ou seja, conseguir caminhar cerca de duas horas semanais em pelo menos duas semanas no mês), ele atinge uma redução da mortalidade em 20%. 

Para chegar a esse número, pesquisadores analisaram dados de cerca de 140 mil participantes de um estudo de prevenção do câncer. Após corrigir dados para outros fatores de risco (como obesidade e cigarro), eles encontraram que mesmo uma caminhada de menos de duas horas semanais contribuiu para uma redução na mortalidade geral por todas as causas. 

Caminhadas foram mais fortemente associadas com uma redução de mortalidade por doenças respiratórias, com um risco de morte aproximadamente 35% menor. 

Em segundo lugar, estão mortes por doenças cardiovasculares (com um  risco 20% menor). Em terceiro, está o risco de câncer, que contou com uma redução de 9%. 

A pesquisa foi liderada pela pesquisadora Alpa Patel, epidemiologista associada à American Cancer Society, nos Estados Unidos. Alpa realiza pesquisas sobre como o estilo de vida pode impactar a prevenção do câncer. 

Ela encoraja que médicos recomendem que pacientes façam o que for possível de atividade física. 

"Em 2030, o mundo vai ter o dobro de adultos com 65 anos ou mais", diz Alva Patel. "Médicos devem encorajar pacientes a caminhar, mesmo que em quantidades menores à recomendada", diz. 

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